Encaminhamos errata do folder enviado em 28/05 e, mais uma vez, reforçamos o convite para o nosso ato de hoje na parte da manhã (a partir das 8:00), o qual ocorrerá na praça Ipiranga, e o debate no período da tarde (às 14:00), na Adufmat, sob o tema: "A universidade que queremos?".
Comando Local de Greve
Os docentes aposentados da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) iniciaram 2016 com pique total. Para marcar o Dia Nacional do Aposentado e da Previdência Social (comemorado em 24/01), o GT de Aposentados da Associação dos Docentes (Adufmat-Ssind) realizou, nessa quinta-feira, 21/01, um Colóquio sobre Previdência Social e Dívida Pública, encerrado com um sarau cultural animadíssimo, regado à música e poesia.
O debate, obviamente, interessa a todos. Afinal, o governo federal anunciou, desde os primeiros dias do ano, que seu foco, em meio a “crise econômica”, será a Previdência Social, que está completando 93 anos (24/01/1923 – Lei Elói Chaves). Depois dos últimos ataques ao setor, os trabalhadores permanecem alerta. Além disso, a presidente Dilma Rousseff acaba de vetar a realização da auditoria da Dívida Pública, protelando mais uma vez uma importante determinação da Constituição Federal de 1988.
Parte da pauta de discussão da categoria docente em âmbito nacional, os dois temas, além de muito importantes, são praticamente inseparáveis. “Os recursos destinados à dívida pública são recursos que deixam de ser investidos em políticas sociais, ameaçando a educação pública, a saúde pública, a segurança pública, a previdência social”, explicou o professor convidado para o Colóquio, Dr. José Menezes Gomes, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Antes dele, José Airton de Paula, membro do GT Aposentados da Adufmat-Ssind, já havia falado das perdas que os trabalhadores têm quando se aposentam: adicional de insalubridade, e auxílios alimentação, creche, saúde, entre outros. Na mesa de abertura, junto ao presidente da Adufmat-Ssind, Reginaldo Araújo, e a professora Maria Clara Weiss (também membro do GT Aposentados), de Paula lembrou, ainda, que a própria Constituição não permite que os recursos destinados ao pagamento da dívida (quase 50% do orçamento da União, atualmente) sejam revertidos para os serviços públicos.
De acordo com a exposição do professor da UFAL, José Menezes Gomes, provavelmente a auditoria da dívida no Brasil apontaria justamente para essa necessidade, de reverter recursos da dívida para os setores públicos. “A auditoria da dívida pública no Equador, por exemplo, acabou redefinindo os investimentos nos gastos sociais”, disse Menezes, apontando para o gráfico crescente dos investimentos nas políticas sociais do país, que passou de menos de U$$ 1 milhão para mais de U$$ 6 milhões entre os anos 2000 (quando a auditoria foi realizada) e 2011.
O docente destacou, ainda, que as dívidas públicas não foram feitas para beneficiar a população, mas sim setores produtivos, como os de usineiros, em Alagoas, e de latifundiários, em Mato Grosso. “A dívida é pública, mas os benefícios foram privados”, afirmou. E continuam sendo, já que o pagamento da dívida é feito a grandes grupos financeiros. Dívida, aliás, que se multiplica com o passar dos anos, devido aos contratos com taxas de juros flutuantes, e variações do dólar. “Tudo indica que isso tudo pode ser um tipo de corrupção institucionalizada. É dinheiro público utilizado para sanar dívidas privadas, para bancos [...] Quem se lembra que nos Estados Unidos, quando quebrou a Bolsa de NY, o governo liberou imediatamente U$$ 750 milhões para salvar os bancos? Depois, quando quiseram ampliar o acesso à saúde para a população, que custaria cerca de U$$ 40 milhões, acharam um absurdo!”, comentou Menezes.
O docente fez questão de marcar, do início ao fim da sua fala, a sua relação e a importância de preservação e ampliação dos direitos sociais, com qualidade. “Se não existisse educação pública eu não estaria aqui, mas provavelmente ainda na difícil condição social em que nasci, em Poxoréu [257 Km de Cuiabá-MT]. Por isso, agradeço à professora que me alfabetizou e a todos os outros”, disse.
Assalto!
Foi um susto, mas em poucos minutos os participantes do Colóquio já riam, relaxados. Se bem que o texto divertido do ator Milton Petrella, do grupo Assalto, exigiu atenção pelo conteúdo crítico e pela rapidez com que foi dito. A apresentação foi rápida, mas muito divertida. Petrella explicou, ao fim, que o projeto surgiu há mais de 20 anos, quando ainda era estudante da Universidade de São Paulo (USP). Viajando por todo o Brasil, entrando nas salas de aula e eventos quando convidados, a intenção é, somente, assaltar o público com poesia e alegria.
Homenagens
Foi a professora Marília Beatriz, aposentada da UFMT e presidente da Academia Mato-grossense de Letras, que apresentou os livros lançados na noite. O primeiro, uma homenagem póstuma do professor Roberto Boaventura ao Pe. Pimentel ou Avoante do Cariri. “Você dialoga brilhantemente com o Avoante do Cariri, de maneira carinhosa, como se ele estivesse na sua frente”, comentou a presidente.
O Avoante do Cariri foi, também, professor da UFMT, e morreu em 2007, dois dias depois de entregar o conjunto de sua obra ao professor Roberto Boaventura. “Eu estava prestes a agradecer o presente que o professor Pimentel deixou na minha mesa, mas eu demorei demais. Demorei dois dias”, lamentou Boaventura.
De acordo com o professor, o Avoante ainda não tem o reconhecimento merecido no estado, diante da sua contribuição intelectual. “Ele precisa ser respeitado, não só como colega, ex padre, mas como poeta. Com dois mestrados na área de Linguagens na UFMT, não é possível que ele permaneça no esquecimento. Ele tinha um olhar social, crítico, enxergava os mais pobres, criticou a ditadura militar”, afirmou.
Com essa expectativa, no dia 03/02, uma cerimônia no Foyer do Teatro da UFMT marcará nova homenagem ao poeta, quando Boaventura falará mais sobre os livros que resultaram dessa breve história: “Desovas em Trovas” (seleção de poemas de Avoante do Cariri) e “Abrangência dos voos poéticos de Avoante do Cariri” (de autoria do prof. Roberto Boaventura).
Também foi especial a apresentação do livro “América e os Guardiões das Culturas Autóctones”, da professora Therezinha Arruda. “A Therezinha não é apenas uma historiadora. Ela é uma pessoa apaixonada pela América Latina”, afirmou Marília Beatriz.
Emocionada, a autora do livro contou que obra surgiu de um projeto para o qual foi convidada, com o objetivo de contar histórias, mas também a partir do incentivo de seu companheiro cubano, já falecido. “Eu pensei, que histórias eu vou contar? Vou falar sobre as experiências na América Latina. Nunca quis viajar para outros países da Europa ou para os Estados Unidos”, afirmou.
Em nome do Departamento de História da UFMT, a professora Maria Adenir Peraro agradeceu publicamente a professora Therezinha Arruda, pela importante contribuição como uma das precursoras nos estudos sobre a América Latina na universidade.
O professor José Menezes Gomes também apresentou um livro, que reúne, dentre outros artigos, um de sua autoria. Com o título a “A crise do capital, lutas sociais e políticas públicas”, a obra reúne artigos que tratam do processo de estabelecimento da dívida pública, seu avanço e a maneira como interfere nas políticas sociais.
Sarau
As atividades do dia foram encerradas ainda com muita energia. Ao som de Sônia Moraes e convidados como Beto Boaventura, os docentes cantaram, dançaram e declamaram poesias. O professor Zacarias também deu uma palhinha ao lado dos artistas Maurício Ricardo, Bia Corrêa e sua filha Maria Clara. Também contribuíram com o importante momento de troca cultural as professoras Maria Otília e Aurelina Carmo (UFMT), e Sueli (Unemat).
Clique aqui para ver as fotos do evento.
Veja fotos:
https://adufmat.org.br/portal/index.php/comunicacao/2023-11-11-14-16-04/acoes-da-diretoria/itemlist/user/42-adufmat?start=260#sigProIdcd3fecaf71
Entre os dias 27 e 30/01, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) sediará, nos espaços do Centro Cultural, Faculdade de Enfermagem e curso de Saúde Coletiva, a 1ª Jornada Mato-grossense de Saúde. Com o tema “Cuidar multiprofissional: desafios contemporâneos para a área da saúde na busca de uma assistência plena e igualitária”, o evento reunirá estudantes e professores de 18 cursos da universidade, dos campi da capital e interior, e outros três de instituições particulares de ensino.
A ideia é debater o Sistema Único de Saúde (SUS), numa perspectiva de defesa da saúde pública, e os cuidados multiprofissionais da ampla rede que envolve trabalhadores das áreas de Saúde Coletiva, Psicologia, Nutrição, Enfermagem, Medicina, Biomedicina, Farmácia, Fisioterapia, Odontologia, Fonoaudiologia, Engenharia de Alimentos, Ciências Biológicas, Educação Física, Serviço Social, Medicina Veterinária, Engenharia Sanitária e Ambiental, Ciências e Tecnologia de Alimentos, Engenharia Florestal, Agronomia, Pedagogia e Direito.
A programação contém atividades como palestras, oficinas, mini-cursos, grupos de trabalho, rodas de conversa e plenárias que servirão, segundo os organizadores, “como um fórum deliberativo, formativo e de planejamento do movimento estadual em defesa da saúde pública”.
O período para inscrições de trabalhos já foi encerrado.
Clique aqui para ver a programação e o projeto do evento na íntegra.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
Professor da Universidade Federal de Alagoas esclarece como a dívida pública interfere na vida dos brasileiros e mato-grossenses
Com o veto da presidente Dilma Rousseff à realização de auditoria da dívida pública na última quinta-feira (14/01), movimentos sociais fortalecem o questionamento: por que tanta resistência em aprofundar o debate sobre como e quem são os beneficiários de quase 50% da receita da União no Brasil (cerca de R$ 1,5 tri)?
As discussões surgem, em parte, porque, em nome da crise, cada vez mais recursos são retirados dos serviços públicos fundamentais, enquanto o pagamento (somente de juros e amortização) da dívida permanece intacto. Outro ponto é que a auditoria da dívida está prevista na Constituição Federal de 1988 (Art. 26 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT); deveria, portanto, ser natural realizá-la, mas isso nunca foi feito.
Nesse sentido, a Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind) convidou o Prof. Dr. José Menezes Gomes, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), para trabalhar o tema no “Colóquio sobre Previdência Social e Dívida Pública Brasileira”, organizado pelo GT de Aposentados do sindicato. Doutor em Ciência Política, coordenador do núcleo alagoano pela auditoria da dívida e componente do Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais da UFAL, o professor participará do Colóquio às 14h dessa quinta-feira (21/01), no auditório do Centro Cultural da UFMT.
Além da dívida pública nacional, que consome quase 50% do orçamento anual da União, recursos pagos pelos cidadãos brasileiros que deixam de ser revertidos em serviços públicos, o professor também apresentará dados sobre a dívida pública do estado de Mato Grosso (cerca de R$ 7 bilhões atualmente) e suas implicações aos mato-grossenses.
O tema está em pauta no estado, devido a autorização da Assembleia Legislativa (AL) para estado renegociar a dívida, que praticamente dobrou com o aumento do dólar. A Casa de Leis deu o aval para renegociação no mesmo dia em que a presidente vetou a realização da auditoria da dívida nacional.
A Adufmat-Ssind entende que o debate sobre dívida pública é fundamental e deve ser amplamente realizado pela sociedade. Trata-se de uma importante questão que envolve tanto a política nacional, quanto a estadual, uma vez que consome grande parte dos recursos públicos que deixam de ser destinados a áreas como saúde, educação, segurança pública e previdência social, interferindo diretamente no cotidiano da população.
Brasília, 19 de janeiro de 2016
Às seções sindicais, secretarias regionais e aos diretores do ANDES-SN
Companheiros
Estamos encaminhando o Relatório da reunião do Setor dos Docentes das IFES realizada em Brasília-DF, no dia 15 de janeiro do corrente ano.
Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.
Prof. Francisco Jacob Paiva da Silva
1º Secretário
Clique aqui para baixar documento ...
Circular Nº 009/2016
Brasília, 16 de janeiro de 2016
Às seções sindicais, secretarias regionais e aos diretores do ANDES-SN
Companheiros,
Encaminhamos, para conhecimento, o relatório da reunião ampliada do Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais, realizada em Brasília, nos dias 16 e 17 de janeiro do corrente ano.
Sem mais para o momento, enviamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.
Prof. Francisco Jacob Paiva da Silva
1º Secretário
Clique aqui para baixar documento na íntegra ...
Após o debate, haverá lançamentos de livros e um sarau cultural em homenagem ao dia nacional do aposentado
Os professores que participaram do 6º Encontro de Aposentados e Aposentáveis, realizado pelo ANDES - Sindicato Nacional em novembro de 2015, em Pernambuco, voltaram decididos: depois de um ano de intensos ataques, é preciso insistir no debate sobre Previdência e Dívida Pública. Por isso, o GT de Aposentados da Adufmat-Ssind organizou um Colóquio sobre os temas, que será realizado na próxima quinta-feira (21/01), no Centro Cultural da UFMT, e terá como convidado o professor a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), José Menezes Gomes.
Doutor em Ciência Política, coordenador do núcleo alagoano pela auditoria da dívida e componente do Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), o professor José Menezes Gomes atua na área de Teoria Econômica, com ênfase em Economia Política, especialmente nos temas crise capitalista, imperialismo, fundos de Pensão, políticas públicas e lutas de Classes.
Entre o debate e o início de um sarau cultural programado para as 18h, o professor fará o lançamento do livro que contém o artigo produzido por ele, com título “A crise do capital, lutas sociais e políticas públicas”.
Também lançarão livros os docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Roberto Boaventura e Therezinha Arruda. Boaventura trará uma homenagem póstuma ao Padre Pimental, poeta conhecido como “Avoante do Cariri”, com a obra intitulada “A abrangência dos vôos poéticos de Avoante do Cariri”. Colegas de departamento na UFMT, o Avoante do Cariri entregou ao professor Roberto toda a sua obra pouco antes de morrer, em 2007. O docente também vai lançar, na ocasião, o título “Desovas em Trovas”, que contém obras do próprio professor Pimentel.
A professora Therezinha Arruda, por sua vez, apresentará o livro “América e os guardiões das culturas autóctones”, onde a historiadora fala de suas experiências pela América Latina.
Em seguida, ao som da cantora Sônia Moraes e convidados, docentes e demais participantes poderão apreciar um sarau cultural, com música e declamação de poesias, programado como referência ao dia nacional do idoso, comemorado no dia 24/01.
Segue abaixo, o resumo da PROGRAMAÇÃO:
21/01/2016
Auditório do Centro Cultural da UFMT
14h – Colóquio sobre “Previdência Social e a Dívida Pública Brasileira”
Convidado: Prof. Dr. José Menezes Gomes (UFAL)
Pós Doutor em Ciência Política pela UFPE, o professor José Menezes Gomes atua na área de Teoria Econômica, com ênfase em Economia Política, especialmente nos temas: crise capitalista, imperialismo, fundos de Pensão, políticas públicas e lutas de Classes. É coordenador do núcleo alagoano pela auditoria da divida e componente do Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
17h30 – Lançamento e divulgação dos livros:
América e os guardiões das culturas autóctones
(Therezinha Arruda)
A crise do capital, lutas sociais e políticas públicas
(José Menezes Gomes)
Abrangência dos voos poéticos de Avoante do Cariri
(Roberto Boaventura da Silva Sá)
Desovas em Trovas
(Avoante do Cariri – Pe. Pimentel)
18h – Sarau Cultural
Saguão do Centro Cultural da UFMT
Homenagem ao dia nacional do aposentado, comemorado em 24/01.
Música com Sônia Moraes e convidados.
Espaço aberto para declamação de poemas, poesias e apresentação de outras artes.
Clique aqui para baixar Folder ...
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind