Docentes e técnicos administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em greve há dois meses, realizaram na manhã dessa terça-feira (28/07), protesto no campus da UFMT e avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá.
A greve nas 41 universidades federais do Brasil completa dois meses hoje. A data foi motivo de protesto entre docentes, técnicos e estudantes, que durante a caminhada, criticaram a falta de resolução para o impasse e o descaso com os servidores. O ato também ocorreu em outras cidades do país.
Aproximadamente 100 profissionais protestaram com faixas, bandeiras e palavras de ordem. A concentração começou às 7h30 na guarita 01 da Fernando Corrêa.
Antes da caminhada, houve Assembleia para avaliação e deliberação de novas agendas. O presidente da Adufmat, Reginaldo Araújo, afirmou que entre as prioridades do movimento, está a defensa da universidade pública de qualidade, investimentos e estrutura física, além da realização de concursos públicos.
“Quero reforçar que em 60 dias de greve temos buscado construir um movimento que tenha mobilização. Inclusive, fizemos duas grandes mobilizações em Brasília com participação de professores, técnicos e alunos com o propósito de pressionar o Governo. As manifestações coincidiram com as datas das mesas de negociação do Ministério da Educação e Ministério de Orçamento e Gestão e pedimos avanços na proposta de 21% já rechaçada pela categoria”, destacou.
“Estamos aqui hoje para esclarecer a sociedade os motivos pelos quais a nossa universidade encontra-se paralisada. Estamos sucateados, falta estrutura e estamos sofrendo cortes inadmissíveis no orçamento. Queremos uma universidade pública de qualidade para todos e é por isso que estamos aqui”, disse o técnico em enfermagem, Manoel Arruda.
A caminhada começou por volta das 9h no campus da UFMT e seguiu rumo a avenida Fernando Corrêa da Costa. Lá, os técnicos e docentes fizeram fala, panfletagem e finalizaram a caminhada de volta ao campus da universidade, por volta das 11h.
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Nayara Araújo
Assessora de Imprensa da Adufmat
Mais de seis mil manifestantes, de diversas categorias do funcionalismo público, participaram nesta quarta-feira (22) da Marcha dos Servidores Públicos Federais (SPF), em Brasília (DF). A atividade foi deliberada em última reunião do Fórum das Entidades Nacionais dos SPF com o intuito de cobrar negociação efetiva da pauta unificada protocolada junto ao governo. Servidores, advindos de diversos estados do país, percorreram a Esplanada dos Ministérios e caminharam em direção ao Palácio do Planalto, onde exigiram uma audiência junto à Secretaria Geral da Presidência da República para que essa interfira no avanço do processo de negociação entre os servidores e a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT/Mpog).
Servidores reafirmam descontentamento em relação ao reajuste proposto
Após a marcha, uma comissão representativa do Fórum das Entidades Nacionais dos SPF participou de uma audiência junto à Secretaria-Geral da Presidência da República com objetivo de dar continuidade ao processo de negociação salarial dos eixos da campanha unificada para 2015 dos servidores públicos. Os servidores foram recebidos por José Lopez Feijóo, Assessor Especial da Secretaria-Geral da Presidência da República.
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De acordo com Amauri Fragoso, 1º Tesoureiro doANDES-SN “a audiência foi mais uma ação por parte do Fórum dos SPF para demonstrar disposição de diálogo com o governo para tratar da proposta de reajuste salarial de 21,3%, parcelado em quatro anos – amplamente rechaçado pela categoria”. De acordo com os servidores, a proposta – apresentada na última reunião realizada entre o Fórum das Entidades Nacionais dos SPF e a Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do Mpog, no dia 20 deste mês – ignora as perdas acumuladas (2010-2015) e não leva em conta a inflação prevista para os próximos quatro anos.
“Além disso, quando você assina um acordo para quatro anos, o governo engessa o movimento por esse período. As entidades ficam submetidas a esse acordo, sem poder reclamar. Por isso, nós queremos uma negociação anual. A proposta de reajuste do governo para quatro anos não cobre nem a inflação do primeiro ano e nem as projeções futuras, e, ainda, tem a última parcela entrando, inclusive, em um novo governo, em 2019”, ressalta Fragoso.
Fragoso aponta também que a reunião foi importante e a expectativa é que tenha resultados no sentido de avançar. “O Assessor Especial da Secretaria-Geral da Presidência da República saiu com o compromisso de interceder junto a Rosseto para abrir novos canais de negociação principalmente em relação ao que foi apresentado pelo governo até agora”. Feijóo comprometeu-se também a interceder junto ao secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT/Mpog), Sérgio Mendonça, na tentativa de fazer tratativas para que a negociação avance.
“É importante buscar novos canais de diálogo diferentes dos que estão postos até o momento para tratar das pautas setoriais e das que tocam toda a categoria do funcionalismo público. Dessa forma, é razoável que o ministro Miguel Rosseto [da Secretaria-Geral da Presidência da República], que é um dos responsáveis pela articulação do governo com os movimentos sociais e populares, compreenda todo o processo de construção do Fórum na organização de diversas entidades para que tenhamos um serviço público de qualidade no país”, finaliza.
Na próxima segunda-feira (27), ocorrerá nova reunião do Fórum para discutir os próximos encaminhamentos, entre os quais nova marcha à Brasília para primeira quinzena de agosto.
Em reunião com o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPF’s), no dia 20/07, a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT/MPOG) manteve a proposta de reajuste salarial de 21,3%, parcelado em quatro anos. Mas, apesar da falta de avanço no índice de reposição do poder de compra dos SPF’s, a força da mobilização das categorias do funcionalismo pressionou o governo a apresentar resposta a outros itens da pauta, como a revisão dos benefícios, de acordo com a inflação acumulada no período, incluindo o ano de 2015.
Para os auxílios alimentação e saúde, sem reajuste há três anos, o governo propôs correção de 22,8%; o primeiro passaria a ser de R$ 458 e o último proporcional por faixa etária, sendo o mínimo R$ 101 e o máximo R$ 205. Já o auxílio creche, desde 1995 sem correção inflacionária, o acúmulo representa um reajuste de 317%, variando de acordo com os valores praticados em cada estado.
Segundo Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, um dos pontos de discussão na mesa foi o fato do governo apresentar uma proposta que inclui a inflação do ano de 2015 para os benefícios, mas não aplicar a mesma lógica para reajuste dos salários. “A proposta que ele mantém na mesa, de 21,3%, dividido em quatro anos, não repõe nem a inflação do período”, criticou. O presidente do ANDES-SN contou que a única novidade em relação à reposição das perdas salariais foi a sinalização por parte do governo da possibilidade do acordo conter uma cláusula de renegociação em 2017, caso a inflação atinja um determinado patamar, o qual não foi definido ainda.
“A reunião demorou porque as entidades pediram vários esclarecimentos em relação a essas contradições e reafirmaram que o governo tem que rever essa proposta, pois, numa negociação salarial, o mínimo a ser apresentado é a inflação do período. Todas as entidades reafirmaram a posição de que não aceitam o reajuste parcelado em quatro anos, porque isso significa corroborar, previamente, com o confisco dos salários e a perda do poder aquisitivo dos servidores”, disse.
De acordo com Rizzo, um dos momentos de maior tensão na negociação foi quando o secretário da SRT/MPOG, Sérgio Mendonça, afirmou que o acordo era um pacote, vinculando os reajustes nos benefícios à aceitação do parcelamento da reposição salarial. Os servidores cobraram também resposta aos outros itens da pauta unificada de reivindicações, como a negociação coletiva, liberação de dirigentes para atividade sindical, entre outros.
“Isso é o jogo da negociação. Agora, se nós não chegarmos a um acordo, a responsabilidade de, eventualmente, não ter reajuste para os servidores é integralmente do governo e não dos servidores, porque é o governo que tem o poder de propor reajustes e também de enviar os projetos de lei para o Congresso”, afirmou Rizzo.
Durante esta semana, ocorreram algumas reuniões setoriais entre as diferentes categorias do funcionalismo e o MPOG para tratar das pautas específicas. O Fórum deve voltar a se reunir com o Ministério do Planejamento na próxima semana para apresentar uma resposta.
Fonte: ANDES-SN
Servidores federais e municipais em greve fizeram barulho durante a inauguração do Hospital São Benedito em Cuiabá nessa terça-feira, 21/07. O evento teve a participação do prefeito Mauro Mendes, do governador Pedro Taques e do ministro da Saúde, Arthur Chioro, dentre outras autoridades.
Com palavras de ordens, faixas, jograis e um carro de som, manifestantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Sindicato dos Médicos (Sindmed) falaram sobre suas reivindicações, evidenciando a posição contrária às políticas de terceirização e privatização do governo federal.
Entre as frases cantadas, ouviu-se: “é ou não é piada de salão? Tem dinheiro pra banqueiro, mas não tem pra Educação!” e “para barrar a precarização, quero saúde, previdência e educação”.
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Durante todo o ato, prefeito, governador e ministro permaneceram dentro do Hospital.
A reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, presente na inauguração, não fez nenhum movimento com relação ao ato dos servidores da instituição que comanda.
Os professores da UFMT estão em greve há quase 60 dias, não havendo nenhuma previsão para a retomada das atividades. Em reunião realizada ontem (20) entre Fórum dos Servidores Públicos Federais e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), o governo voltou a defender a proposta inicial de 21,3% de reposição salarial, parcelada em 4 anos, veementemente recusada pelas categorias. Os trabalhadores do INSS estão em greve desde o dia 07/07 e servidores do IFMT desde o dia 13/07.
Na próxima sexta-feira, 24/07, representantes de outras categorias de servidores federais em Mato Grosso devem se reunir para conversar sobre a formação de um Comando Local de Greve dos Servidores Públicos Federais.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa do Comando Local de Greve da Adufmat
Jornalista DRT 1676//MT
(65) 8129-6139
Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) concluíram, nessa segunda-feira, 20/07, o debate acerca da pauta interna de reivindicações da greve que caminha para o segundo mês. O documento reúne mais de 30 pontos e deve ser entregue à administração da universidade nos próximos dias.
A quarta e última assembleia geral com pauta exclusiva sobre as reivindicações internas tratou de alguns pontos pendentes e da inclusão de outros. Um dos incluídos, e aprovado, foi a garantia de espaço para representante da Adufmat-Ssind ministrar palestra nos próximos cursos de docência no ensino superior, oferecidos pela UFMT aos professores em estágio probatório.
Também foram debatidas, nessa segunda-feira, questões referentes às publicações científicas em revistas eletrônicas e vagas disponibilizadas por aposentadorias.
Os professores falaram, ainda, sobre as próximas atividades da greve, lembrando a seguinte agenda:
21/07 às 8h – Ato em frente ao Hospital São Benedito, onde o ministro da Saúde e, provavelmente, a presidente Dilma Rousseff, participarão da inauguração do prédio. A concentração será em frente a Escola Estadual Presidente Médici.
22/07 - Marcha dos Servidores Públicos Federais em Brasília.
24/07 – Reunião com representantes locais das entidades que compõem o Fórum Nacional dos SPF’s.
24/07 - Viagem a Sinop para construção da pauta local.
28/07 às 9h – Debate: Análise de conjuntura e o mundo do trabalho.
30/07 às 9h – Debate: O Sindicalismo e seus desafios.
31/07 às 8h30 – Assembleia geral para escolha de delegados para o CONAD e avaliação da greve.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa do Comando Local de Greve da Adufmat
Os professores filiados à Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind) aprovaram, em assembleia geral realizada nessa sexta-feira, 17 /07, adesão a novos convênios e apoio ao evento de comemoração dos 20 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A partir de agora, a Adufmat-Ssind conta com mais 12 empresas conveniadas, além das 22 aprovadas anteriormente. Os filiados terão descontos em academias, lojas de calçados e roupas, salão de beleza, entre outros. Mais informações no site do Sindicato (clique aqui para visualizar) ou por meio do telefone 4104-0656, com Adriana.
O presidente do Sindicato, Reginaldo Araújo, esclarece que nenhum dos convênios traz custos para a Adufmat-Ssind.
Por unanimidade, os professores também aprovaram apoio ao evento de comemoração dos 20 anos do MST no estado. Eles avaliaram que o Sindicato deve ser solidário, porque a luta pela Reforma Agrária é de todos os trabalhadores. No entanto, ponderaram que a crítica racional também é importante para fortalecer o Movimento.
A Adufmat-Ssind contribuirá com passagens para os palestrantes do evento, além da participação de docentes em um painel e a construção de um mural de fotografias.
No início da assembleia, o Comando Local de Greve fez alguns informes sobre a greve docente, que está perto de completar 50 dias. Abaixo, a programação dos próximos dias:
21/07 – Ato em frente ao Hospital São Benedito, onde o ministro da Saúde e, provavelmente, a presidente Dilma Rousseff, participarão da inauguração do prédio. A idéia é que os servidores se concentrem ali antes da partida para a Marcha dos Servidores Públicos Federais em Brasília.
22/07 - Marcha dos Servidores Públicos Federais em Brasília.
24/07 – Reunião com representantes locais das entidades que compõem o Fórum Nacional dos SPF’s.
24/07 - Viagem a Sinop para construção da pauta local (anteriormente prevista para 21/07, mas alterada a pedido dos professores de Sinop).
28/07 às 9h – Debate: Análise de conjuntura e o mundo do trabalho.
30/07 às 9h – Debate: O Sindicalismo e seus desafios.
31/07 às 8h30 - Assembleia para escolha de delegados para o CONAD e avaliação da greve.
Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizaram, nessa quinta-feira, 16/07, assembleia geral para continuar o debate sobre a pauta interna da greve. Essa foi a terceira vez que os professores se reuniram para discutir exclusivamente o que querem negociar com a administração.
Vinte e oito itens elencados para direcionar a construção da pauta já foram amplamente debatidos. Na próxima assembleia, os professores devem analisar a inclusão de outros 4 pontos: garantir espaço para palestra de representante da Adufmat nos próximos cursos de Docência no Ensino Superior para professores em estágio probatório, democratização das instâncias decisórias da UFMT, manutenção das vagas geradas por aposentadoria nos departamentos e critérios para iniciação científica.
Nessa quinta, foram aprovadas algumas questões pendentes de assembleias anteriores, como atraso na entrada dos estudantes via Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), utilização do teatro universitário pela comunidade acadêmica e publicações na Editora da UFMT. Um dos destaques aprovados foi inclusão de limite máximo para matrícula de estudantes após a primeira chamada do SISU, estabelecido em até 25% do andamento das disciplinas.
Os professores observaram que o debate político de cada item é essencial, mesmo que a pauta local tenha caráter mais imediatista se comparada à pauta nacional. Nesse sentido, algumas manifestações ponderaram que seleção nacional de estudantes via ENEM é desequilibrada, visto que a qualidade de ensino nos estados é desproporcional.
O debate sobre a pauta interna deverá ser concluído na próxima segunda-feira, 20/07, às 14h. Para o dia 31/07 já está marcada nova assembleia, às 8h30, para avaliação da greve.
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa do Comando Local de Greve da Adufmat