Terça, 16 Outubro 2018 14:56

 

Neste 15 de outubro comemora-se o dia do professor. Muitos desafios permeiam a realidade cotidiana desses trabalhadores que resistem e lutam por uma Educação pública e de qualidade.

 

Professoras e professores são submetidos a baixos salários, atrasos nos pagamentos, o sucateamento de escolas, universidades e institutos de ensino, governo após governo.

 

O atraso nos salários também tem sido recorrentes. Os professores estaduais do Rio Grande do Sul, por exemplo, amargam mais de dois anos sem receber no dia correto, quatro anos sem reajuste e o desmonte da educação, e seguem lutando contra isso.

 

 

Projetos que atacam a Educação e o professor

Neste ano de eleitoral, o candidato que está à frente das pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL), defende a privatização da Educação, ensino a distância, entre outras atrocidades, que reafirmam a necessidade do #EleNão.

 

Em seu plano de governo consta a defesa de um modelo de educação “sem doutrinação e sexualização precoce” e baseado nas propostas do Escola Sem Partido. O candidato propõe ainda o aumento de escolas militares e pretende incluir no currículo escolar disciplinas herdadas da ditadura militar, como a educação moral e cívica.

 

Esse quadro reforça que a tarefa da categoria continua sendo a de mobilização contra esses ataques que tendem a se aprofundar.

 

Projetos que desmontam direitos como a nova BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que prevê uma série de medidas que privatizam, vão gerar desemprego, evasão escolar, queda da qualidade e o desmonte completo da escola pública.

 

A proposta prevê que apenas as disciplinas de português e matemática seriam obrigatórias, e as demais seriam condensadas em chamadas “áreas do conhecimento”. Disciplinas como Biologia, Artes, Inglês, Educação Física, Geografia, História, Física, Química, entre outras, podem deixar de existir.

 

Outro ponto de desacordo entre os movimentos que lutam em defesa da Educação é a intenção que tem por trás dessas novas diretrizes, em privatizar a Educação, mesmo sendo inconstitucional passar a responsabilidade de gerir as escolas às empresas privadas.

 

Outro item grave da BNCC é o de permitir que o ensino médio seja feito com pelo menos 40% do conteúdo à distância, no chamado EAD (Educação a Distância) .

 

Desafios

A professora de história da rede estadual do Rio de Janeiro e municipal de Duque de Caxias (RJ) Vera Nepomuceno destacou os desafios da profissão. “Somos apenas professores, mestres e educadores e sabemos na prática que precisamos de uma série de elementos para que consigamos exercer a nossa profissão com sucesso. Somos a prova viva de que para que aconteça a aprendizagem é necessário uma série de condições, dentre elas, que sejamos valorizados e bem remunerados”, pontuou.

 

De acordo com o presidente do Andes-SN, Antônio Gonçalves, e integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, o professor universitário também vive um momento difícil. “Diante das lutas empreendidas pelo Andes-SN, seja no setor das Federais ou das Estaduais/Municipais é possível afirmar que os maiores desafios hoje dos docentes universitários são a precarização do trabalho, o adoecimento docente e a má remuneração em tempo de produtivismo exacerbado”, denuncia.

 

Para a integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas e professora de química Joaninha de Oliveira todos esses ataques reforçam que essa data deve marcar um histórico de lutas dessa categoria. “Somos uma categoria que luta e já passou pela ditadura militar, que foi perseguida e que vai continuar lutando, porque para o Estado e os governos a Educação é uma bandeira de campanha eleitoral. O projeto Escola Sem Partido, defendido por Bolsonaro e governos atuais, é uma pequena amostra do plano de governo deste candidato”, apontou.

 

Comemorar a data é importante para reafirmar a resistência desse segmento. “É um dia que tem um significado para quem é aluno e para os pais que tem filhos, em especial na rede pública. Então é preciso comemorar esse dia e pensar que a luta continuará e que é preciso derrotar Bolsonaro e organizar a greve geral pra derrotar as reformas”, finalizou Joaninha.

 

Fonte: CSP Conlutas

 

Segunda, 15 Outubro 2018 15:10

 

 

 

 

 

Paulo Freire foi pedagogo, filósofo e é um dos grandes nomes da educação mundial. Nascido em 1921, em Recife (PE), ficou conhecido internacionalmente pela sua teoria de que a educação é o caminho para a emancipação e para o empoderamento de sujeitos para que transformem sua realidade por meio da reflexão crítica. O seu trabalho de alfabetização de adultos é reconhecido mundialmente. Entre as inúmeras obras publicadas está a trilogia: “Pedagogia do Oprimido”, “Pedagogia da Esperança”, “Pedagogia da autonomia”.

No dia em que celebramos o Dia do Professor, o ANDES-SN faz uma singela homenagem a Paulo Freire, patrono da Educação brasileira, resgatando um pouco do seu pensamento. Para tanto, conversamos com Maria Margarida Machado, docente da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG) e que atua no Fórum de Educação de Jovens e Adultos do Brasil.

“Freire foi um pensador muito importante nas décadas de 50, 60 e 70 e 80. Foi educador atuante em uma perspectiva de educação que buscava colocar no centro da educação pedagógica o direito a uma educação emancipatória”, afirma a professora.

Segundo a docente da UFG, defender a concepção de educação como emancipadora do sujeito representa enfrentar as grandes limitações econômicas e sociais dos estudantes brasileiros. Para ela, Freire combatia não apenas a opressão que decorre da necessidade financeira e da limitação do acesso aos bens materiais, mas também reafirmava a necessidade de combater a mentalidade conservadora. “A mentalidade conservadora, tradicional, tem a ver com que o sujeito aprende com a sua família, na religião e no trabalho. Nessas relações, essa convivência ao invés de torná-lo um sujeito livre e amoroso, o aprisiona a um conjunto de preceitos morais, éticos e céticos que o distancia de outros seres humanos”, diz Margarida.

Crítica à educação bancária

Uma das principais contribuições de Paulo Freire é a sua crítica à educação tradicional, conceituada na obra “Pedagogia do Oprimido” como educação bancária. Segundo o pedagogo, o sujeito que está aprendendo na educação bancária é tratado como um lugar onde se deposita verdades, e isso não seria aprender uma vez que não há diálogo.

“Aprender, para Paulo Freire, é acessar o conhecimento sistematizado, problematizar esse conhecimento, buscar a compreensão para além daquilo que é dito”, explica.

Para a docente, muitas das ações executadas no sistema educacional brasileiro não levam em conta o princípio do diálogo.  “Temos que questionar quem diz que quer tirar Paulo Freire de qualquer lugar. Essas pessoas realmente sabem do que estão falando?”, questiona.

Aprender para transformar

Paulo Freire compreendia que o sujeito aprende para se humanizar. De acordo com o educador, aprender é complemento da formação do sujeito como humano. “Se aprende na relação com o outro, no diálogo com outro, na aproximação dele com o conhecimento do outro. Esse aprender coletivo tem a ver com o conhecimento sistematizado pelas outras pessoas. Saber que você precisa escutar e aprender com o outro é fundamental para romper com uma lógica de educação tradicional”, comenta Maria Margarida.

Outra questão fundamental na obra de Paulo Freire é que se aprende para transformar a realidade. “Nesse aspecto, é fundamental a consciência crítica e de sujeito histórico. Nesta perspectiva, nós estamos anos luz distantes, em toda nossa formação na educação brasileira, seja da educação infantil até a superior, do princípio de empoderar o sujeito para que ele possa se perceber como sujeito transformador da realidade”, diz a docente da UFG.

Quem foi Paulo Freire?

Paulo Freire nasceu em 1921 em Recife. Com o agravamento da crise econômica mundial iniciada em 1929 e a morte de seu pai, quando tinha 13 anos, passou a enfrentar dificuldades econômicas. Formou-se em direito, mas não seguiu carreira, encaminhando a vida profissional para o magistério. Em 1963, em Angicos (RN), coordenou um programa que alfabetizou 300 pessoas, cortadores de cana, em 45 dias. No ano seguinte, o golpe civil-militar o surpreendeu em Brasília (DF), onde coordenava o Plano Nacional de Alfabetização do presidente João Goulart. Freire passou 70 dias na prisão antes de se exilar.

Em 1968, no Chile, escreveu seu livro mais conhecido, “Pedagogia do Oprimido”. Também deu aulas nos Estados Unidos e na Suíça e organizou planos de alfabetização em países africanos. Com a anistia, em 1979, voltou ao Brasil, integrando-se à vida universitária. Foi secretário municipal de Educação de São Paulo (SP), na prefeitura de Luiza Erundina. Foi nomeado doutor Honoris Causa de 28 universidades em vários países e teve obras traduzidas em mais de 20 idiomas. Morreu em 1997, de infarto. Em 2012 foi sancionada a Lei 12.612 que declara o educador Paulo Freire o Patrono da Educação Brasileira.

Para estudar Paulo Freire

Maria Margarida Machado indica três leituras para quem quer conhecer mais a teoria de Paulo Freire. O livro “Pedagogia do Oprimido”, para a docente, é a base da formação humanista de Freire, além de sua principal obra, e traz as principais referências que ele estudou e com quem aprendeu para pensar na obra. O livro “Pedagogia da Esperança” traz uma releitura do livro anterior, simplificando-a. Já o livro “Pedagogia da Autonomia”, último que o Paulo Freire escreveu, dialoga com professores sobre os aspectos da prática docente. “Essa trilogia é fundamental para ser lida e pensada no contexto em que foram escritas”, conclui.

 

 

  

 Fonte: ANDES-SN (com informações de Instituto Paulo Freire)

 

Segunda, 15 Outubro 2018 10:42

 

"Sou professor... a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a silenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda.

Sou professor, a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais.

Sou professor contra a ordem capitalista que inventou esta aberração: 'a miséria na fartura'. Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo".

Pedagogia da autonomia. Paulo Freire, 1996.

 

Parabéns, professores e professoras! 

Vamos comemorar essa data no Baile 2018! Os convites, gratuitos para os sindicalizados, já estão disponíveis para retirada na sede do sindicato. 

Terça, 18 Outubro 2016 14:51

 

 

Já estão disponíveis as fotos da edição 2016 do Baile dos Professores realizado pela Adufmat-Seção Sindical do ANDES no Dia dos Professores, 15/10.

 

Ao som de Sônia Moraes, Akane Ilzuka, Marcelo Fernandes e músicos convidados, cerca de 350 pessoas dançaram inúmeros estilos de musicas, transitando dos clássicos regionais até os grandes hits internacionais.   

 

As professoras Célia Alves e Aurelina do Carmo receberam homenagens pelos recentes 70 anos, além da contribuição com a luta sindical, mesmo depois da aposentadoria.

 

O presidente da Adufmat-Ssind, Reginaldo Araújo, avaliou a festa positivamente. “O Baile Dançante já é uma referência para os professores da UFMT. Além disso, é importante prestigiar a categoria, comemorar nossa capacidade de organização e resistência”, afirmou o docente.

 

Clique aqui e confira as fotos

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind  

Sexta, 14 Outubro 2016 17:32
A Adufmat-Seção Sindical do ANDES informa aos docentes da UFMT que abrirá a sede do sindicato excepcionalmente nesse sábado, 15/10, das 8h às 11h30, para que os interessados em retirar os convites para o Baile da categoria possam fazê-lo. 
 
Vamos celebrar nossa capacidade de resistência!
 
Feliz Dia dos Professores a todos!
 

 

Sexta, 14 Outubro 2016 10:55

 

 

Ser professor é... escrever a história do futuro.

 

15 de outubro, dia dos professores

 

Parabéns a todos que se dedicam à construção de um mundo melhor!

 

É o que deseja a Adufmat-Seção Sindical do ANDES

 

 

Venha comemorar conosco!

Retire seu convite para o Baile dos Professores na sede da Adufmat-Ssind. 

Clique aqui para saber mais. 

Quinta, 06 Outubro 2016 13:54

 

 

A Adufmat-Seção Sindical do ANDES convida todos os docentes para a edição de 2016 do Baile dos Professores. A festa tem a intenção de prestigiar a categoria, e será realizada exatamente no Dia dos Professores, 15/10, a partir das 20h, na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), localizada na região do Coxipó.

 

“Apesar de todos os ataques que temos de enfrentar, do cenário de caos que resultará da retirada de tantos direitos, é importante comemorar a nossa data, e lembrar que a nossa profissão tem uma função social muito relevante, inclusive de resistência a essas imposições contra os trabalhadores e os direitos sociais, que incluem os serviços públicos”, afirma o presidente do sindicato, Reginaldo Araújo.

 

O traje indicado também é o mesmo do ano passado, esporte fino.

 

Docentes sindicalizados podem retirar seu convite gratuitamente na sede da Adufmat-Ssind a partir dessa sexta-feira, 07/10. Não sindicalizados interessados em participar também devem adquirir os convites na sede do sindicato pelo valor de R$ 50,00.

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind