Depois de nomear o senador Confúcio Moura (MDB-RO) como relator da Medida Provisória 1.045, na última sexta-feira (27), o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-DF) anunciou que pretende colocar a medida em votação nesta quarta-feira (1°). A MP 1045 promove uma nova reforma trabalhista com gravíssimos ataques e, caso seja aprovada, vai resultar em mais desemprego, fim de direitos trabalhistas e precarização das condições de trabalho no país.
É preciso reforçar a pressão para que o Senado não aprove essa MP com envio de emails aos parlamentares (confira ao final deste texto).
A MP 1.045 traz diversas alterações na legislação que, na prática, realizam uma nova reforma trabalhista, aprofundando a que foi realizada pelo governo Temer, em 2017. O texto reedita o programa emergencial que desde o ano passado permitiu às empresas suspenderem contratos e reduzir salários na pandemia. Só que incluiu vários “jabutis” (alterações que nada têm a ver com o objetivo inicial de uma proposta). Foram reduzidos direitos e criadas novas formas de contratação, altamente precarizadas. Programas que criam trabalhadores de “segunda classe”, sem qualquer direito trabalhista e previdenciário.
Saiba mais sobre a MP 1.045:
A bandeira pela derrubada da MP tem estado nas manifestações contra o governo realizadas no último período. Na semana passada, representantes das centrais também estiveram em Brasília para pressionar os senadores e cobrar que deixassem a MP “caducar”, sem realizar a sua votação antes do dia 7, quando ela perde a validade.
Em reunião com as centrais, Pacheco reconheceu que a inclusão dos jabutis na proposta e que há resistências, mas ainda assim incluiu a MP na pauta de votação do Senado nesta quarta, numa medida que atende os interesses do governo Bolsonaro e dos empresários que querem reduzir os direitos trabalhistas a qualquer custo.
“Sob o falso pretexto de gerar empregos, governo e Congresso vêm realizando reformas que só fazem o contrário. Retiram direitos, precarizam as condições de trabalho, enquanto o desemprego segue aumentando. Quem ganha com essa destruição são apenas os empresários”, afirma o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha.
“Não podemos aceitar que implementem mais uma reforma ultraliberal para destruir direitos e que irá criar trabalhadores de segunda classe, sem vínculo trabalhista, sem direitos como férias, 13° salário, FGTS e outros ataques absurdos. Eles seguem passando a boiada, apesar do país estar numa grave crise política, econômica e social. É hora de pressionar o Senado. Mas, acima de tudo, segue a tarefa de construirmos uma greve geral para deter a política ultraliberal do governo e do Congresso e também para colocar para fora Bolsonaro e Mourão já”, disse.
Entenda a MP 1.045:
Redução de salários e suspensão de contratos: As empresas podem reduzir em 25%, 50% ou 70% os salários dos trabalhadores ou suspender contratos de trabalho, por até 120 dias. O governo faz a complementação do salário do trabalhador, mas não de forma integral. O valor será calculado com base no seguro-desemprego que o trabalhador teria direito caso fosse demitido (entre R$ 1.100 e R 1.911,84). Os acordos individuais ficam permitidos em grandes empresas (receita bruta superior a R$ 4,8 milhões) para trabalhadores que recebam até R$ 3.300. Em pequenas empresas (receita bruta inferior a R$ 4,8 milhões) poderão ocorrer acordos individuais para trabalhadores que ganhem até três salários mínimos. Quem recebe duas vezes o teto do Regime Geral da Previdência Social (R$ 12.202,12) ou mais também poderá ser acordo individual.
PRIORE: programa voltado a jovens de 18 a 29 anos que procuram o primeiro emprego com carteira assinada e trabalhadores com mais de 55 anos que estejam sem vínculo formal há mais de um ano. O contrato pode ser de até 24 meses, com jornada de até 44 horas semanais. Podem ser contratados até 25% do total de empregados da empresa nesta nova modalidade, com salário mensal de até dois salários mínimos. O recolhimento do FGTS é reduzido. Ao invés dos 8% atuais, microempresas recolhem apenas 2%; empresas de pequeno porte, 4%; e as demais, 6%. Os trabalhadores contratados por meio do Priore recebem o BIP (Bônus de Inclusão Produtiva), com valor equivalente ao salário mínimo/hora, limitado a 11 horas semanais. Não há direito ao pagamento da multa do FGTS em caso de demissão ou seguro-desemprego.
REQUIP: programa também é voltado para jovens com idade entre 18 e 29 anos, trabalhadores sem registro em carteira há mais de dois anos ou trabalhadores de baixa renda cadastrados em programas de transferência de renda do governo. Por esse programa, a jornada é de até 22 horas semanais, e não há nenhum vínculo ou direito trabalhista. O contratado receberá uma bolsa de R$ 440, sendo metade paga pela empresa e a outra metade pelo governo através do BIQ (Bolsa de Incentivo à Qualificação). Não já direito a FGTS, 13° salário ou seguro-desemprego. Não há pagamento de férias, apenas direito a um recesso de 30 dias por ano, não-remunerado. As empresas terão de oferecer cursos de qualificação, que poderão ser em convênio com o Sistema S ou empresas privadas, inclusive à distância. O pagamento da empresa poderá ser abatido por elas no pagamento de impostos como o IRPJ ou CSLL.
DESCARACTERIZAÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO: a MP define benefícios como habitação, roupa e outros itens “in natura” como pagamento de salário. Isso é gravíssimo, pois a medida abre brecha para descaracterizar um dos elementos que configura trabalho escravo nas fiscalizações do Ministério do Trabalho. Afinal, uma das práticas de empresas e fazendas, que têm essa prática odiosa, é alegar que pagam esses tipos de benefícios como se fossem salário. Mas, a realidade, é que as pessoas trabalham em condições precárias em troca de comida, para se vestir e dormir.
ENFRAQUECIMENTO DA FISCALIZAÇÃO: estabelece o critério de “dupla visita”. A empresa só será autuada na segunda vez que um auditor visitar a empresa. Se o fiscal descumprir a regra e multar na primeira vez, o auto de infração será anulado.
DIFICULTA ACESSO À JUSTIÇA TRABALHISTA: A MP cria várias exigências para caracterizar a hipossuficiência (carência financeira) do trabalhador para ter direito à Justiça gratuita. Na prática, dificulta que o trabalhador possa reivindicar seus direitos.
REDUÇÃO DE HORAS EXTRAS: reduz o adicional de horas extras para jornadas diferenciadas (para categorias como bancários, operadores de telemarketing e jornalistas, por exemplo) para apenas 20%.
EMAILS DOS SENADORES:
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Fonte: CSP-Conlutas
A comunidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) se reúne nessa terça-feira (31), às 18h30, na plenária “EBSERH em debate: queremos HUs 100% públicos ou seguindo a lógica do mercado?”. Docentes, técnicos, técnicas e discentes têm ampliado, nos últimos meses, a mobilização contra a adesão da UFRJ à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
A empresa pública de direito privado foi criada em dezembro de 2011 para administrar os Hospitais Universitários federais e serve como via para a terceirização dos HUs, interferindo na autonomia universitária e no tripé ensino-pesquisa-extensão.
Desde a fundação da Ebserh, há uma grande pressão para todas as universidades federais com hospitais universitários firmarem contrato com a empresa. Em quase todas as instituições, a contratualização se deu sob o argumento de falta de recursos para gestão dos HU pelas universidades e, em muitas, com a postura autoritária da reitoria. O Complexo Hospitalar da UFRJ é um dos poucos ainda geridos internamente. E, recentemente, a pressão para a transferência da administração foi retomada.
De acordo com Marinalva Oliveira, professora da UFRJ e uma das docentes à frente do movimento “Barrar a Ebserh na UFRJ”, os argumentos para a adesão agora são os mesmos usados em 2012 e 2013, de que os hospitais da UFRJ não funcionarão sem a Ebserh e irão fechar.
“A UFRJ já enfrentou esse quadro outras vezes. Insuficiências, tanto de pessoal e quanto orçamentárias, são temas recorrentes a todos os serviços públicos no país, e as dificuldades atuais dos HUs da UFRJ se referem a cortes de gastos públicos, que também afetam a Ebserh. Os hospitais da UFRJ têm apresentado bons indicadores de desempenho, apesar de recorrentes cortes de recursos, e com papel importante, principalmente agora na pandemia”, explica.
Segundo a docente, há uma exceção entre as unidades do complexo hospitalar da UFRJ que é o Hospital Universitário Clemente Fraga Filho (HUCFF), o qual apresenta problemas estruturais mais graves, que afetam a gestão e para os quais é necessário investimento. No entanto, ela ressalta que essa é uma questão que a adesão à Ebserh não contemplaria, pois a empresa também está com orçamento limitado.
Marinalva ressalta, ainda, que aderir à Ebserh é colocar parte das ações de saúde e de ensino da UFRJ sob o comando de um militar, o general Oswaldo de Jesus, atual presidente da empresa. E lembra, ainda, que a transferência de gestão dos HUs da universidade não pode ser discutida no momento em que a universidade está funcionando com atividades remotas, quando os três segmentos que compõem a comunidade da UFRJ, docentes, discentes e técnicos, estão distantes dos espaços físicos de debate e mobilização.
“Deliberar por qualquer contrato, hoje, requer o mesmo processo de discussão ampliada ou até mais amplo [feito em anos anteriores]. Caso contrário, é um atentado à democracia interna, dentro do espírito de "passar a boiada", se aproveitando das dificuldades decorrentes da pandemia, a Universidade esvaziada e as comunicações difíceis entre os segmentos da comunidade universitária. Por isso, não podemos debater oficialmente nem decidir nada com a Universidade funcionando de forma virtual, pois isso é golpe anti-democrático”, afirma.
“O fato de não estar presencialmente impossibilita ocupar os seus espaços com a nossa luta e impedir novamente essa medida. Outra dificuldade é a ausência de entidades importantes como Adufrj SSind. e outras, que tiveram papel fundamental em 2012 e 2013 quando foi suspensa a contratualização da Ebserh, após um intenso processo de mobilização histórica da comunidade universitária”, acrescenta.
Barrar a Ebserh na UFRJ
Apesar dos entraves, a comunidade está conseguindo se organizar e realizar protestos e debates para ampliar a discussão acerca dos impactos que a adesão à Ebserh pode ter para a universidade, seu corpo acadêmico e para a parcela da sociedade que utiliza dos serviços oferecidos pelos HU’s.
“Temos feito atos em frente ao HU, mas são atividades pequenas em número de pessoas devido à pandemia, mas com representações de outras entidades sindicais do Rio de Janeiro como Seções sindicais de outras instituições do Rio”, conta Marinalva.
Nesta terça (31), será realizada uma Plenária Comunitária, em plataforma na internet, com os três segmentos da UFRJ. “Também foram convidadas as entidades internas como Adufrj SSind., Sintufrj e APG para a unidade nessa luta tão necessária. E, entidades externas como ANDES-SN, Fasubra e Frente contra a Privatização da Saúde”, explica.
O Movimento “Barrar a Ebserh na UFRJ” é constituído por docentes, técnicos e estudantes da UFRJ, pelo DCE, por representantes da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde e do Fórum de Saúde do Rio de Janeiro. “Estamos ocupando espaços internos da UFRJ, como as reuniões do Consuni, das congregações, para fazer o debate. O conteúdo do debate tem sido na linha sobre o que é Ebserh e o histórico da luta contra a Ebserh na UFRJ, alertando que, no atual contexto político e econômico, qualquer prática que acene à privatização e que ameace a autonomia universitária deve ser combatida, por ser perigosa”, detalha a docente da UFRJ.
Além disso, o movimento desenvolveu uma campanha que tem divulgado materiais nas redes sociais com depoimentos de docentes, técnicos, técnicas e estudantes de outras instituições que aderiram à Ebserh, sobre os resultados da gestão da empresa nos hospitais universitários. As falas denunciam os vários problemas que essas comunidades vêm enfrentando como, por exemplo, descumprimento por parte da empresa dos termos acordados nos contratos de gestão, que dizem respeito a pessoal e às metas de ampliação de infraestrutura.
"Entre os principais problemas relatados estão a carência e/ou baixa qualidade de equipamentos de uso diário, as disparidades entre salários para as mesmas funções (contratos via CLT e RJU), as ameaças de transferência de setor ou turno, o assédio em caso de crítica ou discordância e o adoecimento de trabalhadores/as. Não houve ampliação de oferta de serviços e, hoje, após reformas realizadas com recursos da Universidade Federal de Pelotas, se encaminha a transferência de patrimônio físico à empresa”, relata Celeste Pereira, professora aposentada da Faculdade de Enfermagem da UFPel e ex-presidente da Adufpel SSind. do ANDES-SN, em material divulgado na página facebook.com/ foraebserhufrj.
Fonte: ANDES-SN (Imagem: divulgação/Movimento "Para Barrar a Ebserh na UFRJ")
Circular nº 323/2021
Brasília (DF), 31 de agosto de 2021
Às seções sindicais, às secretarias regionais e à(o)s Diretora(e)s do ANDES-SN
Companheira(o)s,
Considerando o cenário ainda preocupante da pandemia da COVID-19 no Brasil, em cumprimento à resolução aprovada no 11º CONAD Extraordinário, ad referendum do próximo CONGRESSO, conforme o que segue: “Que a realização de CONAD Extraordinários obedeça a interstícios de no máximo 3 (três) meses, subsequentes ao último realizado enquanto durar a pandemia”; considerando a realização do 12º CONAD Extraordinário nos dias 2, 9 e 16 de julho do ano corrente; considerando que o Estatuto do ANDES-SN em seu artigo 26, inciso II, estabelece que o CONAD se reúne “extraordinariamente quando requerido por um quarto (1/4) das S.SIND ou pela DIRETORIA, em data e local fixados por quem o requerer”, e que o artigo 24 do Estatuto que autoriza que “nos intervalos entre as reuniões do CONGRESSO, por motivos imperiosos e justificados, o CONAD pode deliberar sobre o previsto no inciso I do art. 15, ad referendum do CONGRESSO subsequente”, fica convocado o 13º CONAD Extraordinário para os dias 15 e 16 de outubro de 2021. O CONAD será organizado pela Diretoria Nacional, acontecerá por meio eletrônico, em caráter excepcional, e terá como tema central “Conjuntura e Congresso do ANDES-SN”.
Encaminhamos anexa a proposta de pauta e de cronograma do evento e chamamos a atenção para as seguintes orientações:
1 - APRESENTAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES AO CADERNO DE TEXTOS
1.1 - Dos prazos
1.1.1 Os textos das seções sindicais e do(a)s sindicalizado(a)s deverão ser enviados para o ANDES-SN até às 23h59 do 30 de setembro de 2021, por e-mail (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.).
1.1. 2. Não haverá Anexo ao Caderno de Textos.
1.2 - Das orientações para apresentação de contribuições
1.2.1 Os textos das seções sindicais e do(a)s sindicalizado(a)s para integrarem o Caderno de Textos deverão:
1.2.1.1 ater-se ao temário do 13º CONAD Extraordinário, que tratará dos seguintes temas:
Tema I: Conjuntura (15 de outubro de 2021)
Tema II: Congresso do ANDES-SN (16 de outubro de 2021)
1.2.1.2 seguir as orientações gerais e, ainda, as recomendações quanto à construção visando a tornar os debates mais profícuos, bem como a agilizar as decisões e deliberações oriundas destes.
1.2.1.3 pautar-se pelos critérios de objetividade, clareza, concisão, consistência e atualidade.
1.2.1.4 conter no máximo, para o Tema I - Conjuntura (10 páginas), Tema II – Congresso do ANDES-SN (05 páginas), observando-se:
– Exclusivamente Formato Word
– Margem superior – 3cm
– Margem inferior – 2 cm
– Margem esquerda – 2 cm
– Margem direita – 2 cm
– Fonte – Times New Roman tamanho 11
– Espaçamento entre linhas – simples
– Espaçamento entre parágrafos – antes: 5pt; depois: 5pt
– Título maiúsculo /negrito – letra 14; alinhamento justificado.
– Parágrafos justificados
– Nota de rodapé – Fonte Times New Roman tamanho 8
1.2.1.5 indicar o Texto de Resolução (TR), exclusivamente no Tema II.
1.2.1.6 indicar o Tema proposto (I ou II)
1.2.1.7 indicar a autoria do texto: por exemplo: “Diretoria da SSIND”, “Assembleia Geral”, “Conselho de Representantes” ou “Sindicalizado(a)s”, cujos nomes devem ser acompanhados obrigatoriamente das respectivas siglas das seções sindicais.
1.2.1.8. diante do caráter excepcional do evento não será admitida a publicação de textos apresentados fora do prazo estabelecido para o Caderno de Textos.
2 – PARTICIPAÇÃO
2.1 - Dos critérios de eleição
2.1.1 A(O) delegada(o) do 13º CONAD Extraordinário deverá ser eleita(o) segundo o art. 25, do Estatuto do ANDES-SN, via assembleia geral on-line ou como esta definir, que participará de todos os dias do encontro.
2.1.1.1 Será permitido 1 (um/a) único(a) delegado(a) por seção sindical, nos termos do Estatuto.
2.1.1.2 Será permitido até 2 (dois/duas) observadore(a)s por seção sindical.
2.1.2 O(A) observador(a) escolhido(a) em assembleia geral on-line deverá ter seu nome constante da ata da assembleia que o(a) indicou e este(a) também participará de todos os dias do encontro, na modalidade de observador(a). No caso de a escolha ter sido em outra instância, deverá ser apresentado documento comprobatório de sua indicação, encaminhado pela diretoria da seção sindical.
2.1.3 No caso do(a) suplente de delegado(a), que será necessariamente observador(a), o seu nome e a sua condição de suplente deverão constar obrigatoriamente da ata da assembleia, ou do documento encaminhado pela diretoria da seção sindical, que tenha recebido delegação da AG para tal.
2.1.4 Caso a seção sindical opte por substituir o(a) delegado(a) a qualquer tempo do evento somente poderá fazê-lo por observador(a) cuja condição de suplente conste, obrigatoriamente, da ata da assembleia, ou do documento encaminhado pela diretoria da seção sindical, que tenha recebido delegação da AG para tal.
2.2 Dos prazos para o credenciamento
2.2.1 O Credenciamento é prévio e digital. O ANDES-SN, empenhado em implementar uma metodologia mais eficiente de inscrição em seus eventos nacionais, reafirma a importância do credenciamento prévio como elemento facilitador do processo e ressalta que o mesmo deverá ser feito pelas seções sindicais no site http://credenciamento.andes.org.br. Para o 13º CONAD Extraordinário, fica estabelecido o período de 06 de setembro a 08 de outubro de 2021 para o envio da documentação regimental para inscrição de delegada(o), observadora(e)s e observadora(e)s suplentes da(o) delegada(o), exclusivamente por meio do site indicado.
2.2.2 Não haverá recebimento da documentação necessária ao credenciamento por e-mail e nem no dia do 13º CONAD Extraordinário.
2.2.3 Cada Seção Sindical do ANDES-SN deverá cadastrar um login (e-mail institucional) e uma senha para acesso ao sistema de credenciamento.
2.2.4 Cada delegado(a) e observador(a) inscrito(a) irá receber um link exclusivo, via correio eletrônico, orientando o acesso à sala virtual do 13º CONAD Extraordinário.
2.3 Da documentação necessária ao credenciamento
2.3.1 Ata da assembleia (assinada pela(o) presidente ou pela(o) secretária(o) da mesa) em que foi escolhida(o) a(o) delegada(o), a(o)s observadora(e)s, o(a)s observadora(e)s suplente(s) da(o) delegada(o) ao 13º CONAD Extraordinário. A ata deverá conter data de realização da AG, o item 13º CONAD Extraordinário deverá constar da pauta, deve-se registrar os nomes completos do(a)s docentes eleito(a)s para representar a seção sindical no evento e a ordem de suplência, caso se aplique.
2.3.2 Lista de indicação de presença da Assembleia Geral ou lista gerada pelo sistema online utilizado ou, ainda, lista digitada anexada à ata sem necessidade de assinatura do(a)s participantes, mas com assinatura de membro da diretoria da seção sindical presente na AG devidamente datada.
2.3.3 Quitação da seção sindical com a Tesouraria Nacional (basta estar em dia, não é necessário envio de comprovante ou declaração para o credenciamento pois o controle é feito internamente), incluindo a contribuição correspondente ao mês de agosto de 2021 e repasse de parcelas de acordos efetuados anteriormente (se houver).
2.3.4 Para o credenciamento do(a)s delegado(a)s será exigida a documentação relacionada nos itens 2.3.1 e 2.3.2. A documentação deverá ser enviada exclusivamente por meio do site indicado para credenciamento (http://credenciamento.andes.org.br), até às 23h59min do dia 08 de outubro de 2021.
Solicitamos às seções sindicais que estejam com problemas de débitos junto à Tesouraria Nacional comunicar-nos o fato, o mais breve possível, para evitarmos transtornos por ocasião do credenciamento.
Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.
Profª. Rivânia Lucia Moura de Assis
Presidenta
A conta de luz vai aumentar novamente. O governo Bolsonaro deve anunciar nos próximos dias um novo reajuste na tarifa “bandeira vermelha” das contas de energia em todo o país, que pode variar entre 50% e 58%. O aumento já é admitido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e por integrantes do governo.
Com isso, a tarifa extra que está em vigor nas contas de luz deve passar dos atuais R$ 9,49 a cada 100 kWh (quilowatts) consumidos para absurdos R$ 14 ou R$ 15. A taxa começa a valer a partir de setembro e deve durar por pelo menos seis meses.
O valor atual em vigor já é fruto de um reajuste de 52% aplicado pelo governo desde julho.
Bolsonaro quer anúncio só depois de 7 de setembro
A previsão era de que a Aneel divulgasse a nova tarifa neste início da semana, mas segundo o colunista Lauro Jardim, do O Globo, Bolsonaro não quer a medida divulgada antes do dia 7 de setembro. Na data, Bolsonaro e setores da ultradireita estão convocando manifestações com pautas antidemocráticas e em apoio ao governo.
Hipocritamente, Bolsonaro não quer nenhuma medida impopular como essa, que é mais uma demonstração da política ultraliberal e nefasta de seu governo.
Má gestão
A bandeira vermelha vem sendo adotada para repassar à população o aumento no custo da energia com o acionamento das termelétricas pelo governo. Essas usinas vêm sendo utilizadas, uma vez que o nível dos reservatórios das hidrelétricas está muito baixo com a falta de chuvas.
Entretanto, diferente do que o governo Bolsonaro tenta fazer parecer, a crise energética já em curso no país, que vai obrigar um racionamento e pode causar apagões, como o ocorrido em 20021, não é consequência da falta de chuvas, mas resultado da má gestão do governo.
Há tempos, especialistas alertam a iminente crise hídrica com a falta de chuvas (algo que era previsto) e defendem que a crise poderia ser minimizada com investimentos em infraestrutura, em fontes alternativas de energias sustentáveis e renováveis, como a eólica, solar e o bicombustível. Isso não foi feito. Agora, Bolsonaro novamente depende das termelétricas, cujo custo é muito mais caro e sempre repassado para a população. Sem falar que são muito mais poluentes.
Racionamento
O governo também está fechando um programa para pressionar a população a economizar energia. Segundo vem sendo divulgado por integrantes do governo à imprensa, residências e empresas teriam um desconto nas contas a partir de uma redução no consumo entre 10% e 20%. O bônus ainda não foi definido.
Mas ao que parece será apenas para “inglês ver”. Chegou-se a cogitar algo em torno de R$ 1 a cada quilowatt-hora (kWh) do volume acima da meta de 10% de economia. Porém, a equipe econômica considera o valor alto demais!
Fora Bolsonaro e Mourão, já!
A conta de energia é um dos principais vilões para a alta da inflação no último período. De 16 de julho a 15 de agosto, a conta subiu em média 5% e foi o principal fator responsável pela alta de 0,89% no IPCA-15 do mês. Em doze meses, encerrados em julho, a tarifa de energia registrou aumento de 20% no país.
É o custo de vida dos brasileiros a cada dia mais insuportável, numa situação que ainda é agravada pela alta no preço dos alimentos, queda na renda da classe trabalhadora e aumento do desemprego.
Mas, Bolsonaro e sua tropa não estão nem aí como bem demonstram as recentes declarações do ministro da Economia Paulo Guedes, que na semana passada questionou cinicamente: “qual o problema da energia ficar um pouco mais cara?”
Esse governo não se importa com a vida dos trabalhadores, principalmente os mais pobres. É tarefa urgente por fim a esse governo genocida, corrupto e inimigo dos trabalhadores para já, e não apenas em 2022.
Em contraposição aos atos antidemocráticos e de apoio a Bolsonaro que a ultradireita prepara para o próximo dia 7, também iremos às ruas por empregos, direitos, condições dignas de vida e contra as ameaças autoritárias. Vamos novamente exigir Fora Bolsonaro e Mourão, já!
Fonte: CSP-Conlutas
O governo de Jair Bolsonaro quer avançar com um de seus mais graves ataques à população brasileira nos próximos dias. O relatório da Reforma Administrativa, também conhecida como PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 32 deverá ser apresentado nesta semana pelo deputado Arthur Maia (DEM), podendo ir à votação ainda na primeira quinzena de setembro.
Como sempre, o que se vê por parte do Planalto são justificativas mentirosas em relação à PEC 32. Pautas como o “combate ao privilégio dos servidores”, “modernização da categoria” e “ajuste fiscal” são utilizadas apenas para encobrir o fato de que Bolsonaro quer desmontar os serviços públicos, deixando de atender a classe trabalhadora.
O texto traz inúmeros retrocessos e faz parte da agenda anti-povo elaborada pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes. Em jogo, estão direitos básicos da população como o acesso gratuito à Saúde e Educação. Caso aprovada, a medida entregaria os atendimentos à iniciativa privada, ou seja, todos terão de pagar pelos serviços.
Para efetivar os ataques à população, o caminho escolhido por Guedes é investir diretamente contra os direitos dos servidores. Neste sentido, a PEC 32 altera inúmeras regras, como os mecanismos de contratação de funcionários públicos, o fim a estabilidade e dos concursos e o agravamento do aparelhamento político.
Se posto em prática, o plano reduziria drasticamente o número de trabalhadores no setor público, agravando o desemprego no país e levando à escassez de serviços às pessoas. Com este cenário caótico, empurrar a população para as garras da iniciativa privada ficaria muito mais fácil, visto a crescente necessidade de atendimento.
Leia mais: Saiba como você será prejudicado (a) pela Reforma Administrativa
Não às emendas!
Com o texto final da PEC 32 prestes a ser apresentado pelo relator, é comum que surja o debate sobre possíveis emendas, ou seja, mudanças pontuais para “suavizar” os ataques. A CSP-Conlutas se opõe radicalmente a esta comncepção e defende que a “Reforma” deverá ser barrada na íntegra.
“Lutar por emendas é como pintar o mofo. O mofo permanece lá, mas a tinta esconde por uns dias. Por isso, a CSP-Conlutas defende que é preciso barrar a reforma na íntegra. Além disso, se quisermos de fato eliminar o excesso de ‘umidade’ da casa, é preciso uma mudança estrutural. Neste caso, para nós, trabalhadores e trabalhadoras, atingir a raiz do problema é destruir o sistema que nos assola, ou seja, destruir o capitalismo que age para que tudo seja privado e visando o lucro”, afirma Adriana Stella dirigente da Fasubra e integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.
7 de setembro: dia de luta
A próxima grande mobilização contra a Reforma Administrativa irá ocorrer no dia 7 de setembro, em conjunto com os atos pelo Fora Bolsonaro, em todo o país. O tradicional grito dos excluídos e excluídas, desta vez também defenderá o serviço público, gratuito, universal e de qualidade.
“Enquanto vivemos neste sistema, lutamos por reformas que possam melhorar a nossa vida. Por isso, devemos gritar bem alto nossas demandas no dia 7 de setembro. Mas, precisamos sempre lembrar que há esperança para além de pequenas migalhas. Com a nossa força de classe trabalhadora, com o nosso papel na produção das riquezas do mundo e com a nossa auto-organização, podemos mudar todo esse sistema e construir a necessária sociedade socialista”, conclui Adriana.
Contra a PEC 32
Para estar atualizado sobre a luta contra a Reforma Administrativa, o conjunto das 10 centrais sindicais brasileiras e outras entidades ligadas ao funcionalismo público desenvolveram o site contrapec32.com.br.
Na página, é possível acessar notícias sobre o tema, além de artigos e análises de diferentes especialistas. Vídeos e transmissões ao vivo das atividades contra a PEC 32 também estão no portal, que reúne outros materiais de campanha.
Fonte: CSP-Conlutas
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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
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A Congregação do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso (ICHS/UFMT) deliberou, na manhã dessa sexta-feira, 27/08, a emissão de uma nota de apoio à docente da universidade atacada após um debate sobre a Reforma Administrativa na Câmara Municipal de Sinop.
Após fazer uma contextualização sobre o processo de colonização da América Latina, do Brasil e de Mato Grosso, a professora Lélica Lacerda passou a ser agredida, perseguida e ameaçada por lideranças políticas locais que descontextualizaram o caráter histórico de sua exposição para desviar o foco do debate (leia mais aqui). A professora da rede municipal do município e vereadora pelo Partido dos Trabalhadores, Graciele Santos, que convocou e presidiu a audiência pública, também foi agredida.
Mais de cem entidades – incluindo outras universidades, além de institutos e departamentos da própria UFMT - e pessoas físicas já se manifestaram em solidariedade às professoras e, nessa sexta-feira, a Congregação do ICHS, órgão deliberativo máximo dentro da unidade, reunindo representantes dos departamentos de Serviços Social, Filosofia, Antropologia e Sociologia e Ciências Política, aprovou a nota que expressa solidariedade à professora Lélica Lacerda e repúdio às tentativas de calar a universidade.
Na nota, a Congregação afirma que a “docente foi convidada a participar daquele evento não por suas opiniões pessoais, mas por ser uma pesquisadora, com formação e titulação acadêmica para tratar de assuntos pertinentes à sua área de atuação profissional. Quando uma docente fala sobre assuntos relacionados ao seu trabalho, está tratando de resultados de suas pesquisas científicas, atividade intrínseca ao Magistério Superior”.
Reunião com o reitor
Na quinta-feira, 26/08, a diretora do ICHS, Marluce Souza e Silva, e o diretor-geral da Associação dos Docentes (Adufmat –Ssind) realizaram uma reunião com o reitor Evandro Soares para falar sobre assunto. A iniciativa de convocar a reunião partiu do ICHS e da Adufmat-Ssind, especialmente após a circulação de uma mensagem convocando coletiva de imprensa em Sinop, com a participação do reitor.
Na reunião, Soares afirmou desconhecer qualquer agenda de coletiva de imprensa e que, pessoalmente, jamais se manifestaria no sentido de cercear a liberdade de fala e expressão de qualquer pessoa. “Antes de ser reitor, eu sou professor, e não tenho dúvida de que o direito à liberdade de fala é fundamental, além de ser previsto na Constituição”, afirmou o reitor, concluindo que os debates fazem parte do universo social e da própria universidade.
O reitor se comprometeu, no entanto, a informar ao sindicato e ao ICHS, caso a direção da UFMT Sinop convoque alguma coletiva de imprensa, para que haja garantia da defesa do contraditório na ocasião.
Um dia antes do encontro com o reitor, na reunião do Conselho Universitário, a diretora do ICHS fez um informe sobre o caso, o que causou a comoção de docentes e técnicos administrativos, que manifestaram apoio às professoras no chat da reunião do Consuni.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
Os vereadores Edna Sampaio (PT) e Paulo Henrique (PV) receberam, virtualmente, a população de Cuiabá na Câmara Municipal nesta sexta-feira, 27/08, às 9h, para debater sobre os prejuízos da PEC 32 – Reforma Administrativa, que tramita na Câmara dos Deputados e deve ser colocada em pauta na próxima quarta-feira, 01/09.
A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat-Ssind) participou do debate, junto a outras entidades sindicais e populares. “Para nós, servidores públicos, essa é uma luta de vida ou morte quanto à nossa carreira, à nossa existência, assim como é uma luta de vida ou morte para o sindicalismo do serviço público, que é outra vertente que a Reforma Administrativa visa enfraquecer. Temos somado aos esforços de audiências públicas, atos de rua, aos atos que ocorrem desde o mês de maio, porque, como disse Leminski, na luta de classes todas as armas são boas” disse o diretor de Comunicação do sindicato, Leonardo Santos, lembrando, ainda que a Adufmat-Ssind publicou uma Cartilha sobre a (Contra)Reforma Administrativa (veja aqui), elaborada pelos professores Alair Silveira (Sociologia e Ciência Política) e Breno Santos (Filosofia).
O docente afirmou, ainda, que a Reforma Administrativa não está sozinha. “Queremos relacionar a Reforma Administrativa ao conjunto de maldades, desmonte, destruição dos direitos sociais, das políticas públicas no Brasil nos últimos anos, dessa política ultraliberal e de extrema direita que tomou conta do Brasil. Não devemos lutar só contra a Reforma Administrativa, que é a bola da vez, mas não podemos admitir a existência da Contrarreforma Previdenciária, que já aconteceu, da Contrarreforma Trabalhista, que já aconteceu, do Teto de Gastos, e não podemos admitir que o Governo Federal seja ocupado por um fascista. Todas essas lutas estão articuladas, então, a gente não pode deixar a Reforma Administrativa passar, e tem que reverter esse conjunto de maldades”, concluiu.
Representando a Vice-presidência Regional do ANDES – Sindicato Nacional (VPR Pantanal), o professor Breno Santos, um dos autores da cartilha publicada pela Adufmat-Ssind, iniciou sua contribuição ao debate classificando o atual Governo como “neofascista liberal privatista”, e apelou para a consciência dos servidores. “É importantíssimo que a gente tenha consciência do teor e do impacto que a Reforma Administrativa vai causar para a sociedade como um todo e para a garantia do cumprimento dos direitos sociais, conquistados na Constituição de 1988 depois de muita luta. A PEC 32 é um modo de fragilizar, fragmentar os equipamentos públicos do Estado e por consequência o acesso aos direitos sociais que esses equipamentos proporcionam. E aqui a gente está falando do SUS, do Ensino Público, da Assistência Social, da Segurança Pública. Que a gente não se engane com esse canto da sereia, que diz que os servidores atuais não serão afetados. Essa é só uma tentativa de fazer com que o setor mais combativo do sindicalismo não se mobilize para barrar a proposta”, afirmou.
Um dos convidados, o deputado federal mineiro Rogério Correia (PT), apresentou vários pontos da proposta, como a inclusão do Artigo 37A, que tem como objetivo permitir que entidades privadas prestem serviços públicos. “Imaginem o Governo acabar com uma universidade pública com apenas uma canetada e iniciar uma cooperação de prestação do serviço público com uma empresa privada. É isso que a Reforma Administrativa permite”, declarou.
“O que quer Paulo Guedes e o Governo é entregar os setores públicos para a iniciativa privada. É o modelo chileno, e no Chile isso não deu certo. Eles dizem que o atual servidor não será atingido. Será, sim. Pode haver redução de jornada e de remuneração – e isso é reduzir prestação de serviço”, completou o parlamentar.
Na avaliação de Correia, a proposta não passa na Câmara, porque muitos deputados não querem registrar “suas digitais” nesse processo de desmonte. No entanto, somente a pressão popular poderá garantir a reprovação da PEC.
A ideia é que a população demonstre que os deputados quem votarem no desmonte dos Serviços Públicos não serão reeleitos. Em tese, segundo Correia, isso já ocorreu com parte dos parlamentares que votaram a favor das Reformas da Previdência e Trabalhista. “Temos que ser mais fortes do que o toma lá da cá, que é prática na Câmara. É a força do povo”, defendeu.
Os deputados federais mato-grossenses Rosa Neide (PT) e Valtenir Pereira (MDB) se manifestaram contrários à PEC. “Votarei contra a aprovação da PEC 32, porque essa proposta é um avacalhamento do Serviço Público e um prejuízo para a sociedade e enfraquecimento das instituições”, disse Pereira.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Detran (Sinetran), Lucas Póvoas, iniciou sua intervenção declarando solidariedade à professora Lélica Lacerda, que está sofrendo ataques desde a sua participação na audiência pública em Sinop para debater o mesmo tema (Reforma Administrativa), e concluiu citando o poema “Quando os trabalhadores perderem a paciência”.
A audiência concluiu que os vereadores que convocaram o debate devem entrarem na campanha contra a Reforma Administrativa, propor que parlamentares votem contra a PEC 32, e que outras Câmaras realizem audiências públicas sobre o tema.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind
Empresa pública mais antiga do Brasil, os Correios acumularam, ao longo de seus 358 anos, um patrimônio avaliado, em 2019, em mais de R$ 5 bilhões somente em imóveis. São 2.500 prédios, alguns localizados em áreas nobres das principais cidades do país, que cairão no colo de um só comprador, caso a estatal venha a ser privatizada.
As informações trazidas pela reportagem do portal Intercept dão a dimensão do caráter entreguista e criminoso do governo de Jair Bolsonaro. A venda de 100% dos Correios já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, no último dia 5. O plano é concluir o processo até março de 2022.
Segundo a matéria do jornalista Vinicius Konchinski, a carteira de imóveis dos Correios é variada. Há prédios empresariais, históricos, imensos galpões logísticos, terrenos e agências. Para se ter ideia da amplitude dos bens, a empresa é a única a ter unidades em todos os municípios brasileiros.
Entre os principais imóveis estão a sede da estatal, em Brasília, avaliada em R$ 360 milhões. No entanto, há dezenas de outras construções em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Belém. Todas extrapolam a faixa de R$ 1 milhão e estão localizadas nas áreas de metragem mais caras do país.
Correios esconde os dados
A última avaliação minuciosa ocorreu em 2014, revelando a quantia de R$ 5.692. 951 bilhões em imóveis. Desde então, os valores dos imóveis dos Correios vinham caindo lentamente, até registrar R$ 5.237.853 bilhões, em 2019. No entanto, em 2020, ano em que o projeto de privatização é elaborado, a empresa apresentou uma avaliação de imóveis na quantia de R$ 3.850 bilhões, queda de 26%, o que não corresponde com a alta no mercado imobiliário no último ano.
Acesso a lugares remotos
A venda dos Correios também coloca em risco as regiões isoladas do país que poderão ficar sem o serviço postal. Como não irá gerar lucro, o comprador dos Correios pode, simplesmente, deixar de atender o local. Este cenário seria uma verdadeira tragédia para milhões de pessoas, visto que a estatal também entrega provas do Enem, livros e vacinas, por exemplo.
Contra a venda dos Correios
A CSP-Conlutas e o ANDES-SN são totalmente contra a venda dos Correios, independente dos valores praticados pelo governo. A estatal é uma empresa estratégica e fundamental para a soberania nacional. Além disso, a privatização significa desemprego para ao menos 60 mil trabalhadores e trabalhadoras.
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Fonte: CSP-Conlutas (com edição do ANDES-SN)
Na noite de terça-feira (24), representantes da CSP-Conlutas e das demais centrais sindicais reuniram-se com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para discutir sobre a Medida Provisória 1.045, que está tramitando na Casa.
Os dirigentes reforçaram a posição de que a medida, já aprovada na Câmara dos Deputados, promove uma nova reforma trabalhista, extremamente prejudicial às trabalhadoras e aos trabalhadores, que irá agravar o desemprego e as condições de trabalho no país. Defenderam, ainda, que o Senado barre a medida para evitar que novos ataques à classe trabalhadora e à legislação trabalhista se consolidem.
A MP 1.045 precisa ser votada até o dia 9 de setembro para não perder a validade. Assim, as centrais solicitaram que o Senado não coloque o tema em pauta e deixe o texto caducar ou, então, que os senadores e as senadoras votem contra a medida.
Até o momento, já foram apresentadas 473 emendas ao texto da MP 1045 aprovado na Câmara e ainda não foi indicado relator para a matéria. Nesta sexta (27), a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado realizará uma audiência pública, a partir das 9h, para discutir as alterações na legislação trabalhista.
“Apresentamos nossa posição de que a MP não faz mais sentido e o que restou do texto aprovado na Câmara, com os jabutis incluídos pelo deputado Christino Áureo, é uma nova reforma trabalhista com precarização maior das condições de trabalho”, relatou o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha, que esteve em Brasília (DF).
Segundo Mancha, Rodrigo Pacheco ficou de avaliar melhor a MP e a proposta das centrais sindicais. “Precisamos seguir fazendo a denúncia e a exigindo a rejeição dessa MP junto aos senadores, nas redes sociais, nos locais de trabalho, junto à população em geral, pois esta medida aprofunda ainda mais a destruição dos direitos trabalhistas no país. Sob o pretexto de gerar empregos para a juventude, ao contrário, irá aumentar o desemprego e precarizar os direitos e as condições de trabalho”, afirmou Mancha.
“Precisamos aumentar a pressão nos próximos dias e divulgar amplamente a bandeira Caduca MP 1.045, já”, finalizou o dirigente.
Contratações sem vínculo empregatício e direitos trabalhistas
Entre as alterações propostas pela MP 1.045 está a criação de novas formas de contratações precarizadas, além de medidas que enfraquecem a fiscalização das condições de trabalho, abrem brecha para situações de trabalho análogas à escravidão, reduzem direitos de categorias como bancários, operadores de telemarketing, mineiros e jornalistas, dificultam o acesso dos trabalhadores à Justiça, entre outras.
Através de programas como o Programa Primeira Oportunidade e Reinserção no Emprego (Priore) e o Regime Especial de Trabalho Incentivado, Qualificação e Inclusão Produtiva (Requiq), a MP 1.045 resgata pontos da extinta Carteira Verde e Amarela e cria “trabalhadores de segunda categoria”, sem direitos mínimos, como FGTS, férias e 13° salário.
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Fonte: CSP-Conlutas (com edição e inclusão de informações do ANDES-SN. Foto: Divulgação/CSP-Conlutas).