Quinta, 28 Setembro 2023 11:28

 

 

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat-Ssind) realizou, nesta quarta-feira, 27/09, mais uma assembleia geral para debater e encaminhar importantes temas para a categoria.

 

Conforme a convocação, os pontos de pauta foram: informes, análise de conjuntura, participação dos diretores de seção e subseções da Adufmat-Ssind nos órgãos colegiados, Conselho Fiscal para as contas da Diretoria da gestão 2017-2019, homenagens póstumas, situação financeira da Adufmat-Ssind e gestão de fundo de solidariedade e AGEMED, envio de representantes nos eventos nacionais dos GT’s do ANDES e uso do fundo de greve.

 

No início da plenária, a professora Adriana Pinhorati, a pedido da docente Maria Adenir Peraro, solicitou inclusão de ponto de pauta direcionado à incorporação regimental do Arquivo Central na estrutura da Adufmat-Ssind.

 

Durante o ponto de pauta informes, a Diretoria falou da reunião realizada com o reitor Evandro Soares na última semana (leia aqui) e sobre a organização da semana do Servidor, em parceria com o Sindicato dos Servidores Técnicos-administrativos (Sintuf/MT). O evento, que será entre os dias 21 e 27/10, terá uma série de atividades (saiba mais aqui). Interessados em contribuir com apresentações culturais ou demonstrações gastronômicas podem entrar em contato com o sindicato.  

 

O diretor geral Maelison Neves informou, ainda, que finalmente a transação para reconhecimento da posse da nova diretoria foi concluída no Cartório.

 

A diretoria também manifestou uma percepção política acerca da campanha salarial, a partir do impedimento da circulação do carro de som no campos de Barra do Garças e de uma reclamação anônima de suposta perturbação do sossego em Sinop. “Nós seguimos todos os parâmetros adequados à circulação. Esse é um processo democrático, de livre manifestação de ideias, que nós não entendemos como perturbação, e assim responderemos à Corregedoria da UFMT e, mais tarde, ao Consepe [Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão], que deverá avaliar a denúncia”, disse o professor Maelison Neves, diretor geral do sindicato.   

 

A Comissão Organizadora do Baile dos Professores 2023, por meio da professora Loanda Cheim, anunciou que está finalizando os últimos detalhes. A festa será no dia 21/09, no Villa Felici Buffet (leia mais aqui).  

 

O professor Aldi Nestor de Souza questionou sobre como os docentes devem programar o período de férias, considerando que a Adufmat-Ssind conversou com a Reitoria e houve a compreensão de que o calendário acadêmico precisa ser rediscutido pelo Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Consepe), à luz da legislação, visando a garantia do direito a 30 dias corridos de férias. Após algumas contribuições, os presentes concluíram que todos devem solicitar férias corridas de 30 dias. O sindicato deverá fazer material informando amplamente a categoria sobre essa avaliação.   

 

O professor José Domingues de Godoi Filho alertou que o atual Governo, assim como o anterior, está buscando subterfúgios para alterar a forma do pagamento de precatórios, descartando juros e correções. Por isso, a categoria precisa ficar atenta às movimentações a esse respeito, para não ter prejuízos no pagamento do retroativo dos 28,86%.

 

O professor Carlos Sanches abriu o ponto de discussão sobre a análise de conjuntura com sua tese do “mito contra o diabo santificado na Terra do Sol”, que seria, de forma figurativa, a disputa política entre bolsonaristas e o atual Governo, que foi apoiado pela “esquerda”, mas se aproxima cada vez mais do chamado centrão. O docente alertou pela necessária autonomia da categoria, para que não fique refém das ações que virão em decorrência dessa “paródia”.

 

Já o professor José Domingues iniciou sua análise avaliando a situação internacional e seus reflexos no Brasil. Para ele, a guerra na Ucrânia toma nova proporção na medida em que os russos estão dando sinais de disposição para usar, em suas palavras, “armamento ainda mais pesado”. Também os conflitos em território africano foram objetos de sua crítica, no sentido de que não estão tendo a atenção devida.

 

Para o docente, toda essa movimentação de interesse do capital internacional esbarra no Brasil quando se percebe que nenhuma das ações que prejudicam os trabalhadores, implementada pelo Governo Bolsonaro, foi revogada pelo Governo Lula. Além disso, o professor rechaçou a presença da universidade de Oxford no Brasil, considerando uma subalternidade. A instituição pretende inaugurar sua primeira sede fora do Reino Unido até o final deste ano. “Nós precisamos fazer essa denúncia e não permitir a barbárie da entrada de universidades estrangeiras no Brasil”, concluiu.      

  

Com relação à participação dos diretores da Adufmat-Ssind nos órgãos colegiados da universidade, uma demanda apresentada em outras assembleias pela própria base, a Diretoria explicou que seria necessário alterar o Regimento, mais especificamente o inciso III do Artigo 35 (acesse aqui). Junto a isso, conforme solicitado pela professora Adriana Pinhorati no início da assembleia, seria feita a inclusão regimental do Arquivo da Adufmat-Ssind. como parte da estrutura do sindicato.  

 

A professora Ana Paula, diretora da Adufmat-Ssind., destacou que os conselhos são espaços estratégicos para a realização de debates de interesse da categoria e, muito embora a questão avaliada na assembleia não fosse a ocupação uma cadeira nos conselhos, valeria a pena permitir que diretores possam participar desses espaços.

 

Para o professor José Domingues, estar no conselho não significa conseguir avançar com as pautas da categoria. Além disso, o docente afirmou que é preciso zelar pela autonomia do sindicato e trabalhar para que os representantes dos conselhos sejam representantes docentes, e não representantes dos interesses da Reitoria. “Nós vamos participar do debate, perder, e depois respeitar o direito democrático? Não é esse sistema fisiológico que vai garantir que a gente consiga avançar com as nossas pautas”, enfatizou.

 

A professora Luciane Gomes lembrou que não se pode confundir a participação de diretores com a ocupação de uma cadeira nos conselhos, pois os docentes assumem nos conselhos a representação das unidades acadêmicas, e não do sindicato.

 

Para o diretor de Assuntos de Aposentadoria do sindicato, professor Waldir Bertúlio, essa questão precisa ser repensada, e o sindicato precisa ter acesso permanente a esses locais, independentemente de ter representação.

 

Após o debate foi aprovada a proposta de encaminhamento apresentada pela diretoria, de iniciar o processo de alteração regimental sobre a possibilidade de diretores acumularem a participação nos conselhos e na diretoria do sindicato.

 

Também foi aprovado o início dos trabalhos para inclusão regimental do Arquivo na estrutura da entidade.

 

Com isso, os presentes formaram uma comissão para elaborar a proposta de minuta e convocar assembleia estatutária. Compõem a comissão os professores Iva Ferreira e Maelison Neves, e a diretoria indicará, nos próximos dias, um segundo membro da própria gestão para contribuir com os trabalhos.      

 

Sobre o ponto de pauta “Conselho Fiscal para as contas da Diretoria da gestão 2017-2019”, a diretoria explicou que as atas das avaliações de todas as contas estão disponíveis no site, porém, o Conselho não apresentou o relatório final e, com isso, não concluiu o trabalho. Sendo assim, as aprovações das contas das gestões seguintes também ficaram prejudicadas.

 

A proposta da diretoria foi destituir o Conselho Fiscal anterior e eleger um novo para apreciar e concluir os relatórios atrasados das gestões de 2017 a 2019 e de 2019 a 2021. O professor Carlos Sanches, no entanto, sugeriu a contratação de uma empresa especializada para realizar uma auditoria e agilizar a conclusão do relatório.    

 

Não houve consenso na plenária, que acabou sendo interrompida também por uma queda de energia. Ainda no escuro, os presentes acordaram que este ponto de pauta será o primeiro da próxima assembleia, na qual a diretoria apresentará também os nomes dos membros dos conselhos fiscais que não concluíram os relatórios, além de outras informações e sugestões para resolução deste problema.

  

Os pontos de pauta homenagens póstumas, situação financeira da Adufmat-Ssind e gestão de fundo de solidariedade e AGEMED, e envio de representantes nos eventos nacionais dos GT’s do ANDES e uso do fundo de greve foram remetidos à uma próxima assembleia.

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Segunda, 11 Setembro 2023 09:17

 

A Diretoria da Adufmat-Ssind, no uso de suas atribuições regimentais, convoca todos os sindicalizados para Assembleia Geral Extraordinária PRESENCIAL a se realizar:

Data: 13 de setembro de 2023 (quarta-feira)

Horário: 13h30 (Cuiabá) com a presença mínima de 10% dos sindicalizados e às 14h, em segunda chamada, com os presentes.

 
Pontos de pauta:

1. Informes;
2. 28%;
3. Irregularidade na contribuição sindical;
4. Judicialização do parcelamento das férias;
5. Participação dos diretores de seção e subseções da adufmat nos órgãos colegiados.

 

A Assembleia será presencial e ocorrerá simultaneamente no auditório da sede de Cuiabá e nos campi do Araguaia e SINOP.



 
 
Cuiabá, 11 de setembro de 2023.
 
Gestão Colegiada Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais

Sexta, 11 Agosto 2023 10:47

 

Atualizada às 14h20 do dia 16/08 para inclusão do debate no ICHS* 

 

Os servidores federais estão em plena campanha por melhorias salariais e estruturais. Pensando em ampliar a participação da categoria neste debate essencial, a Adufmat-Ssind realizará, além da assembleia geral marcada para segunda-feira, dia 14/08, às 13h30, debates nos institutos da UFMT denominados “diálogos propositivos”.

 

A primeira temática abordada, já a partir da próxima semana, envolverá os critérios da UFMT para evolução na carreira, já que o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) deverá discutir, a partir de setembro, novas resolução voltadas à Progressão Funcional e distribuição dos encargos docentes.

 

O sindicato propõe que a avaliação de desempenho não limite direitos previstos em lei, sendo automática mediante o cumprimento da jornada de trabalho (em situações normais), e que contemplem as necessidades de professores afastados para qualificação, tratamento de saúde ou licença maternidade. A Adufmat-Ssind também defende uma ferramenta de registro das atividades que permita o registro de todo o trabalho realizado, que geralmente extrapola 40h semanais.     

 

A agenda desta primeira rodada dos debates propositivos será a seguinte:

 

16/08, às 16h – Auditório da FACC

18/08, às 16h - Auditório do ICHS

21/08, às 14h – Faculdade de Educação Física (sala 2)

21/08, às 17h – Auditório “Madeirão”

23/08, às 9h – Auditório 2 do Bloco Didático (Campus VG)

24/08, às 17h – Auditório “Mofão”

25/08, às 7h – Auditório CCBS (ISC)

  

Grupos de Trabalho (GTs)

 

Além dos diálogos propositivos, a atual gestão do sindicato está impulsionando a participação dos docentes sindicalizados nos Grupos de Trabalho (GTs). São núcleos de trabalho voltados a diferentes temáticas que auxiliam na construção das políticas sindicais locais e nacionais. O GTCarreira, por exemplo, tem como objetivo discutir o projeto de carreira única para o ensino superior público, com isonomia entre docentes ativos e aposentados, estruturada a partir da Dedicação Exclusiva como forma prioritária, visando garantir o tripé ensino-pesquisa-extensão. Para isso, o GT também debate elementos de desestruturação da carreira docente, praticada pela lógica neoliberal seguida pelos governos.

 

Na Adufmat-Ssind., atualmente, estão ativos os GTs Formação Política e Sindical (GTPFS), Assuntos de Seguridade Social e Aposentadoria (GTSSA), Política Agrícola, Urbana e Ambiental (GTPAUA), Política de Classe para Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS), Ciência e Tecnologia (GTC&T), Política Educacional (GTPE) e Carreira (GTCarreira). Além desses, ainda há no Andes-SN os GTs:Verbas (GTVerbas), História do Movimento Docente (GTHMD), Fundações (GTFundações) e Comunicação e Artes (GTCA). 

 

Sindicalizados interessados em participar de algum dos GTs mencionados acima podem entrar no grupo organizado para isso, por meio do link disponível aqui.

 

     

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Sexta, 21 Julho 2023 15:27

 

A apresentação de chorinho do grupo paraibano Chorata, criado em 2007, abriu os trabalhos deste domingo (16), último dia do 66º Conad. A plenária aprovou o restante dos itens remetidos pelo 41º Congresso e, na sequência, atualizou os planos de lutas do Setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes), das Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes), que protagonizaram fortes greves no primeiro semestre de 2023.

A plenária também atualizou o plano de lutas gerais do Sindicato Nacional. O aumento dos episódios de violências em instituições, a ofensiva de ataques da extrema-direita contra a liberdade de ensinar e aprender e as tentativas de criminalizar o trabalho de professores e professoras no país foram considerados na aprovação de um plano de luta que aprovou: a retomada da Frente Escola Sem Mordaça; a busca por rearticular a Conedepe para iniciar a construção do IV Encontro Nacional de Educação (IV-ENE); e realizar uma campanha de valorização do(a) trabalhador(a) da educação.

 

Como parte do plano geral de lutas, também se aprovou a intensificação da luta pelo reenquadramento de docentes aposentados e aposentadas, com paridade e integralidade remuneratória entre servidores na ativa e aposentados.

Setor das Federais

O fim da lista tríplice, do arcabouço fiscal e o fortalecimento da Campanha Salarial de 2024 foram alguns dos temas debatidos e deliberados na atualização do Setor das Ifes do ANDES-SN. 

As delegadas e os delegados aprovaram a intensificação da luta pelo fim da lista tríplice, orientada pelo princípio da gestão democrática do Caderno 2 do ANDES-SN, ampliando a articulação política para aprovação do projeto de lei que indica que os processos eleitorais das universidades, institutos e cefets se iniciem e encerrem nas instituições. Outras deliberações também foram aprovadas em relação à lista tríplice, à luta contra o Arcabouço Fiscal e pela Auditoria Cidadã da Dívida.

A luta contra o Arcabouço Fiscal, que tramita como Projeto de Lei Complementar (PLP) 93/23, foi destacada. A Plenária aprovou que o ANDES-SN e suas seções sindicais, em conjunto com organizações da classe trabalhadora e movimentos sociais, promovam debates, rodas de conversa e ações de mobilização contra essa medida que também se configura como ajuste fiscal.

Em relação à Campanha Salarial de 2024, foi definido intensificar a construção da campanha em conjunto com as demais categorias do funcionalismo público e garantir a recomposição salarial de todas as perdas históricas de servidoras e servidores públicos, no âmbito do Fonasefe e Fonacate.

 

Setor das Iees/Imes

As lutas das Estaduais e Municipais por mais orçamento, condições de trabalho e concursos públicos foi destacada nesta plenária, que aprovou ampliar a mobilização do Setor das Iees/Imes promovendo debates sobre o impacto da Emenda Constitucional 95 e do Arcabouço Fiscal no orçamento de estados e municípios, especialmente nos recursos destinados à Educação.

As e os docentes irão, ainda, intensificar a luta pelo fim da lista tríplice e a defesa de que os processos eleitorais das Iees/Imes também se iniciem e encerrem nas instituições, orientados pelos princípios da gestão democrática do Caderno 2 do ANDES-SN.

GTPE

Nas políticas de Educação, além de fortalecer os intercomitês pela revogação do Novo Ensino Médio nos Estados e Municípios e os fóruns que compõem a Frente Nacional pela Revogação da BNC-Formação nos locais que já existem, e contribuir para a criação de novos comitês e fóruns, onde possível, o Sindicato Nacional irá retomar a Frente Escola sem Mordaça, fortalecer a construção do dia 09 de agosto, como um Dia Nacional de Luta contra o Novo Ensino Médio em articulação com entidades da Educação, e ainda atuar buscando a rearticulação da Coordenação Nacional em Defesa da Educação Pública e Gratuita (Conedep) para, então, dar início à construção do IV ENE.

O ANDES-SN irá ainda intensificar a luta e exigir a inclusão escolar da pessoa com deficiência como direito à escola regular, com acesso e condições de permanência, com financiamento público exclusivamente para a educação pública.

“É importante registrar que saímos vitoriosos desse Conad, que no tema 2 conseguimos fazer o debate das pendências do 41º Congresso e também do Conad, não ficando nada pendente, inclusive, para o próximo congresso. E isso é uma vitória porque a nossa categoria, além de garantir o debate democrático, respeitoso, nós conseguimos aprovar, um plano de lutas que inclui a questão do reenquadramento dos aposentados e aposentadas, conseguimos avançar nas deliberações no GTPE sobre vários temas, inclusive sobre espaços de debate para combater a violência nos espaços educacionais, acho que isso que isso é fundamental. Além, também, da deliberação sobre a rearticulação da Conedepe e organizar o IV ENE. Acho que isso são elementos vitoriosos das deliberações no nosso tema 2 do Conad”, avaliou Caroline Lima, 1º secretária do ANDES-SN.

A diretora presidiu a mesa da plenária, durante os debates de atualização dos planos de luta acompanhada pela 1ª vice-presidenta da Regional Rio de Janeiro, Cláudia Piccinini, pela 2ª secretária da Regional Planalto, Clarissa Machado de Azevedo Vaz, e pelo 2º vice-presidente da Regional Norte 1, José Sávio Maia.

Aprovação de Resoluções Remetidas pelo 41º Congresso

No início da manhã de domingo (16), as e os docentes prosseguiram com as deliberações sobre os itens remetidos pelo 41º Congresso ao 66º Conad.

Uma importante resolução sobre as políticas de classe, etnia, gênero e diversidade sexual foi validada na plenária. O ANDES-SN se mobilizará para garantir os direitos dos povos indígenas ao ensino superior, por meio de ações para implementação e consolidação das licenciaturas interculturais indígenas (LII). No âmbito do GTHMD, o Sindicato Nacional também promoverá uma campanha nacional pela revogação dos decretos e portarias do governo Bolsonaro (PL) que criam obstáculos à investigação sobre os crimes cometidos em seu governo e enfraquecem as comissões Nacional da Verdade e Reparação, de Anistia, e Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.

No que tange as políticas agrária, urbana e ambiental, as delegadas e os delegados aprovaram o Dia Nacional de Defesa da Amazônia, da luta socioambiental e pela terra nas instituições públicas de ensino, no dia 22 de dezembro; o apoio à luta auto-organizada de comunidades extrativistas; e a continuação do apoio ativo e financeiro ao Acampamento Terra Livre em 2023, entre outros.

 

Para Raquel Dias, 1ª vice-presidenta do ANDES-SN, as deliberações serão fundamentais para a organização da pauta do Sindicato Nacional no próximo período. "Essas resoluções irão subsidiar a nossa luta em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade, também fortalecer a luta de uma forma mais firme em defesa dos nossos princípios e, ainda, dos direitos da categoria como a carreira, as condições de trabalho e salariais nesse momento que estamos participando da Campanha Salarial de 2024, tanto no caso do Setor das Federais, como também das Estaduais e Municipais enfrentando os governos na luta pela recomposição salarial e do orçamento para as universidades, institutos e cefets, assim como para a área de Ciência e Tecnologia", ressaltou a docente.

66º Conad

De sexta (14) a domingo (16), mais de 300 docentes estiveram reunidos e reunidas na Universidade Federal de Campina Grande, para o 66º Conad. Os trabalhos serão concluídos na noite deste domingo, com a aprovação das contas da entidade e a plenária de Encerramento.

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Fonte: Andes-SN

Quarta, 19 Julho 2023 17:38

 

 

Continuar articulando com Fonasefe e Fonacate para a recomposição salarial de forma linear em 2024, defender o fim da listra tríplice, intensificar a luta contra o arcabouço fiscal (PL 93/2023). Foram três dias dedicados à avaliação e atualização do plano de lutas da categoria, para que as ações em busca da universidade pública idealizada pelo Andes – Sindicato Nacional sejam cada vez mais assertivas.

 

Para isso, a valorização profissional é fundamental, mas não só. A categoria compreende que é indispensável estar a frente das disputas mais caras à classe trabalhadora. A luta por uma política tributária progressiva é uma dessas frentes, e foi tema de um dos textos resolução aprovados no 66º Conad. A batalha será orientada pelos princípios do Caderno 2, e travada junto à Auditoria Cidadã da Dívida Pública.

  

O segundo maior pleno deliberativo da categoria também encaminhou demandas aos grupos de trabalho, como debater os impactos do Novo Enem e a Base Nacional Curricular (BNC) ao GT Política Educacional. Fortalecendo os coletivos que fazem enfrentamento a essas políticas, o GT terá, ainda, a tarefa de construir o Dia Nacional de Luta contra o Novo Ensino Médio em 09/08, rearticular a Coordenação Nacional em Defesa da Educação Pública e Gratuita (Conedepe) e construir o IV Encontro Nacional da Educação.

 

O GT Política de Formação Sindical (GTPFS) e GT Política de Classe para Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS), além do próprio GTPE, deverão debater procedimentos que visem combater o assédio, refletindo sobre penalidades e os cuidados acerca dos dados e informações dos envolvidos.

 

A defesa do direito à paridade e integralidade entre professores ativos e aposentados foi um dos encaminhamentos aprovados para o GT Seguridade Social e Aposentadoria (GTSSA), que deve defender ainda a garantia de remuneração integral e isonômica dos integrantes de mesmo nível, titulação e regime de trabalho na carreira, além da revogação das Reformas da Previdência, entre outros.

 

O 66° Conad também cumpriu o papel de encaminhar algumas questões que não foram debatidas no 41º Congresso, no início do ano, pela escassez de tempo. Os temas remetidos e encaminhados no Conad foram sobre o GT Comunicação e Arte – que terá seu plano atualizado, além da II edição do Festival de Arte e Cultura do Andes-SN no segundo semestre deste ano; GTSSA – que deverá se debruçar ainda mais sobre o tema Saúde do Trabalhador; GT Carreira, que continua a jornada pela construção da carreira docente única, contra a implementação de ponto eletrônico, revogação da Portaria MEC 983/2020 (que impõe novo regime de trabalho, ampliando a carga horária e a não presencialidade) bem como a Portaria 2.117/19, que atua na mesma lógica; e GT História do Movimento Docente, que, entre outras ações, deverá promover uma campanha nacional pela revogação dos decretos e portaria do Governo Bolsonaro que criaram obstáculos à investigação sobre os crimes cometidos em seu Governo e enfraquecem a Comissão Nacional de Anistia (Lei nº 10559/2002), a Comissão Nacional da Verdade e Reparação (Lei nº 12.528/2011) e a Comissão Especial sobre Mortos r Desaparecidos Políticos (Lei nº 9140/1995).

 

Entre as diversas moções aprovadas, uma de repúdio às declarações do deputado mato-grossense Gilberto Cattani, que comparou mulheres a vacas recentemente, durante defesa contra o direito legal ao aborto.  

 

Também foram definidos no último dia evento os novos membros da Comissão da Verdade, a aprovação das contas do sindicato e do 41º Congresso, a previsão orçamentária da 2024 e a sede do próximo Conselho do Andes-SN, o 67º Conad, que será Belo Horizonte-MG.        

 

Primeira participação no evento

 

A professora Luciane de Almeida Gomes participou pela primeira vez do Conad. Ficou impressionada com a dinâmica do Conselho, apesar de ter participado de um seminário nacional do GTPE anteriormente. “O Conad é evento diferente do que estou acostumada, como os eventos científicos, por exemplo. A gente estranha a dinâmica, é um evento muito intenso em poucos dias, mas que nos dá condições de acessar mais profundamente pautas e questões programas de lutas que a gente não tem condições de acessar nas seções sindicais, nas assembleias. Me trouxe uma visão mais ampliada da necessidade a aproximação desses espaços”, afirmou a docente.

 

Para a docente, ampliar a participação no evento poderia aproximar ainda mais a categoria. “O Conad poderia ampliar a quantidade de delegados e indicar por exemplo a possibilidade de que fossem observadores por número de Grupos Mistos. A Adufmat-Ssind foi privilegiada nesse sentido, nós tivemos condições de enviar mais observadores do que a maioria dos grupos, isso é uma coisa importante, porque assim você tem uma compreensão coletiva da organização sindical e nos fortalece, nos dá aquela sensação de que nós não estamos sozinhos. Eu poderia apontar várias coisas, no sentido do cansaço, da intensidade das discussões, as vezes a sensação de que falta tempo para esgotar com mais qualidade, mas depois, quando a gente chega na grande discussão, percebe que outros olhares suprem aquilo que você acha que ficou faltando. A gente tem as forças renovadas, no sentido de enxergar que nós não estamos sozinhos nessa luta, que ela é coletiva, e que a gente precisa desse momento de partilha, de se refazer dentro desse campo sindical”, declarou.  

 

Em sua avaliação, no entanto, é possível melhorar. Gostei muito de estar aqui, gostei muito do evento, mas fiquei um pouco impactada com algumas posições políticas que, particularmente, eu não esperava dentro do âmbito sindical, que a gente presenciou principalmente no primeiro dia, por conta da chapa que perdeu a eleição, e que na minha opinião faz uma manifestação política imatura, num lugar errado. Eu acho que manifestar a indignação é legítimo, mas para o fato apresentado, existe o lugar, o momento certo”, concluiu.

 

Representaram a Adufmat-Ssind no 66º Conad os docentes Maria Luzinete Vanzeler, como delegada, e Paula Gonçalves (Araguaia), Clarianna Silva (Sinop), Luciane Gomes, Alair Silveira e Raquel de Brito, como observadoras. 

 

Confira aqui a Galeria de Imagens do 66º Conad

Sexta, 14 Julho 2023 18:06

 

 

“Paraíba hoje é a sede, Campina Grande, o local. Vai ser na universidade, que é a nível federal, o novo encontro do Andes Sindicato Nacional”. Ao som do repente, começou, nesta sexta-feira, 14/07, o segundo maior evento dos docentes do ensino superior de todo o país. Com o tema “Na reorganização da Classe com Inspiração nas Lutas e Culturas Populares”, o 66º Conselho do Andes (Conad) tem como objetivo fortalecer a organização das lutas aprovadas pela categoria no Congresso realizado no início do ano, além de dar posse à diretoria eleita para o biênio 2023-2025.  

 

Durante a Plenária de Abertura, entidades parceiras deram as boas vindas aos presentes.

 

Compuseram a mesa a presidente do Andes-SN, Rivânia Lucia Moura de Assis, a secretária-geral do Andes-SN, Maria Regina de Avila Moreira, o primeiro tesoureiro do Andes-SN, Amauri Fragoso de Medeiros, o presidente eleito para a biênio 2023-2025, Gustavo Seferian Scheffer Machado, também primeiro secretário Regional Leste durante na Gestão 2020-2023, a secretária-geral eleita para o biênio 2023-2025, Francieli Rebelatto, também segunda secretária da Gestão 2020-2023, a primeira tesoureira eleita para o biênio 2023-2025, Jennifer Susan Webb, também terceira tesoureira do Andes-SN 2020-2023, a primeira Vice-presidente da Regional Nordeste II do Andes-SN, Cristine Hirsch, o presidente da AdufCG, Antônio Lisboa, a representante da Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (Fenet) Nicole Viana, e o presidente do Diretório Central dos Estudantes da UFCG, Guilherme Queiroz.

 

Em seu discurso, a ainda presidente, Rivânia Moura, afirmou, emocionada, que a luta exige intensidade. “Fomos atravessados por perdas, dores, ausências dos que tombaram na pandemia, por um governo de extrema direita, negacionista, que promovei o maior genocídio Não é possível seguir sem olhar para trás e entender que o que ficou lá atrás também segue conosco. Nesse cenário o Andes se manteve na firme defesa da vida. Nesse cenário nós construímos a mais ampla unidade para derrotar o fascismo nas ruas e nas urnas”

 

Moura falou ainda do desmantelamento da educação pública durante o governo Bolsonaro, cujos herdeiros tentam manter ainda hoje, e lembrou das campanhas que o Andes-SN construiu nos últimos anos para resistir a esses ataques.

 

Ainda na Plenária de abertura, os responsáveis pela Revista Universidade & Sociedade apresentaram a edição deste semestre, que tem o tema “A crise ecológica e ambiental: territórios, política e meio ambiente” (leia aqui). Os responsáveis pela pesquisa nacional sobre saúde docente também falaram sobre o estudo e revelaram alguns resultados preocupantes: 75% dos entrevistados se sentem sobrecarregados sempre ou frequentemente; 79% se sentem pressionados sempre ou frequentemente; 58% possuem dívidas; 88% trabalham por demanda sempre ou frequentemente; dois terços já sofreram assédio moral.

 

Em seguida, os presentes procederam o empossamento da nova diretoria, eleita maio deste ano com 43,17% dos votos. Os representantes da Regional Pantanal são Breno dos Santos, da UFMT (primeiro vice-presidente), Ana Paula Salvador Werri, da UFMS (segunda vice-presidente), Paula Pereira Gonçalves Alves, da UFMT (primeira secretária), Luciana Henrique da Silva, da UEMS (segunda secretária), João Carlos Machado Sanches, da UNEMAT (primeiro tesoureiro) e Bruno Passos Pizzi, da UFGD (segundo tesoureiro).

 

 

 

Gustavo Seferian, presidente eleito, disse que inicia a gestão animado, e que o próximo período exigirá sabedoria por parte da categoria, que necessitará, em suas palavras, “de muita abertura, diálogo, compreensão, respeito, capacidade de acolhida das nossas diferenças para poder seguir colocando nosso sindicato nacional no lugar tão necessário, de ferramenta do enfrentamento aos ataques que recaem sobre nós e da promoção ofensiva do que são os nossos mais profundos interesses. Que a gente possa construir, no próximo biênio, uma gestão marcada por esses valores”, concluiu, abrindo oficialmente o evento.     

