Quinta, 17 Outubro 2024 14:21

 

 

Circular nº 446/2024

Brasília (DF), 15 de outubro de 2024.

Às seções sindicais, secretarias regionais e às (aos) diretoras (es) do ANDES-SN

Assunto: Convoca reunião do Setor das IFES para os dias 23 e 24 de novembro de 2024, em Porto Alegre (RS).

 

Companheiras (as),

Convocamos, reunião do setor das IFES para os dias 23 e 24 de novembro de 2024, em Porto Alegre (RS), com início às 14h, do dia 23/11 (sábado) e encerramento às 17h, do dia 24/11 (domingo).

Pauta:

1)         Informes;

2)         Conjuntura;

3)         Acompanhamento dos encaminhamentos relativos ao Termo de Acordo;

4) Orçamento - LDO, LOA, PAC e bloqueio do NAF;

5) Participação das seções sindicais nas consultas eleitorais para as reitorias e a luta pelo fim da lista tríplice;

6) Plano de lutas em preparação para o 43º congresso, incluindo proposta de lei para a carreira docente de federais, estaduais, municipais e distrital;

7) Campanha de sindicalização;

8) Encaminhamentos.

 

A realização da reunião em Porto Alegre facilita, para aquele(a)s que assim o desejarem, a participação no Seminário Nacional ‘60 anos do Golpe de 1964: Memória, Verdade, Justiça e Reparação’ que ocorrerá nessa cidade de 21 a 23 de novembro de 2024.

A confirmação de participantes, de até dois (duas) representantes por seção sindicalserá até o dia 21 de novembro, às 20h, por meio do formulário enviado às Associações Docentes. 

Os informes das seções sindicais devem ser enviados até às 20hdo dia 21 de novembro, mediante preenchimento de formulário também enviado às seções sindicais. 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

Prof. Alexandre Galvão Carvalho

2° Secretário

 

Quarta, 16 Outubro 2024 07:45

 

A Adufmat-Ssind vem, por meio desta nota, lançada no dia dos professores e professoras, expressar solidariedade ao professor Adriano Gomes da Silva, preso pelo Governo do Estado de São Paulo durante uma ação truculenta da polícia em ação de despejo, no ano de 2018.

O professor foi preso em regime semiaberto, porque intercedeu contra uma violência policial. Desde então, tem sido perseguido e acusado por desacato e desobediência, apenas porque ousou lutar ao lado dos e das trabalhadoras da periferia pelo direito à moradia digna.

Para calar sua voz dissidente, o docente foi julgado e condenado sem o direito democrático fundamental de se defender, simplesmente porque não foi notificado sobre o processo.

Há anos o Governo do Estado de São Paulo vem perseguindo o professor, que chegou a ser demitido em 2020, em decorrência de um Processo Administrativo.

Lutar não é crime! Em defesa da democracia que vem retrocedendo ao autoritarismo, defendemos Adriano e todos e todas aquelas que ousam lutar!

 

Cuiabá, 15 de outubro de 2024

Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind)
Gestão Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais

Terça, 15 Outubro 2024 20:47

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Encaminhamos texto de autoria do GTPFS a pedido do coordenador do mesmo, professor Aldi Nestor de Souza.

 

 

GTPFS/ADUFMAT/ANDES-SN

 


            No dia 16 de outubro de 2024, a profa. Dra. Marluce A. Souza e Silva (SES/ICHS/UFMT) e o prof. Dr. Silvano Macedo Galvão (DIR/FD/UFMT) assumirão, respectivamente, a Reitoria e vice-Reitoria da UFMT.
           Após uma consulta eleitoral disputadíssima, respeitando a tradição democrática da Universidade, a Chapa 1 (oposição) - nomeada “A UFMT que queremos” - venceu as eleições em segundo turno, com 50,7% dos votos contra 47,5% da Chapa 2, capitaneada pelo atual Reitor, prof. Dr. Evandro Soares e a candidata a vice-reitora, profa Dra. Márcia Hueb.
           Deste pleito, além da Chapa 1, saíram vitoriosos todos aqueles que acreditaram ser possível avançar como Universidade Pública, Inclusiva, Laica, Democrática, de Qualidade e Socialmente Referenciada.
           Eleita a Chapa que desafiou probabilidades e construiu um programa a muitas mãos, cabe-nos enquanto Grupo de Trabalho de Política e Formação Sindical (GTPFS) da ADUFMAT/ANDES-SN parabenizar a nova Reitoria por este feito e nos posicionarmos a partir das nossas bandeiras históricas, enquanto sindicato democrático, combativo e autônomo. Para isto, esquadrinhamos as 23 Diretrizes que compõem o Programa da chapa eleita para o quadriênio 2024-2028.
           Antes, porém, é preciso observar que são muitos os pontos com os quais temos convergência e, portanto, sentimo-nos plenamente contemplados. Em virtude disto, optamos por destacar aquelas propostas que consideramos inovadoras e fundamentais, assim como apontar aquelas diretrizes com as quais temos divergências, apresentando nossas ponderações.
           Dentre os pontos positivos, cabe-nos ressaltar o compromisso manifesto no Programa com o aprofundamento da democracia na Universidade. Esta sempre foi uma demanda da ADUFMAT em vários documentos e ocasiões, junto às Reitorias anteriores. Neste particular, merecem destaque tanto a proposta de estatuinte quanto o esforço para alterações na conformação dos Conselhos Superiores, através do estabelecimento da representação paritária, o restabelecimento das reuniões presenciais e o estímulo para que estes Conselhos atuem conforme suas atribuições genuínas, isto é, assumindo a responsabilidade de pensar politicamente os rumos da Universidade. Além disto, também merece registro a convocação, anual, de Assembleia da Comunidade Acadêmica, de forma a ouvi-la e prestar contas.
           Da mesma forma, há um claro compromisso com a ampliação dos espaços de convivência e acolhimento estudantil, inclusive quanto às casas estudantis (graduação e pós-graduação) e a possibilidade de criação de cooperativas como meio para garantir a gratuidade dos restaurantes universitários.
           O Programa também avança com relação às propostas para a saúde de servidores e estudantes, com especial atenção à saúde mental. Com relação a humanização das relações conviviais na Universidade, o Programa reafirma seu propósito de valorização dos trabalhadores da UFMT (docentes e técnico-administrativos) e estudantes das diversas modalidades de ensino, assim como dos terceirizados que nela labutam.
           Com a ratificação do compromisso com a indissociabilidade do tripé ensino/pesquisa/extensão, o Programa acorda em enfrentar um dos problemas que envolve a produção de conhecimento: de um lado, a eleição de áreas seletas para pesquisa enquanto outras são negligenciadas; de outro, a divisão entre universidades de excelência, que fazem pesquisa, e aquelas que sobrevivem como ‘escolões’ que somente reproduzem o conhecimento. A superação destes entraves começa por romper com a política institucional que reduziu a carga horária dedicada à pesquisa para aumentar o número de horas dedicadas às atividades administrativas/burocráticas e/ou didáticas.
           Desta forma, dentre algumas iniciativas fundamentais estão duas proposições antigas da ADUFMAT: 1) garantir 20h semanais para dedicação à pesquisa; 2) possibilitar o afastamento das demais atividades, pelo prazo limite de um semestre, para dedicação exclusiva à pesquisa, quando esta o exigir. Para além delas, cabe registro: a) o estreitamento das relações com as escolas de ensino médio; b) a criação do Observatório de Pesquisa da UFMT e, c) o fortalecimento das relações de identidade Sul-Sul.
           Concluindo nossos destaques positivos, relacionamos o avanço contido nas diretrizes comprometidas com: 1) o apoio e assessoramento às coordenações; 2) o desenvolvimento de políticas de sustentabilidade; 3) devolver o Teatro Universitário à UFMT, assegurando este importante espaço, prioritariamente, para as demandas da própria Universidade; 4) concluir o Centro de Convivência Social; 5) resgatar a Biblioteca Central sob todos os aspectos; 6) política de combate ao assédio e 7) promover uma Secretaria de Segurança e Direitos Humanos (todos os campi) sob a lógica dos direitos humanos e sociais.
           Em que pese nossas muitas convergências com o Programa, assim como nossa satisfação com a eleição de uma docente engajada nas lutas sindicais (inclusive quando ocupou cargos de direção) e efetivamente comprometida com a defesa de uma Universidade Pública, Gratuita, Democrática, Inclusiva, Laica e Socialmente Referenciada, é salutar também realçarmos nossas divergências enquanto Sindicato, para que possamos manter nossas relações autônomas e democráticas.
           Nesta perspectiva, importa destacar alguns pontos com os quais nosso Sindicato tem posição distinta e sobre os quais, fraterna e criticamente, queremos dialogar.
           Primeiramente, o Programa não aponta como enfrentar a contradição profunda entre a defesa da Universidade Pública, Gratuita, Inclusiva, de Qualidade e Socialmente Referenciada e a naturalização, a conta-gotas, da lógica mercantil sob: (a) a expansão da cobrança de mensalidades para cursos lato senso e especializações; (b) a promoção de parcerias para captação de recursos privados (como se de interesse público fosse constituída a agenda privada); (c) a adesão passiva (ou proativa) ao ensino à distância (que não se confunde com educação) e ensino remoto; (d) o enraizamento da UNISELVA (entidade de direito privado, sem fins lucrativos”) que, em nome da autonomia administrativa e financeira e da crença quanto a uma pseudo “eficiência privada”, controla recursos provenientes de pesquisas, extensões, inscrições em concursos e programas de pós graduação, etc.; (e) a aposta na parceria com outra fundação, a EBSERH, para desenvolver políticas de saúde pública. A mesma EBSERH que judicializou a greve dos servidores públicos (UFSC) e, nacionalmente, tem longo histórico de denúncias sobre mau-atendimento e desvio de recursos públicos; (f) a elitização do Hospital Veterinário, cuja cobrança de serviços e atendimentos tornou-se inacessível à maioria da sociedade cuiabana, inclusive quando comparado a clínicas veterinárias particulares.
           Nesta sequência de banalização da lógica mercantil por dentro da Universidade, o Programa também se submeteu à cultura da “Bolsa Produtividade do CNPq”, comprometendo-se a “estimular e apoiar pesquisadores da UFMT para submissão de Bolsa Produtividade à Pesquisa”, endossando a lógica produtivista que sempre denunciamos, não somente porque embasada sobre a métrica quantitativa, mas, também, porque a pesquisa – assim como a docência – não se desenvolve sob a quantificação pura das horas e do número de “entregas”, como repetem, incansáveis, seus defensores. Nesta perspectiva, é necessário refletir como humanizar e valorizar as relações de trabalho e os direitos dos trabalhadores submetendo-se às imposições da métrica das metas toyotistas.
            Para além destas questões, há três pontos entre as Diretrizes para a Gestão de Pessoas que demandam reflexão: 1) Teletrabalho; 2) “Banco de Talentos”; e, 3) Redimensionamento da Força de Trabalho. O teletrabalho, assim como a garantia de “jornada remota e híbrida”  (no caso da STI) exige refletirmos sobre qual é a finalidade da Universidade. Afinal, se o propósito é a educação e esta exige presencialidade para realizar-se como tal, a presença não é questão de escolha. Obviamente que a proposta está relacionada aos técnicos-administrativos, porém, a Universidade não funciona como uma soma de “ilhas” departamentalizadas: docência, atividades burocráticas-administrativas, suporte técnico, infraestrutura, etc.
           Consequentemente, como sempre defendemos (ANDES-SN) em todas as oportunidades, documentos e espaços, a educação demanda interação social, troca e processos que, no espaço público e coletivo da sala de aula, permite apreender não somente com aquele que está na condição de professor/a, mas, também com os demais. Como dizia Paulo Freire, a educação não é mera transposição de conteúdo. Ela é interação social. Por isto ela é, também, um importante instrumento sociabilizatório.
           Assegurar que a Universidade cumpra o que ela tem por finalidade, demanda oferecer as condições que, por óbvio, não dependem somente da presença de estudantes e docentes. Mas, também, de técnicos-administrativos.
            O segundo ponto está relacionado ao “Banco de Talentos” para “qualificação por área/tema, visando a otimização desses talentos”. Esta proposta nos remete à combinação de duas frentes articuladas: a reforma do Estado e ao modelo produtivo japonês. Assim, envoltas nas referências de Estado gerencial proposto por Bresser-Pereira, não apenas as Fundações e as Organizações Sociais foram se impondo por dentro das universidades, mas, inclusive, encontrando espaços para difusão da cultura e das práticas gerenciais, típicas da organização privada. Consoante a isto, o ‘Banco de Talentos’ tanto reflete a meritocracia quanto se assemelha à política do modelo japonês que, ao mesmo tempo em que criou as metas, também criou o destaque ao “Colaborador do Mês” que, produtivo, serve de referência para os demais. Na mesma toada, a administração de Evandro Soares criou a “Portaria de Elogio”.
           Na mesma perspectiva, a proposta de “Redimensionamento da Força de Trabalho” se constitui sobre um modelo matemático (a exemplo da UFSC), que busca através do cálculo frio, otimizar o número de servidores pela demanda de trabalho. Este cálculo restrito às equações matemáticas não pode ser eleito como o método de humanização das relações laborais, tampouco o combate ao sobretrabalho e ao adoecimento. Afinal, sob a sentença dos números, cálculos precisam de linhas de corte e, assim, é absolutamente comum que determinados números determinem o “corte” de trabalhadores, não a sua valorização e preservação da sua saúde.
           Por fim, um último questionamento: por que o Programa inclui como parte do seu compromisso, “fortalecer as Atléticas, garantindo apoio logístico e financeiro”?  O histórico das Atléticas, inclusive na UFMT, demonstra que estas são associações que podem atuar em parceria com os cursos de Graduação e Pós-Graduação. Porém, estas parcerias não representam uma relação institucional, cuja responsabilidade de financiamento seja público.
           Diante deste diálogo que inauguramos através deste documento que se faz público, saudamos à Reitora e ao Vice-Reitor, assim como a todos/as aqueles/as que irão compor a Administração Superior a partir de 16 de outubro/2024, desejando a todos/as, muita serenidade, lucidez e comprometimento, assim como força e disposição para os muitos desafios que estão no horizonte.
           E, fraternalmente, gostaríamos de lembrá-los/as que vocês estarão à frente de um cargo, mas, permanecerão – durante e depois – servidores públicos. Assim como lembrá-los/as que estarão neste cargo como representantes da comunidade acadêmica que os elegeu, para defender uma UFMT plenamente Pública, Inclusiva, Laica, Democrática, de Qualidade e Socialmente Referenciada.

Saudações Sindicais!

 

Terça, 15 Outubro 2024 12:05

Em tempos de barbárie naturalizada, de negacionismo científico e ode à ignorância, educar para emancipar nosso povo é um ato necessário de resistência e coragem!

Nas palavras de István Mészáros, educar para um outro mundo possível é educar para a qualidade humana, para além do capital. 

A Adufmat-Ssind deseja um feliz dia dos e das professoras a todos e todas que ousam sonhar e construir outro mundo, mais do que possível: necessário.

 

 

Segunda, 14 Outubro 2024 15:51

 

Em um momento histórico para a categoria docente organizada no ANDES-SN, teve início na tarde de sexta-feira, 11/10, na Universidade de Brasília, o 15º Conad Extraordinário. Mais de 240 docentes, entre delegadas, delegados, observadoras e observadores, além da diretoria do Sindicato Nacional, participam do evento que tem como pauta única a atualização do projeto de carreira docente do Sindicato Nacional.
 

 

Fruto de deliberação do 42º Congresso do sindicato, realizado em Fortaleza (CE) no início deste ano, o 15º Conad teve como tema “Movimento Docente e Carreira: uma luta histórica do ANDES-SN” e ocorreu entre sexta-feira a domingo (de 11 a 13), no auditório da Associação de Docentes da Universidade de Brasília (Adunb Seção Sindical do ANDES-SN). Cerca de 67 seções sindicais do Sindicato Nacional já confirmaram o credenciamento logo de início.

Maria Luiza Pereira, vice-presidenta da Adunb SSind., saudou as e os presentes e a pauta do 15º Conad Extraordinário. Destacou a importância de debater a carreira docente e seus rumos no lugar onde nasceu Associação de Docentes da UnB. “Sem sindicato forte e sem a organização da categoria docente, com estudantes e técnicos, corremos o risco de ter um outro lugar para fazer ciência e produzir conhecimento, [muito diferente do que defendemos]”, afirmou a dirigente da Adunb SSind.

A greve docente federal e a unidade na luta entre docentes, técnicos, técnicas e estudantes foi ressaltada em diversas falas da mesa de abertura, assim como a importância de manter a mobilização unificada para fazer valer os acordos da greve e em defesa dos serviços públicos, das servidoras e dos servidores. Também foram saudadas as greves em diversas universidades estaduais ao longo de 2024. Todas as mobilizações trouxeram o debate da carreira docente como ponto de pauta.


 

 

Laryssa Braga, coordenadora-geral do Sinasefe, pontuou as ameaças à Educação e reforçou que, apesar de exitosa, a greve da educação federal tem resquícios de luta, pela efetivação dos acordos de greve. Ela lembrou que a conjuntura tem exigido cada vez mais esforços na defesa de uma educação pública, sócio referenciada e gratuita. “Os governos vêm nos negando as condições justas e necessárias para esse enfrentamento. De forma unificada, continuaremos lutando para que a educação seja livre, inclusiva e solidária”, disse.

Tereza Fujii, da coordenação da Fasubra, parabenizou as e os participantes do Conad pela disposição de luta e se reunir para o importante debate da carreira. A dirigente contou que após 118 dias de greve, as técnicas e os técnicos administrativos conseguiram um acordo de reestruturação da carreira, mas seguem em luta para garantir que seja implementado. 

A coordenadora do Sindicato de Técnicos da UnB (Sintfub), Francisca Nascimento De Albuquerque, conclamou a categoria docente a participar das atividades do Fonasefe na próxima semana, em frente ao Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), para cobrar do governo a efetivação dos acordos de greve. “Apelo para que a gente mantenha a construção cotidiana da nossa unidade, porque sem unidade da classe trabalhadora não iremos concluir essa e nenhuma outra etapa de luta da nossa classe. A vitória só sairá com a luta”, acrescentou.

Também fizeram saudações na mesa de abertura Paulo Cesar Marques, representando a reitoria da UnB, Liliane Machado, diretora da Faculdade de Educação da UnB, Thais Rachel, coordenadora da União Nacional dos Estudantes (UNE) e Rayson Oliveira Da Silva, diretor da Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (Fenet).

Iniciando a sua fala, Gustavo Seferian, presidente do ANDES-SN, lembrou que há exatos 59 anos, em 11 de outubro de 1965, a UnB sofria a sua segunda ocupação militar. De acordo com Seferian, os militares invadiram a universidade, convocados pelo então reitor da instituição, Laerte Ramos de Carvalho, para deter a mobilização de docentes e estudantes que haviam se levantado contra a demissão de três professores. Após a represália da gestão, 223, dos 305 docentes que atuavam na UnB naquela época, pediram exoneração.

“Em tempos em que reitoras e reitores determinam a entrada das forças de repressão do Estado para a contenção do movimento estudantil no nosso país, sob vestes de esquerda, é fundamental trazer à ordem do dia, o modo como a ditadura empresarial-militar operou, como seus asseclas lidaram com o movimento docente e com o movimento estudantil, e se solidarizar profundamente com as e os estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e com os companheiros e companheiras da Asduerj SSind.”, ressaltou.

 

 

O presidente do ANDES-SN fez referência à forma como a reitoria da Uerj atuou de forma repressiva para criminalizar a luta contra o Ato Administrativo, conhecido como Aeda da fome, que promove mudanças nas regras para concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil, prejudicando um número significativo de estudantes. Em 20 de setembro, o batalhão de choque da polícia militar do Rio de Janeiro entrou na Uerj, com autorização e por solicitação da reitoria, para acabar com a ocupação estudantil.

“Não compete ao professor ou professora criminalizar quem luta. A denúncia daqueles e daquelas que promovem esse tipo de ação deve passar pelos nossos mais comezinhos e menores hábitos, e a memória do que se deu em Brasília, há exatos 59 anos, deve nos inspirar, motivar a construção da nossa sociedade”, acrescentou. 

Seferian lembrou ainda as tragédias que vivem as populações de diversas regiões do país, afetadas pela faceta climática da crise de civilização que enfrentamos. “De norte a sul do país, as queimadas levaram à asfixia, mataram pessoas pela falta de possibilidade de respirar, interditaram ciclo de vida, emperraram o desejo e fazer do futuro, é essa marca que baliza a construção desse espaço político, resultado de deliberação da categoria no 42º Congresso do nosso Sindicato. Falar de carreira não é outra coisa senão falar de futuro, é falar do hoje e falar da existência e progressão da vida”, lembrou.

“Que nós possamos nesse lugar que tão bem nos recebe, costurar das boas sínteses, dos bons acúmulos desde as nossas bases, e do horizonte imprescindível de afirmação das linhas voltadas à nossa carreira. Desse modo, dou por aberto o nosso 15º Conad Extraordinário e espero que a gente tenha magníficos trabalhos de construção solidária entre nós”, concluiu. 

Programação

Os trabalhos tiveram continuidade na sexta-feira com as plenárias de Instalação e Conjuntura. No sábado (12), os grupos mistos se reuniram para debater o Tema II, que tratou da Atualização dos Planos de Lutas dos Setores e do Plano Geral de Lutas – Carreira Docente. Já no domingo, foi realizada uma plenária dedicada ao mesmo tema, seguida pela plenária final no período da tarde, que encerrou as atividades do evento. Mais informações sobre as deliberações do 15º Conad Extraordinário serão disponibilizadas pelo Andes-SN em breve. 

InformANDES

Em setembro, o InformANDES trouxe como matéria central a temática abordada no 15º Conad Extraordinário. Acesse aqui a publicação e saiba mais sobre o histórico de luta do ANDES-SN em defesa da carreira docente.

 

Fonte: Andes-SN

Sexta, 11 Outubro 2024 16:22

 

 

Os debates sobre etnia, gênero e classe dentro do Andes-Sindicato Nacional ocorrem, de forma sistematizada, desde 2007, com a criação do Grupo de Trabalho Etnia, Gênero e Classe (GTEGC). Nos anos seguintes, a categoria docente entendeu que precisava ampliar o campo de análise e transformou o GT em Grupo de Trabalho Política de Classe para questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS). Este é mais um debate essencial, que atravessa o cotidiano de todas as pessoas e, como não poderia deixar de ser, estápresente no sindicato.  

  

De acordo com o Sindicato Nacional, o GT tem a intenção de refletir, produzir e elaborar sobre - e para - os debates relacionados a gênero, questões étnicorraciais, sexualidade e pautas da população LGBTQIAP+, articulado ações e políticas sindicais que garantam espaços de formação e elaboração de materiais sobre esses temas e outros, como a luta contra o capacitismo, assédio sexual, violências contra mulheres e às populações negra, indígenas e LGBTQIAP+. Em outras palavras, o GT está voltado para a defesa da garantia das políticas de combate às opressões dentro e fora do sindicato, assim como para a construção de uma agenda que dialogue com os movimentos sociais.

 

Em âmbito nacional, uma das ações mais recentes do GT é a campanha “Sou Docente Antirracista!”, lançada em julho, durante o 67º Conselho do Andes (Conad). A intenção da campanha é conscientizar as comunidades das universidades públicas, institutos federais e cefets sobre a necessidade da luta antirracista e combate ao racismo nestas instituições.  

 

GTPCEGDS na Adufmat-Ssind 

 

Com relação ao GTPCEGDS, a Adufmat-Ssind segue a tradição classista, conforme orientação do Andes-SN. “Na nossa compreensão, a leitura classista parte do ponto de vista de que a história das sociedades é a história da luta de classes. O desafio do militante classista é conseguir dar a resposta necessária ao seu tempo histórico, aos conflitos de classe que estão acontecendo naquele contexto. Nesse sentido, se torna uma leitura mecanicista e parcial desconsiderar que os corpos que trabalham, que sofrem exploração, são corpos marcados por marcadores sociais de raça e de gênero, que contribuem para a hierarquização humana, que é um pré-requisito para viabilizar a exploração de classe; quando a gente fala das questões de gênero, machismo, racismo, nós estamos considerando que essas dinâmicas se atrelam à dinâmica de exploração de classe. Existem leituras mecanicistas do marxismo que separam o econômico, a exploração de classe, da raça e gênero, e existem visões identitaristas, que separam raça e gênero de classe, e esse não é o nosso caso”, explica a professora Lélica Lacerda, diretora geral adjunta da Adufmat-Ssind e integrante do GT.   

 

Ela avalia que, atualmente, em âmbito local, o GT tem se dedicado, em sua maioria, a demandas do movimento de mulheres, especialmente a partir de atos para marcar datas históricas de lutas, como o 08 Março - Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras, 25 de Junho - Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, além dos dias contra a exploração da mulher e pela eliminação da violência contra a mulheres, ambos dia 25, de outubro e de novembro, respectivamente. Outros fatos também geraram mobilizações e ações nesse sentido, como o chamado “PL do estuprador”, que pretendia condenar mulheres que realizassem aborto em caso de estupro. “A gente fez atos de rua e atropelou o Lira, acho que foi a primeira e única derrota do Lira até agora, nesse governo, e foi o movimento de mulheres que colocou fim nesse golpe, nessa ação. Nós construímos esse ato também”, destaca. 

 

Outro momento de intensa mobilização que envolveu o GT foi quando o deputado Gilberto Cattani (PL) comparou as mulheres a vacas em 2023. Os coletivos de mulheres se organizaram para protestar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e, desde então, segundo a docente, o deputado ficou intimidado e não deu outras declarações do tipo. As mulheres organizadas reclamam que a comparação do deputado reforça a ideia da mulher como objeto, mercadoria, o que resulta na autorização da exploração de seus corpos - sendo pelo abuso físico, sexual ou mesmo pelo trabalho precarizado -, ou até mesmo na eliminação dos mesmos, pelo feminicídio. Infelizmente, a própria filha de Cattani foi vítima desta lógica em julho deste ano.   

 

Mulheres ocuparam a Assembleia Legislativa de Mato Grosso em julho de 2023 para protestar contra as declarações do deputado Gilberto Cattani (PL), que comparou a gravidez de mulheres a gravidez de vacas.  

 

Assim, a dinâmica do grupo não tem sido por meio de reuniões ordinárias, mas por demanda. “A gente chama reunião em situações em que existem demandas a serem providenciadas. Temos um grupo de mensagens, e as pessoas interessadas em construir essas agendas estão lá; dali a gente propõe as datas de reunião, encaminhamentos, é um grupo tem tido uma vida orgânica, porque nós temos tido muitos ataques às mulheres, isso tem demandado da gente várias tarefas. E a partir dessas demandas temos ações conjuntas com Instituto Federal (IFMT), Universidade do estado (Unemat), de tal forma que nós fundamos um Laboratório de Enfrentamento a Violências contra Mulheres, com professoras dessas instituições, e esse laboratório tem se reunido na terceira sexta-feira de cada mês para deliberar ações de pesquisa, extensão, intervenção, seminários sobre violências contras as mulheres. A gente atua em três eixos: violências contra mulheres, financiamento de políticas públicas para mulheres, e violência política de gênero”, aponta Lacerda.  

 

Ela lembra, ainda, que o 8 de Março, como ato de rua, tem sido uma atividade regular de participação da Adufmat-Ssind desde 2017, como forma de massificação da data. Além disso, o GT já esteve envolvido na realização do primeiro encontro para tratar de violência política de gênero, em dezembro do ano passado. “Como este ano está tendo eleições, e ela foi bastante violenta para as mulheres, muitas mulheres foram alvejadas por tiros, sofreram ameaças, a gente entendeu que não daria para fazer o segundo encontro logo em novembro, porque está muito recente. Então, a gente vai fazer em fevereiro”, comenta.

 

O grupo também está construindo, junto a outras entidades da comunidade acadêmica da UFMT, uma política contra violências raciais e de gênero. A ideia é construir uma minuta, a partir de debates, que queremos fazer ainda este ano,e entregar à Reitoria da universidade, para que seja adotada como política da instituição. 

 

Nos direitos trabalhistas, o debate também tem contribuído. “Para construir a minuta da Progressão Funcional, nós fizemos todo um debate em torno da violência institucional contra mulheres, o que a progressão funcional significa, a violência contra as pessoas com deficiência - mesmo as ocultas, como o autismo, demonstrando que a progressão via meritocracia acaba prejudicando esses segmentos que são minorizados pela sociedade”, ressalta. 

 

A docente observa, no entanto, que a proposta do GT é muito mais abrangente, mas assim como em outros GTs, faltam pessoas para construir a luta. “Nós estamos num estado que conta com mais de 40 povos indígenas, mais de 70 comunidades remanescentes de quilombos, e essa população compõe não só o estado de Mato Grosso - com os problemas de Mato Grosso que a universidade precisa, enquanto uma instituição socialmente referenciada, dialogar e buscar resolver -, mas também, essa população compõe a comunidade acadêmica. E a ideia do GTPCEGDS é lidar não apenas com questões de gênero, como tem acontecido, não é só movimento de mulheres, muito embora dentro do movimento de mulheres nós tenhamos uma leitura interseccional com raça e capacitismo, e temos promovido debates, encontros sobre isso; mas é importante que outros militantes venham para a Adufmat-Ssind para construir esse GT, com outros perfis, professores negros, quilombolas, enfim, da diversidade do perfil que compoe a comunidade acadêmica e o estado. A gente sabe que existe uma tradição dos sindicatos classistas, de uma visão mecanicista, que desconsidera raça e classe como pautas classistas, e isso gera uma resistência de professores negros e que atuam em outras pautas de virem, de se reconhecerem no sindicato, mas esse GT tem por objetivo mudar esse perfil de sindicato mecanicista e reducionista, que acaba servindo só para homens brancos, para a gente poder construir um sindicato efetivamente combativo, que responda as questões concretas do cotidiano de luta; então seria muito importante, fica aqui um convite, a professoras e professores que constroem essas pautas nas suas pesquisas, nas suas leituras, até mesmo em coletivos, que possam fortalecer conosco o GTPCEGDS, porque essas são pautas que nós estamos tentando trazer como essenciais para a luta de classes”, finaliza.        

 

Os Grupos de Trabalho (GTs) da Adufmat-Ssind, assim como os do Andes-SN, são compostos por docentes sindicalizados que voluntariamente atendem à convocação do sindicato nacional e se agregam em torno de uma temática para discutir pautas de interesse dos docentes das IFES ou da sociedade local e nacional, tais como: Carreira, Verbas, Política Educacional (GTPE), Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA), Formação Política Sindical (GTPFS), Ciência e Tecnologia (GTC&T), Fundações, Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA), História do Movimento Docente (GTHMD), Multicampia, Comunicação e Artes (GTCA) e Organização Sindical das Oposições.

 

Para participar do GTC&T ou qualquer outro GT da Adufmat-Ssind basta demonstrar disposição por meio dos contatos da Secretaria da Adufmat-Ssind: e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo., ou pelos telefones com aplicativo de mensagens: (65) 99686-8732 ou (65) 99696-9293.

 

 

Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind 



     

 

Quinta, 10 Outubro 2024 15:12

 

A professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Gelta Xavier, foi denunciada por suposta “entrada em sala de aula sem autorização prévia de um docente”. A docente foi ouvida, no último dia 2, em Comissão de sindicância na Faculdade de Veterinária, em uma etapa de investigação de denúncia.

Foto: Luiz Fernando Nabuco / Aduff SSind. 

A atividade de “passagem nas salas”, com panfletagens e conversa com a comunidade universitária, fez parte das ações da greve nacional da Educação, construída pelos três segmentos na UFF. De acordo com Gelta, ex-presidenta da Associação de Docentes da UFF (Aduff Seção Sindical do ANDES-SN), um grupo formado por docentes, técnicas e técnicos já havia passado em outras salas da Faculdade de Veterinária. 

Ao chegar à sala de aula do professor, que se refere a denúncia, pediu licença para entrar. Quando o docente percebeu que o tema era a greve da Educação, pediu, de forma até bastante grosseira, para que se retirassem, o que inclusive a surpreendeu. “Retirei-me”, diz a docente. Esse esclarecimento e outros foram fornecidos à comissão de sindicância e divulgados em matéria da Aduff SSind.

Para Susana Maia, secretária-geral da Aduff SSind, “independente da instauração ou não de um processo administrativo, a própria denúncia de uma ação legítima de greve e o encaminhamento dado pela direção da Faculdade e Reitoria revelam uma postura de criminalização das lutas e do movimento sindical que devemos denunciar no interior das universidades”, afirmou em matéria da Seção Sindical.

Em nota, o ANDES-SN manifestou apoio e solidariedade à professora Gelta Xavier, pela perseguição sofrida devido a sua atuação durante a última greve da educação federal e se colocou à disposição para enfrentar toda e qualquer prática de criminalização docente.

“Afirmamos que a universidade é um espaço em que deve prevalecer a liberdade de expressão e o debate de ideias, sendo inaceitável qualquer tipo de intimidação visando estabelecer a mordaça”, ressaltou a diretoria do Sindicato Nacional. 

Confira a íntegra da nota

Fonte: Andes-SN (com informações da Aduff SSind).

Quinta, 10 Outubro 2024 14:34

 

Dando continuidade à luta em defesa dos serviços públicos e de seus trabalhadores e suas trabalhadoras, o Fórum de Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fonasefe) realizará uma agenda de atividades em Brasília (DF), nos próximos dias 15 e 16 de outubro (terça e quarta-feira).

Na tarde de terça-feira (15), a partir das 14 horas, está previsto um ato em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), para reivindicar o cumprimento dos acordos firmados com as categorias do funcionalismo federal, a retomada da Mesa Central de Negociação, contra as propostas de reformas administrativas e em defesa dos serviços públicos. A indicação é que, neste dia, também sejam realizados atos nos estados e nos locais de trabalho.

No mesmo dia (15), pela manhã, ocorrerá o seminário “Não à PEC 65/2023. Sim ao BC que o Brasil precisa”. O evento acontecerá a partir das 9 horas, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, organizado pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal Nacional). As inscrições para o seminário podem ser feitas pelo Sympla. Clique aqui.

Já quarta-feira (16), entidades do serviço público federal farão um ato, a partir das 9 horas, em frente ao MGI cobrando o respeito em relação aos aposentados e às aposentadas nas negociações do governo.

Através da Circular 438/2024, diretoria do ANDES-SN convocou a categoria docente a se engajar na construção desse dia de luta. “Tendo vista a realização do CONAD Extraordinário no final de semana anterior ao dia 15/10, solicitamos que, se for possível, as seções sindicais viabilizem a permanência de docentes em Brasília para a participação do ato em frente ao MGI. Do mesmo modo, indicamos que nossas seções sindicais busquem articular ações de mobilização para esse dia com as demais entidades, nos estados e locais de trabalho”, orienta da diretoria do Sindicato Nacional.


Confira a programação da agenda de mobilização:

15/10
9h – Seminário “Não à PEC 65/2023. Sim ao BC que o Brasil precisa”
Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.

14h – Ato público contra a Portaria 5127/2024 e pela reabertura da Mesa Central
Em frente ao MGI, bloco K, Esplanada dos Ministérios.

16/10
8h – Ato de aposentados, aposentadas e pensionistas pelo cumprimento do acordo de greve, contra o confisco das aposentadorias e pela anexação da PEC 06.
Em frente ao MGI, bloco K, Esplanada dos Ministérios.

 

Fonte: Andes-SN

Quinta, 10 Outubro 2024 14:27

 

Quais são as causas das guerras que assustam o mundo em pleno século XXI? Como toda essa violência afeta até mesmo os países que não estão diretamente envolvidos? Qual a relação entre guerras internacionais, conflitos civis, crime organizado e ataques aos povos indígenas? Essas e outras reflexões serão feitas durante duas atividades que serão realizadas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) na próxima semana, com a presença do professor e pesquisador especialista sobre o tema, Vicente Ferraro. O curso de extensão “Conflitos Civis e Guerras Internacionais: causas, consequências e dinâmicas da violência política”, e a conferência de mesmo título serão gratuitos e abertos a todos os interessados, sendo necessário, apenas, a inscrição prévia por meio do link que será disponibilizado abaixo.

A primeira atividade, o curso, terá duração de cinco dias, carga horária de quatro horas/dia, e ocorrerá de forma presencial, entre 14 e 18/10, sempre das 8h às 11h30, no auditório do Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia (Musear/UFMT). A partir dos tópicos “conflitos civis”, “conflitos internacionais” e “violência política no Brasil”, as aulas abordarão os temas: tipos de violência política e as causas das guerras internacionais; as causas dos conflitos étnicos e civis; conflitos contemporâneos: a guerra Rússia-Ucrânia e Israel-Palestina; as consequências da violência política: crimes de guerra, Direitos Humanos e justiça internacional; e a violência política no Brasil: crime organizado e ataques a terras indígenas.

Na quarta-feira, dia 16/10, haverá uma conferência relacionada ao tema do curso, às 19h, no auditório da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC/UFMT), também com a presença do professor Dr. Vicente Ferraro.

Doutor em Ciência Política/USP, mestre pela Higher School of Economics de Moscou e bacharel em Relações Internacionais/PUC-SP, Vicente Ferraro atua nas áreas: Política doméstica/externa da Rússia, Ucrânia e conflitos do Espaço Pós-Soviético; e Processos de integração, conflitos e relações sociopolíticas em regiões de fronteira. Seu trabalho, divulgando resultados da pesquisa doutoral, foi premiado na convenção mundial da Association for the Study of Nationalities (ASN) em 2021. Suas pesquisas mais recentes abordam o impacto de conflitos em Estados, regimes políticos e identidades. Desde 2010 é membro do Laboratório de Estudos da Ásia (LEA-USP), seção Rússia e Eurásia.

As duas atividades, curso e conferência, estão sendo realizadas pelo Departamento de Sociologia e Ciência Política (Socip) da UFMT, em parceria com os Programas de Pós-Graduação de Direito (PPGD), Estudos de Cultura Contemporânea (PPGECCO), Economia (PPG-ECO), Geografia (PPG-GEO), Política Social (PPGPS), Sociologia (PPGS) e a Fundação Uniselva.

Além da gratuidade, a organização fornecerá certificação, tanto para a participação no curso (75% de presença) quanto na conferência. Para fazer a inscrição basta preencher o formulário aqui

 

Fonte: Divulgação

Quarta, 09 Outubro 2024 16:58

 

Neste 7 de outubro, completou um ano desde o ataque do Hamas a Israel. A ação desencadeou uma resposta militar sem precedentes do governo israelense contra a população palestina na Faixa de Gaza, que tem sido massacrada por operações militares. Além das vidas ceifadas, casas, hospitais, universidades, supermercados e lojas foram destruídos, agravando ainda mais a crise humanitária.

Para contextualizar o conflito, o ANDES-SN lançou a série "Palestina Livre" nesta segunda-feira (7) em seu canal no YouTube, como parte da denúncia do genocídio contra o povo palestino. A série, composta por três vídeos, apresenta entrevistas com a professora da Universidade de Brasília (UnB), Muna Muhammad Odeh, palestina residente no Brasil há 32 anos.

A produção explora a história do território palestino, o impacto do imperialismo no Oriente Médio e a violência contínua que afeta a região, destacando as raízes e as consequências do conflito para a população palestina.

De acordo com dados da Al Jazeera, pelo menos 41.909 palestinas e palestinos foram mortos e 97.303 ficaram feridos em ataques israelenses em Gaza, desde outubro de 2023. Em Israel, 1.139 pessoas foram mortas nos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro e mais de 200 pessoas foram feitas prisioneiras.

O ANDES-SN tem uma longa história de apoio à luta palestina, iniciada em 2003, com ações de solidariedade e boicote ao Estado de Israel. Em 2018, aderiu à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS). No 42º Congresso, em 2023, aprovou a moção "Não é guerra, é genocídio!", e no 67º Conad decidiu lutar pelo rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e Israel.

Acesse aqui a série "Palestina Livre"

Leia mais sobre a causa palestina aqui na edição de agosto do Informandes

E também aqui a entrevista com a Muna Muhammad Odeh publicada em 2023 no jornal

 

Fonte: Andes-SN