 

A tarde começou com a Plenária de instalação. Neste momento, foram anunciados os números preliminares do 66º Conad, tendo a presença de 69 seções sindicais, representadas por 64 delegados, 226 observadores, 12 convidados, 33 diretores, num total de 335 participantes.

 

Também na Plenária de Instalação foi formada a Comissão de Enfrentamento ao Assédio - exigência estabelecida no 36º Congresso, realizado em Cuiabá, em 2017, e toda a metodologia do trabalho que será realizado no Conad nestes três dias de intenso trabalho.

 

Para encerrar as atividades da tarde, os presentes apresentaram as teses de atualização do debate de conjuntura, isto é, a leitura de diferentes grupos sobre as questões atuais, bem como as propostas para enfrentar os desafios. Essas teses estão disponíveis no Caderno de Textos do 66º Conad (leia aqui).

 

No período noturno as delegações debaterão as propostas do tema II - Atualização dos Planos de Lutas dos Setores e Plano Geral de Lutas - nos grupos mistos. As atividades seguem até domingo.   

 

Confira aqui algumas fotos do evento. 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Sexta, 14 Julho 2023 10:07

 

A Adufmat-Ssind informa que a transmissão do debate entre as chapas que disputam a diretoria, biênio 2023-2025, organizado para esta sexta-feira, 14/07, às 19h, será transmitido somente pelo canal do Youtube e pelo Facebook do sindicato. Não haverá transmissão por meio de vídeo conferência para as subsedes do Araguaia e Sinop. 

Confira aqui o convite para o debate. 

Sexta, 14 Julho 2023 09:53

 

A Adufmat-Ssind informa que a transmissão do debate entre as chapas que disputam a diretoria, biênio 2023-2025, organizado para esta sexta-feira, 14/07, às 19h, será transmitido somente pelo canal do Youtube e pelo Facebook do sindicato. Não haverá transmissão por meio de vídeo conferência para as subsedes do Araguaia e Sinop. 

Confira aqui o convite para o debate. 

Sexta, 14 Julho 2023 09:36

 

 

Com o objetivo de munir a categoria de informações acerca das propostas para a direção da Adufmat-Ssind, biênio 2023-2025, o sindicato disponibiliza entrevista realizada com as chapas candidatas. A eleição será na próxima terça-feira, 18/07.

Confira abaixo as respostas da Chapa 2 - Renova Ação Adufmat:   

 

 

Adufmat-Ssind: Na leitura da chapa, quais serão os principais desafios que a Adufmat-Ssind terá de enfrentar nos próximos anos?
 
Chapa 2:  Uma Seção Sindical só é forte com a participação maciça de seus Associados  nas decisões a serem tomadas pela gestão. E isso implica  em desenvolver ações voltadas prioritariamente aos interesses da Classe e em aumentar o número de filiados (hoje apenas cerca de 25% dos Docentes fazem parte do quadro da ADUFMAT). A CHAPA 2 tem como Compromisso básico devolver a Seção Sindical a TODOS/AS  Docentes porque temos convicção que esta é a única forma de juntos, mais que enfrentar, resolvermos os problemas do Corpo Docente.
 
Adufmat-Ssind: Quais são as propostas da chapa para enfrentar esses desafios? 
 
Chapa 2: A CHAPA 2 não tem propostas fechadas e sim compromissos.  Dentre os mais importantes devolver a ADUFMAT às/aos Docentes o que só pode ser feito dando voz e vez a todos e todas, assim como focar a gestão em ações que efetivamente apontem para a solução prática de questões quem vêm sendo demandadas há muitos anos e que têm sido usadas como narrativas eternas mas sem o enfrentamento prático que exigem. 
 
Adufmat-Ssind: Como a chapa entende a conjuntura brasileira atual e, dentro dela, a situação das universidades?
 
Chapa 2:  O Panorama da atual conjuntura nacional é resultado de décadas em que, especificamente na Educação, a verba destinada no Orçamento não tem sido considerada investimento e sim gasto. A defasagem salarial, que só tem aumentado governo após governo,  comprova esta tese (somente nos últimos 4 anos as perdas acumularam 27 por cento). A defesa radical da oferta de uma educação pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada é compromisso da CHAPA 2 como também é compromisso unir se as entidades representativas do Corpo Discente e ao SINTUF para garantir novos investimentos que tragam de volta, por exemplo, a oferta maciça de bolsas de qualificação, permanência, pesquisa e extensão, fundamentais para  melhorar a oferta de serviços à Sociedade como um todo o que, por si só, terá como consequência a melhoria da atual conjuntura nacional.
 
Adufmat-Ssind:  Por que e para que os professores devem ser organizar em um sindicato? 
 
Chapa 2: O Sindicato deve ser um espaço de debates e de ações concretas com o objetivo de solucionar os problemas, no nosso caso, das/dos Docentes da UFMT.   A Universidade, como o próprio conceito diz, reúne uma  universalidade de pensamentos que precisam ser respeitados desde que não firam os princípios básicos da convivência civilizada e democrática. No caso da UFMT, independente da coloração partidária e ideológica de cada docente, os problemas são comuns a todos. É neles que nossa Seção Sindical deve, prioritariamente, se concentrar. Este é o compromisso da CHAPA 2 que  vai caminhar ao lado de Departamentos, Programas de Pós Graduação, Faculdades e Institutos em suas necessidades e reinvindicações, além, é claro, de prestar conta das ações da gestão, uma das muitas reclamações que temos ouvido em nosso contato direto com os / as docentes.
 
Adufmat-Ssind: Levando em consideração que a Adufmat-Ssind é uma Seção Sindical do Andes-SN, qual a importância da organização da categoria em âmbito nacional?
 
Chapa 2: A ADUFMAT Ssind historicamente foi um dos polos mais ativos do ANDES-SN por estar sempre somando forças sem perder sua autonomia. A gestão RENOVA AÇÃO ADUFMAT vai retomar este protagonismo reforçando as ações do Sindicato Nacional no sentido, por exemplo, de se instalar em conjunto com o Ministério da Educação e com o Ministerio da Gestão e Inovação em Serviços Públicos da Mesa de Negociação para Reestruturação da Carreira Docente e pela recomposição do Orçamento das Universidades expandindo a  luta pela revogação da PEC 32 que representou um gravíssimo ataque ao Serviço Público, especialmente ao Ensino Superior ofertado pelas IFES.
 
 
Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para aproximar o conjunto dos professores das atividades da Adufmat-Ssind? 
 
Chapa 2: A desburocratização da Seção Sindical é primeiro passo. Essa desburocratização passa por dar voz e vez a todos/todas os/as Docentes, defendendo concretamente seus interesses e buscando  que melhorem sua qualidade de vida e condições de trabalho. Além disso, conceder, de fato, autonomia, principalmente econômica, às Sub Seções de Sinop e Barra fazem parte do "pacote" já formatado e que será colocado em prática logo no inicio da gestão RENOVA  AÇÃO ADUFMAT. Afinal,  em qualquer organização da Sociedade,e consequentemente nos Sindicatos, só há participação quando os membros de uma organização sintam se representados e que ela enfrente de fato os problemas que são comuns à Classe. Assim, a Gestão RENOVA AÇÃO ADUFMAT apoiará e dará voz a todos os Movimentos Sociais que são representados na universalidade de pensamento dos Docentes da UFMT.
 
Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para a área Sociocultural do sindicato? 
 
Chapa 2: Os compromissos assumidos pela CHAPA 2, não apenas na área Sociocultural, e que serão colocados em prática pela gestão RENOVA AÇÃO ADUFMAT são resultados do contato direto com os Docentes dos quatro campus da UFMT (Cuiabá, VG, Sinop e Barra). Nenhuma Diretoria agirá isoladamente, suas realizações serão sempre fruto da "Politica de Gestão" e realizadas em  parceria com as  demais diretorias.  Uma das reinvindicações que ouvimos no Setor Sociocultural foi a retomada das discussões  sobre a a construção de uma sede social. Vamos atender esta demanda porque a CHAPA 2 entende que o lazer é um direito conquistado pela classe trabalhadora. Se for o desejo da maioria vamos dar condições para esta construção. Também recebemos demandas para áreas especificas da cultura como eventos culturais e de lazer  para os Docentes, produção científica, música, cinema, literatura às quais serão efetivadas com ações constantes e permanentes e não apenas esporádicas 
 
Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para a  Comunicação do sindicato?
 
Chapa 2: As ações na área de Comunicação da Gestão RENOVA AÇÃO ADUFMAT terão por base a aplicação dos princípios cientificos e práticos do setor, com o objetivo de devolver às/aos Docentes o protagonismo no debate das questões em que a UFMT tem obrigação de estar presente na Sociedade. Isso será garantido pela história de vida e formação acadêmica, como pesquisador, do futuro Diretor de Comunicação da ADUFMAT, Professor Doutor Maurelio Menezes. Graduado em Jornalismo, ele tem em sua história como profissional, em 45 anos vivendo e acompanhando a evolução da área a partir de 1979, passagens como repórter de economia e política nos jornais Tribuna da Imprensa e O Fluminense (RJ), Editor Internacional da TVS, Gerente de Comunicação e Diretor no Programa Canal Livre da Rede Bandeirantes, Editor Nacional do Jornal da Manchete, Editor Especial de Telejornalismo do SBT, Coordenador Geral/Diretor do Programa Cidinha Livre apresentado por Cudinha Campos na Rádio Tupi do Rio, Chefe de Redação da TV Educativa (hoje Rede Brasil), Editor de Telejornais da Rede Globo, Chefe de Redação da TV Gazeta MT (hoje TV Vila Real/Record) e Editor Especial da TV Centro América MT.  Professor por 25 anos do Curso de Comunicação da UFMT, ministrando disciplinas como Telejornalismo, Notícia & Mercadologia, Princípios Fundamentais da Comunicação, Ética e Legislação em Jornalismo, entre outras, foi  Chefe do Departamento de Comunicação, membro do Colegiado de Curso da Faculdade de Comunicação/Jornalismo, do CONSEPE e da Câmara de Extensão. Mestre em Ciencias da Comunicação pela USP (Dissertação *"Jornalismo: uma ilusão perdida?"* para a qual pesquisou a Filosofia do Jornalismo a partir de seus principais teóricos e práticos) e Doutor em Movimentos Sociais e Educação pela UFMT (Tese *"Movimentos sociais @internet e sua dimensão educativa"* para a qual, a partir de Gramsci, pesquisou a Primavera Árabe  e as manifestações brasileiras de 2013).
 
Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para a área de Assuntos de Aposentadoria e Seguridade Social?
 
Chapa 2: A gestão  RENOVA AÇÃO ADUFMAT entende que há alguns problemas comuns entre profissionais docentes da Ativa e Aposentados. E terá como foco a solução destes problemas e tem, também, como compromisso ampliar ainda mais o diálogo com os Aposentados encampando por meio da Diretoria para Assuntos de Aposentadoria  e Seguridade Social suas necessidades e expectativas, entre elas a Promoção dos Docentes Adjuntos IV para Associado. A gestão RENOVA AÇÃO ADUFMAT vai apoiar/assumir a defesa da revisão  das Reformas Trabalhistas aprovadas desde 2003 que impuseram injustiças aos trabalhadores, inclusive o fim da isonomia numa mesma Instituição. Em contato com os Docentes da Ativa e Aposentados elencamos as reinvindicações que, se atendidas, dariam, por exemplo, uma real isonomia aos Aposentados.
 
Adufmat-Ssind: Gostariam de dizer mais alguma coisa?
 
Chapa 2: Os compromissos que assumimos serão elementos transformadores e de crescinento da ADUFMAT-Ssind. Mas para esta transformação e crescimento se torne realidade é preciso que o maior número possível de Docentes compareçam para votar  e por isso fazemos um chamamento a todas e todos: Não deixe que os outros decidam por você! Prá renovar é preciso votar. Vote na CHAPA 2 RENOVA AÇÃO ADUFMAT.

 

Sexta, 14 Julho 2023 09:36

 

 

Com o objetivo de munir a categoria de informações acerca das propostas para a direção da Adufmat-Ssind, biênio 2023-2025, o sindicato disponibiliza entrevista realizada com as chapas candidatas. A eleição será na próxima terça-feira, 18/07.

Confira abaixo as respostas da Chapa 1 - Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais:      

 

Adufmat-Ssind: Na leitura da chapa, quais serão os principais desafios que a Adufmat-Ssind terá de enfrentar nos próximos anos? 

Chapa 1: Diante de uma economia que se centra nos lucros via exploração do trabalho, todo avanço científico e tecnológico tem redundado no esfacelamento das relações de trabalho. Em vez de nos aliviar a carga de trabalho, tende a intensificá-lo; em vez de reduzir a jornada de trabalho, tem gerado desemprego de um lado e de outro, trabalhadores/as com jornadas cada vez mais extensa; em vez de melhorar as condições materiais de trabalho e vida, tem-nos devastado; enquanto o trabalho com vínculos formais e proteção social se torna exceção.

Este cenário de rebaixamento do mundo do trabalho rebate também na carreira docente que vem sendo precarizada por meio de anos de congelamento salarial num período de altas taxas de inflação; da intensificação da jornada de trabalho através de métodos de computação de horas de trabalho que subnotifica atividades e horas de trabalho (de modo a mascarar a sobrecarga de trabalho); as TICs, sobretudo após a pandemia, eliminaram a fronteira entre tempo de trabalho e tempo livre, de modo que os/as docentes são obrigados/as a responder pelo seu trabalho praticamente em tempo integral; além de, dentro do perfil de profissional polivalente próprio da acumulação flexível, vêm assumindo trabalho (de forma invisível porque não computada como hora de trabalho) de outras funções técnicas que vagarosamente estão sendo extintas do quadro de servidores/as públicos/as federais.

Para os/as aposentados/as os ataques não são menos deletérios: a precarização do SUS mesmo diante de uma pandemia mundial levou muitos/as ao endividamento; o aumento dos preços combinado com a defasagem salarial resultado de 4 anos de congelamento salarial achataram bruscamente seu poder de compra; a ampliação do desemprego, sobretudo na juventude, e a compressão do poder aquisitivo da família trabalhadora levou os/as idosos/as ao endividamento e ao comprometimento de seus rendimentos com empréstimos bancários que, sob as mais altas taxas de juros bancários do mundo, apertam o cinto dos/as aposentados/as. O ambiente aos/às docentes é, portanto, de ataques a seus direitos e sua capacidade de resposta está cada vez mais contida, na medida em que são consumidos/as pelo trabalho e desacreditados/as da luta sindical.

Isso porque este cenário tem reverberado também nos sindicatos que perderam sua capacidade de aglutinação e embate; quanto a esta segunda questão, o alinhamento de burocracias sindicais a projetos de poder em detrimento a projetos de sociedade, levam-nas a conter revoltas ao preferirem as mesas de negociação em vez do enfrentamento direto que possa efetivamente resolver as questões; sobretudo de setores próximos ao governo que preferem o autoritarismo da barganha que o processo de luta e conquistas democráticas.

Diante deste cenário, cabe ao sindicato recobrar como centralidade da sua dinâmica a luta pelos interesses concretos e imediatos dos/as docentes num processo de aglutinação para a construção de respostas contundentes, para, além das palavras, construir alternativas que tragam respostas e esperanças aos/às trabalhadores/as; lutas que demandarão alianças estratégicas com outros setores populares a quem também interesse uma educação pública, gratuita e de qualidade. Acolher as insatisfações e canalizar lutas coletivas encontrando, entre tantas questões distintas de uma classe fragmentada, os interesses que nos unem, este é o difícil papel do sindicato atual

Adufmat-Ssind: Quais são as propostas da chapa para enfrentar esses desafios? 

Chapa 1:  A crescente precarização da carreira docente que sofre com achatamento de salários e rebaixamento das condições de trabalho é fruto do mundo do trabalho estruturalmente degradado pela contrarreforma da previdência e trabalhista que atacaram os mecanismos de proteção ao trabalho e viabiliza a imposição universal de um trabalho degradante e adoecedor, tendo o assédio moral como mecanismo de gestão do trabalho.

A sobrecarga das mulheres docentes em sua jornada ininterrupta de trabalho, entre trabalho docente e funções da vida privada, trazem adoecimento e sensação de incapacidade às docentes até porque os critérios meritocráticos da universidade atual tendem ao seu desprestígio; a secundarização da intelectualidade negra tendendo a sobrecarga de encargos e a secundarização dos saberes e do protagonismo dos docentes negros numa universidade eurocêntrica são expressões de uma Universidade inserida numa sociabilidade que se ergue a partir da discriminação racial.

Além de tudo isso, denunciamos o ataque que os critérios meritocráticos significam ao direito de progressão funcional, direito do/a trabalhador/a. Em toda a sociabilidade capitalista, quanto mais complexa e arrojada a mercadoria, maior seu preço. Na carreira docente da UFMT, porém, não basta a formação e os anos de atuação profissional; são cobrados critérios produtivistas que prejudicam docentes que saem de licença saúde; mães em licença maternidade; dentre outros.

Diante desses ataques, a nossa proposta é a de criarmos espaço de debate, formulação e articulação dos/as docentes. Nossa intenção é a de nos aproximarmos das questões concretas da categoria docente, abrindo espaços de acolhida individual e/ou coletiva de denúncia de processos de exploração, assédio e discriminação para encaminhamentos individuais e coletivos destas questões. Nossa classe está sob intenso e contínuo ataque e o sindicato precisa ser a caixa de ressonância das questões docentes e da construção de respostas coletivas.

Destacamos que uma das tarefas desta gestão será o debate da Resolução 158 que rege a distribuição de encargos docentes. O momento histórico tende a fazer desta revisão um mecanismo de intensificação da precarização do trabalho, de modo a intensificar nossas jornadas de trabalho na medida em que computarão ainda menos horas em relação às atividades que cumprimos; além de manter invisível um conjunto de trabalhos, sobretudo administrativos, que vêm sendo impostos invisivelmente aos/às docentes na medida em que excluem os cargos técnicos. Construir nossa proposta substitutiva da Resolução 158 a partir de fóruns da categoria, de modo a computar com justeza as horas trabalhadas com a inclusão de trabalhos hoje invisíveis, de modo a garantir nosso direito de cumprimento de 40 horas de trabalho semanal é nosso desafio prioritário.

Além da justiça em relação ao cumprimento da carga-horária, lutaremos pela remuneração mais justa. No Brasil, o/a professor/a universitário tem um salário 48,4% inferior em relação aos países da OCDE. Na última década, conforme o Andes, acumulamos uma defasagem salarial de 49,28%. Diante deste cenário, cumpre lutarmos pela reposição salarial imediata; além do pagamento imediato dos 28,86% conquistados via judicial, mas que a justiça burguesa tem protelado a execução; bem como dos 3,17% a quem tem direito. Fortalecer a educação passa pela valorização dos/as seus/suas trabalhadores/as.

Adufmat-Ssind:  Como a chapa entende a conjuntura brasileira atual e, dentro dela, a situação das universidades? Por que e para que os professores devem ser organizar em um sindicato?  

Chapa 1: Vamos responder essas duas perguntas juntas, pois o diagnóstico da situação das universidades determina a razão da categoria docente lutar.

A conjuntura nacional reflete a internacional. Passamos por um período de crise generalizada, inclusive uma crise política oriunda da incapacidade do capital dar respostas às genuínas necessidades humanas e ambientais.

Desta crise, de um lado vemos a classe trabalhadora na defensiva lutando para não perder direitos; de outro, vemos a ultradireita mobilizada entorno de retirar direitos de toda ordem, inclusive as liberdades democráticas.

Estamos diante de um respiro democrático no Brasil, fruto da vitória eleitoral sobre o fascismo nas eleições presidenciais de uma ampla coalizão de forças políticas que incluem setores patronais e da direita moderada.

Um executivo que governa com um legislativo (Congresso Nacional) bastante retrógrado, sendo hegemonizado pelo "Centrão" que coloca na mesa os interesses mais atrasados e mesquinhos das nossas elites por meio de um jogo político marcado por chantagens e corrupção (vide orçamento secreto).

Neste cenário, apenas a própria classe trabalhadora em luta é capaz de colocar em tela os seus interesses e defender a democracia por meio do seu exercício. Entendemos que apenas através de sua luta há condições de criar um cenário de governabilidade à esquerda capaz de conter o avanço fascista e garantir os direitos da classe trabalhadora.

No que depender do “Centrão”, não haverá revogação das contrarreformas da previdência e trabalhista, nem valorização salarial; o PT já aprovou o arcabouço fiscal que coloca o orçamento do país em função dos juros bancários; o Banco central se nega a reduzir as taxas de juros do Brasil que, escandalosamente, são as maiores do mundo. Tais posturas denotam que sem luta não haverá valorização dos salários e do serviço público e a educação jamais será uma efetiva prioridade orçamentária.

Desta forma, seguirá sendo tendência a precarização da educação, dos salários e das condições do trabalho docente e a mesma precarização recairá sobre a ciência. Sem educação robusta e produção científica autônoma não se constrói um país soberano!

Ressaltamos ainda que o fascismo se alimenta do ódio e da irracionalidade e, por isso, o anticientificismo lhe presta serviço. Por isso, a superação do fascismo envolve uma agenda econômica que priorize as necessidades da classe trabalhadora; uma agenda política que amplie e fortaleça as instâncias democráticas aos/às trabalhadores/as; como também a democratização do acesso à educação e ciência comprometidos com a construção de uma sociedade justa e igualitária.

Enfrentar a precarização da carreira docente e galgar ganhos em termos salariais e de condição de trabalho por meio da mobilização da luta pela educação será o grande desafio do nosso sindicato; uma agenda essencial para a construção do país justo, igualitário e soberano que sonhamos. Docentes sapientes do tempo histórico presente sabem que são tempos de luta e reconstrução da educação e do país.

Adufmat-Ssind: Levando em consideração que a Adufmat-Ssind é uma Seção Sindical do Andes-SN, qual a importância da organização da categoria em âmbito nacional? 

Chapa 1: Qualquer avanço da educação e das condições de vida da classe trabalhadora precisará ser arrancado pela luta entorno de um projeto de sociedade que coloque os interesses da classe trabalhadora na cena política.

São muitas as perdas que acumulamos, muitas as insatisfações, porém, estamos quase mudos/as sem dar resposta e isso não tem a ver apenas com a dureza da última quadra histórica, mas também da postura inerte dos instrumentos de luta de nossa classe.

Isso porque muitos partidos, sindicatos e movimentos sociais contam com lideranças da esquerda institucionalizada que trazem a expectativa de resolução dos conflitos para espaços burocráticos inócuos em vez da mobilização autônoma da nossa classe construindo seus meios de lutar e vencer.

Diante deste cenário de necessidade de destravamento da luta autônoma da nossa classe, a robustez e a capilaridade do Andes no cenário nacional e internacional são fundamentais.

Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para aproximar o conjunto dos professores das atividades da Adufmat-Ssind? 

Chapa 1: Temos em mente a necessidade de construir três espaços de aproximação com a categoria docente.

A primeira se refere à retomada da centralidade do debate e da luta pela carreira docente que estará em voga em virtude do debate da Resolução 158. Nossa intenção é sair da negativa (não queremos rever a 158) para a ofensiva: construir uma proposta de resolução a partir de debates da nossa categoria que seja capaz de computar todos os encargos docentes, inclusive os hoje invisíveis, tais como bancas, participação em conselhos editoriais, confecção de relatórios e demais trabalhos burocráticos; e que preserve o docente nas funções previstas a sua carreira, devolvendo aos/às técnicos/as as suas competências; como também uma computação de horas que considere as particularidades das docentes mães e cuidadoras e de pessoas que necessitem de adaptações ao trabalho.

Uma segunda via de aproximação se dará por meio da criação de espaços de acolhida, escuta qualificada e encaminhamentos a situações de assédio de toda ordem (assédio moral, sexual, institucional, etc.). As situações individuais de misoginia, racismo, lgbtfobia e demais discriminações precisam de trato no plano individual, como de inserção nas lutas coletivas por direitos da nossa categoria. Ninguém será deixado para trás! Todo direito violado precisa ser pauta do sindicato!

A terceira via de aproximação está na construção de espaços de relação dos/as sindicalizados/as para além dos estritamente políticos. Como forma de aproximação da base, de promoção da saúde mental e de propagar a cultura de resistência, pretendemos criar espaços artísticos, esportivos, de lazer e convivência entre os/as docentes e destes/as com o sindicato.

Neste sentido, pretendemos criar espaços de vivência que aproximem o sindicato sobretudo das professoras e professores aposentados. Vivemos numa sociedade em que temos valor apenas na condição de força de trabalho; numa sociedade da obsolescência que torna tudo substituível. Isso ocorre até mesmo na carreira docente em que o arcabouço de conhecimento tende a se ampliar com o tempo. Por isso, espaços de valorização dos/as aposentados/as, suas vivências e saberes precisam fazer parte de um sindicato que contribua com a construção de uma sociedade igualitária.

Resgatar a história do nosso sindicato e dos/as sindicalizados/as; o orgulho de ser docente e a paixão pela construção coletiva de uma educação libertadora guiará nossos passos de reconexão da ADUFMAT junto a categoria docente.

Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para a área Sociocultural do sindicato?  

Chapa 1: Uma das questões centrais do tempo histórico é a superação do fascismo da cultura brasileira, sobretudo em Mato Grosso que sedia o ninho fascista e golpista do país, como demonstraram os atos antidemocráticos de janeiro.

Para a tarefa de superação do fascismo, tão fundamental quanto o desenvolvimento científico é o fomento da vida cultural para a sensibilização dos sentidos humanos. Ambas têm o papel de refletir a realidade: a ciência pela via racional e a arte por conexões afetivas. Por isso, a arte muitas vezes consegue dar insights e cortar caminhos na sensibilização humana quanto as necessidades humanas coletivas.

Assim, temos em mente a promoção de uma política sociocultural sindical que trate a arte como necessidade básica e cotidiana; fomentando artistas populares e de resistência dentro e fora da universidade.

Faz parte das nossas intenções promover festivais culturais de música, poesia e artes plásticas; pretendemos levar festivais culturais e momentos de arte, cultura e lazer para todos os campi. E, para além de eventos esporádicos, pretendemos trazer a arte para o cotidiano da universidade, fomentando de forma ininterrupta exposições, festividades, oficinas e toda forma de promoção e propagação cultural. Lutar e mudar as coisas será embalado pela pulsão científica e artística.

Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para a Comunicação do sindicato?

Chapa 1: Os meios de comunicação têm sofrido muitas transformações e inovações e a comunicação sindical não pode ficar para trás.

Temos um setor de comunicação privilegiado se comparado a outros sindicatos, contando com uma profissional de jornalismo, um de rádio e TV e um de marketing e propaganda. Precisamos realizar a imensa capacidade destes profissionais, de modo a qualificar o que já existe e multiplicar as formas de diálogo com os/as sindicalizados/as e com a comunidade externa.

Além de manter o jornal impresso, precisamos aprimorar o uso das nossas redes sociais com conteúdos curtos e rápidos sobre as notícias cotidianas do sindicato; criar canais de diálogo rápido entre sindicalizados/as e ADUFMAT via WhatsApp; retomar o programa de rádio comunitária "Pulso Cerrado”.

Como tarefa de resgate da história dos/as docentes e da própria ADUFMAT, consideramos importante investirmos na produção de documentários e temos em mente resgatar a história de embate da ADUFMAT contra a ditadura militar de 1964 para não deixar qualquer dúvida sobre seu caráter deletério para o país e a educação brasileira e evidenciar a bravura dos/as nossos/as lutadores/as, já aposentados/as e muitos/as deles/as relegados/as ao esquecimento. Para essas atividades, o fomento do Grupo de Trabalho sobre Educação, Comunicação e Arte (GTECA) é fundamental.

Entendemos, porém, que o principal meio de aproximação as informações dos/as sindicalizados/as está em aproximar as ações do sindicato ao cotidiano docente e o/a docente da construção do cotidiano do sindicato.

Por fim, para além da comunicação da própria Adufmat, é possível e necessário fazer parcerias entre sindicatos para criarmos meios de comunicação alternativos com abrangência estadual. Os conflitos no campo, as pautas docente e de demais trabalhadores/as são negligenciadas pela imprensa local; nela, nem pagando conseguimos publicar conteúdos críticos aos governos. Por isso, o fomento a meios de comunicação alternativos bancados por sindicatos associados é um passo fundamental para democratizar o acesso à informação aos/às sindicalizados/as e a população em geral.

Adufmat-Ssind: Quais as propostas da chapa para a área de Assuntos de Aposentadoria e Seguridade Social?

Chapa 1: Pretendemos valorizar os/as sindicalizados/as aposentados/as para além da sua condição de força de trabalho, valorizando-os em sua dimensão humana. Isso engloba a melhoria de suas condições materiais de vida e a construção de espaços de socialização e valorização de saberes.

Quanto a primeira dimensão, a valorização da vida material passa por recompor o poder de compra dos/as aposentados/as pela luta da valorização salarial através da reposição das perdas salariais e do recebimento imediato dos 28,86% e dos valores retroativos; passa pela luta pela redução das taxas de juros, de modo a reduzir o comprometimento dos salários com o endividamento bancário; pela recomposição das políticas públicas para restringir os gastos com tratamentos médicos, escolares, etc.

A construção de espaços de socialização e valorização dos saberes dos/as aposentados/as será viabilizada pelas políticas de comunicação e política sociocultural que pretendemos desenvolver em debate com a categoria docente.