Quarta, 09 Outubro 2024 16:58

 

Neste 7 de outubro, completou um ano desde o ataque do Hamas a Israel. A ação desencadeou uma resposta militar sem precedentes do governo israelense contra a população palestina na Faixa de Gaza, que tem sido massacrada por operações militares. Além das vidas ceifadas, casas, hospitais, universidades, supermercados e lojas foram destruídos, agravando ainda mais a crise humanitária.

Para contextualizar o conflito, o ANDES-SN lançou a série "Palestina Livre" nesta segunda-feira (7) em seu canal no YouTube, como parte da denúncia do genocídio contra o povo palestino. A série, composta por três vídeos, apresenta entrevistas com a professora da Universidade de Brasília (UnB), Muna Muhammad Odeh, palestina residente no Brasil há 32 anos.

A produção explora a história do território palestino, o impacto do imperialismo no Oriente Médio e a violência contínua que afeta a região, destacando as raízes e as consequências do conflito para a população palestina.

De acordo com dados da Al Jazeera, pelo menos 41.909 palestinas e palestinos foram mortos e 97.303 ficaram feridos em ataques israelenses em Gaza, desde outubro de 2023. Em Israel, 1.139 pessoas foram mortas nos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro e mais de 200 pessoas foram feitas prisioneiras.

O ANDES-SN tem uma longa história de apoio à luta palestina, iniciada em 2003, com ações de solidariedade e boicote ao Estado de Israel. Em 2018, aderiu à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS). No 42º Congresso, em 2023, aprovou a moção "Não é guerra, é genocídio!", e no 67º Conad decidiu lutar pelo rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e Israel.

Acesse aqui a série "Palestina Livre"

Leia mais sobre a causa palestina aqui na edição de agosto do Informandes

E também aqui a entrevista com a Muna Muhammad Odeh publicada em 2023 no jornal

 

Fonte: Andes-SN

Segunda, 30 Setembro 2024 15:38

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Valfredo da Mota Menezes*

Deve haver alguma explicação psicológica ou mesmo psiquiátrica para entender o porquê de um grupo étnico, que sofreu racismo, foi humilhado, quase dizimado, conseguir, ao alcançar uma posição de poder, transformar-se em algoz e passar a ter o mesmo comportamento racista e a mesma aspiração supremacista daqueles que o maltratou, repetindo os mesmos atos com outro grupo étnico.
 
Em 1933 a população judaica na Europa era de 15,3 milhões. Desde a invasão da Áustria em março de 1938 até o fim da guerra em maio de 1945 (86 meses), foram mortas, aproximadamente, um milhão de crianças. O massacre de Israel contra o povo palestino repete essas mesmas ações dos nazistas. Acredito que, se for feito um levantamento desde o início, desde a NAKBA e contando apenas com os períodos de exacerbações e ataques gratuitos, como os de Sabra, Shatila e outros, teremos algum número parecido com o do holocausto. Só agora, nesse último ano, e só na Faixa de Gaza, com uma população de cerca de dois milhões, já foram assassinadas, em apenas 11 meses, mais de 40 mil palestinos, desses, cerca de 17.000 eram crianças (mais de 1500 crianças por mês) e 11.088, mulheres. Em dois dias, nessa nova ofensiva no Líbano, foram mortas mais 40 crianças. Esse massacre é cíclico e configura verdadeiramente genocídio. As crianças são as mais afetadas. É um verdadeiro extermínio do futuro. Além das mortas, mais de 27 mil estão órfãs ou desamparadas. Toda a infraestrutura de Gaza foi devastada. “Metade das escolas foi atingida ou danificada, 88.300 casas foram destruídas, 35 hospitais e 55 centros de saúde foram atacados. Não há mais sistemas de esgoto. A falta de medicamentos, alimentos e água provocada pelo bloqueio sionista, põe em risco toda a população”. As Nações Unidas estimam “que mais de 5% da população de Gaza foi morta, ferida ou está desaparecida. Além disso, mais de um milhão de pessoas foram deslocadas internamente, algumas delas forçadas a mudar de residência várias vezes. Estima-se que 75% das vítimas tinham menos de 30 anos e 69% eram mulheres e crianças.  “Entre os mortos, 885 eram profissionais de saúde, 79 membros da defesa civil, 168 jornalistas e 500 trabalhadores da saúde. Além disso, há cerca de 10 mil desaparecidos e 82.627 feridos, dos quais 11 mil necessitaram viajar com urgência para receber tratamento no exterior. Sete valas comuns foram encontradas em hospitais, somando 520 corpos”.

Os ataques israelenses têm sido condenados internacionalmente, sendo considerados crimes contra a humanidade por organizações de direitos humanos e pela ONU. A Comissão de Inquérito das Nações Unidas acusou Israel de usar a fome como estratégia de guerra, além de causar deliberadamente um alto número de vítimas civis.

O exército sionista mantém a ofensiva sem dar nenhuma importância às resoluções internacionais. Sabe que tem o apoio e a cumplicidade dos EUA. Israel parece ser um “estado” dos EUA. O próprio Joe Biden disse: “Se não houvesse um Israel, os Estados Unidos da América teriam que inventar um Israel para proteger seus interesses na região”.
 
A situação em Gaza representa uma das maiores crises humanitária já vivida na historia da humanidade. Estamos assistindo ao vivo. Entretanto, o que tem sido feito por todos os Estados que consideram essa atrocidade um genocídio? NADA. A ONU virou uma piada. Nenhuma retaliação, nenhuma sanção, nenhuma suspensão de relação diplomática, nenhum boicote às atividades comerciais ou esportiva, como por exemplo, foi feito com a África do Sul do Apartheid. O governo brasileiro continua exportando petróleo para Israel. O Ministério da Defesa (...dos militares) continua negociando a compra de tanques (os mesmos que são usados para matar civis) e o ministro diz que suspender a compra seria “uma decisão ideológica”. NÃO! É uma decisão HUMANITÁRIA! Em relação aos eventos esportivos, ao contrário do boicote, todo apoio tem sido dado aos sionistas, até mesmo colocar Israel como “Nação Europeia” na “UEFA EURO”, ou time de Israel fazer parte da Liga Europeia (Maccabi Tel-Aviv FC).  

Nota: a maioria das informações estatísticas relatadas aqui foi buscada em revistas, jornais e/ou “sites” de notícias.

*Médico, professor Associado/UFMT (aposentado), Doutor em Medicina Interna e Terapêutica.

Quinta, 29 Agosto 2024 10:36

 

Trabalhadores da Saúde palestinos foram detidos, arbitrariamente, e torturados pelas forças israelenses. A denúncia é feita pela organização Human Rights Watch (HRW), que divulgou um relatório que documenta os abusos de Israel contra profissionais de Saúde em Gaza, desde outubro de 2023.

A detenção de profissionais de Saúde no contexto dos repetidos ataques militares israelenses a hospitais em Gaza contribuiu para a degradação catastrófica do sistema de saúde do território sitiado.

Médicos, enfermeiros e paramédicos libertados descreveram à HRW os maus-tratos que sofreram sob custódia israelense, incluindo humilhação, espancamentos, posições de estresse forçadas, prolongado uso de algemas e vendas, e negação de atendimento médico. Eles também relataram tortura, incluindo ameaças de estupro e abuso sexual por parte das forças israelenses, negação de cuidados médicos e condições precárias de detenção para a população geral de detidos.

"O tratamento abusivo do governo israelense aos profissionais de Saúde palestinos continuou nas sombras e precisa parar imediatamente", disse Balkees Jarrah, diretor interino para o Oriente Médio da Human Rights Watch. "A tortura e outros maus-tratos a médicos, enfermeiros e paramédicos devem ser investigados a fundo e devidamente punidos, inclusive pelo Tribunal Penal Internacional (TPI)”, afirmou Jarrah.

Entre março e junho de 2024, a organização entrevistou oito trabalhadores da Saúde palestinos que foram levados pelo exército israelense de Gaza entre novembro e dezembro de 2023 e detidos sem acusação por períodos que variaram de sete dias a cinco meses. Seis foram detidos no trabalho, após cercos israelenses a hospitais ou durante evacuações hospitalares que, segundo eles, haviam sido coordenadas com o exército israelense. Nenhum dos profissionais de saúde disse ter sido informado sobre o motivo de sua detenção ou acusado de algum crime. A Human Rights Watch também conversou com sete pessoas que testemunharam soldados israelenses detendo profissionais de Saúde enquanto eles desempenhavam suas funções.

A Human Rights Watch enviou uma carta ao exército israelense e ao Serviço Prisional de Israel com as conclusões preliminares em 13 de agosto, mas não recebeu resposta.

Todos os profissionais de saúde entrevistados forneceram relatos semelhantes de maus-tratos sob custódia israelense. Após estarem em Gaza, foram deportados para centros de detenção em Israel e na Cisjordânia ocupada. Todos disseram que foram despidos, espancados, vendados e algemados por várias semanas consecutivas e pressionados a confessar serem membros do movimento Hamas, sob diversas ameaças de detenção indefinida, estupro e assassinato de suas famílias em Gaza.

Um cirurgião disse que estava "vestindo uniforme médico e Crocs" quando as forças israelenses o detiveram durante o cerco ao Hospital Kamal Adwan, em Beit Lahia, Gaza, em dezembro. "Éramos 50 trabalhadores da Saúde, incluindo enfermeiros e médicos", disse ele. "O soldado no microfone ordenou que homens e meninos com mais de 15 anos evacuassem o hospital... Quando nos tiraram do hospital, nos mandaram despir e ficar de roupa íntima", contou.

O Ministério da Saúde de Gaza relatou que as forças israelenses detiveram pelo menos 310 profissionais da Saúde palestinos desde 7 de outubro. A Healthcare Workers Watch-Palestine, uma organização não governamental, documentou 259 detenções de profissionais da saúde e coletou 31 relatos que descrevem tortura e outros abusos por parte das autoridades israelenses, incluindo o uso de posições de estresse, privação de alimentação e água adequadas, ameaças de violência sexual e estupro, e tratamento degradante. A Healthcare Workers Watch-Palestine ajudou a Human Rights Watch a entrevistar os profissionais da Saúde libertados.

Os relatos dos profissionais de saúde são consistentes com relatórios independentes, incluindo o do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), da mídia israelense e de grupos de direitos humanos, que documentam dezenas de relatos de detidos sobre detenções incomunicáveis, espancamentos, violência sexual, confissões forçadas, eletrocussão e outras torturas e abusos de palestinos sob custódia israelense.

A Human Rights Watch descobriu que as autoridades israelenses há décadas não fornecem responsabilização credível para tortura e outros abusos contra detidos palestinos. Segundo estatísticas oficiais israelenses, entre 2019 e 2022, 1.830 queixas de abuso foram abertas contra oficiais do Serviço Prisional de Israel, sem que nenhuma resultasse em uma condenação criminal. As autoridades israelenses não permitiram que agências humanitárias independentes tivessem acesso a detidos palestinos desde o início da guerra de Israel.

“Os governos devem apoiar os esforços internacionais de justiça para tratar dos abusos israelenses contra detidos palestinos e responsabilizar os culpados. Os Estados Unidos, o Reino Unido, a Alemanha e outros países devem pressionar Israel a acabar com suas práticas abusivas de detenção, que formam um aspecto da opressão sistemática subjacente aos crimes contra a humanidade de apartheid e perseguição cometidos pelas autoridades israelenses contra os palestinos”, afirma a HRW.

De acordo com a organização, o Tribunal Penal Internacional está considerando pedidos de mandado de prisão contra altos funcionários israelenses por graves crimes internacionais e deve garantir que sua investigação aborde abusos contra detidos palestinos. Os aliados de Israel devem pressionar o governo a permitir urgentemente o monitoramento independente das instalações de detenção.

“A tortura de trabalhadores da saúde palestinos é uma janela para o problema muito maior do tratamento dado pelo governo israelense aos detidos em geral”, disse Jarrah. "Os governos devem pedir publicamente às autoridades israelenses que libertem os trabalhadores da saúde detidos ilegalmente e acabem com os maus-tratos cruéis e as condições de pesadelo para todos os detidos palestinos”, cobrou o diretor da Human Rights Watch.

Fonte: Human Rights Watch (com tradução e edição do ANDES-SN)

Quinta, 23 Maio 2024 11:22

 

Cuiabá recebe o jornalista Breno Altman para o lançamento do livro “Contra o Sionismo - Retrato de uma Doutrina Colonial e Racista” no dia 04 de junho, às 19h, no auditório da Adufmat, na UFMT.

Aberto ao público, o evento de lançamento contará com um bate papo sobre o livro e a história do sionismo na Europa e nas terras palestinas, onde a doutrina chegou à sua maior representação: o genocídio em curso do povo palestino.

Com mediação do fotógrafo e jornalista Ahmad Jarrah, a mesa conta com a presença da professora doutora do Departamento de História da UFMT, Ana Maria Marques, e do diretor da Sociedade Beneficente Muçulmana de Cuiabá, Assan Salim.

Será uma oportunidade para ampliar os conhecimentos sobre a história da colonização da Palestina pelo estado sionista de Israel, ouvir relatos de quem vivenciou o apartheid na Palestina ocupada, e adquirir uma cópia da obra de Breno Altman.

>>>> Mais informações pelo Instagram @comitepalestinamt

 

Fonte: Divulgação

Segunda, 23 Outubro 2023 09:57

 

O Grupo de Trabalho Ciência e Tecnologia da UFMT (GTC&T) da Adufmat-Ssind convida todos os interessados para o debate que será realizado nesta quinta-feira, 26/10, com o tema “Israel-Palestina, o genocídio moderno: 75 anos de conflito”.

 

Mediado pelo coordenador do GT, José Domingues de Godoi Filho, o evento terá início às 14h, e contará com a presença do vice-tesoureiro da Sociedade Beneficente Muçulmana de Cuiabá, Assan Fouad Salim.   

 

O debate será presencial, no auditório da sede do sindicato, em Cuiabá.

Quinta, 10 Junho 2021 15:04

 



 

Em um mês e meio de funcionamento, a CPI da Covid no Senado vem revelando as decisões e medidas do governo Bolsonaro diante da pandemia. A cada semana, depoimentos e documentos comprovam que o verdadeiro genocídio em curso no país, onde já morreram mais de 474 mil brasileiros (as), é resultado de uma política negacionista e consciente por parte deste governo de ultradireita.

 

Nesta terça-feira (8), o ministro Marcelo Queiroga volta a depor na CPI e será novamente confrontado para dar informações sobre a realização da Copa América no país em plena pandemia, entre outras, depois de seu primeiro depoimento ter sido considerado evasivo e insuficiente. A semana terá ainda a presença do ex-secretária executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco, do governador do Amazonas Wilson Lima (PSC-AM) e especialistas sanitários e epidemiologistas.

 

Boicote à vacina, promoção de medicamentos sem eficácia como a cloroquina, gabinete paralelo, busca da “imunidade de rebanho” à custa de milhares de mortes, má gestão e muitas fake news são alguns dos fatos já confirmados na CPI.

 

Apesar de todos os integrantes e apoiadores do governo mentirem descaradamente para tentar preservar Bolsonaro, na prática, os fatos mostram o contrário. Bolsonaro participou diretamente das decisões do governo que, por exemplo, rejeitaram por vários meses a compra de vacinas, motivo pelo qual, até agora o Brasil só imunizou pouco mais de 10% da população contra a Covid-19 com as duas doses necessárias.

 

Os depoimentos até agora já apontaram fatos gravíssimos como:

 

1 – ofertas de vacinas da Pfizer e da CoronaVac foram ignoradas ou recursadas dezenas de vezes no ano passado pelo Ministério da Saúde sob o comando do general Eduardo Pazuello.

 

2 – o governo agiu aconselhado por um gabinete “paralelo”, formado por figuras como o médico terraplanista Osmar Terra, o filho do presidente Carlos Bolsonaro, a médica Nise Yamaguchi, entre outros, em que posturas negacionistas, anti-vacina e em defesa do falso tratamento precoce eram a tônica.

 

3 – defesa insistente de um suposto “tratamento precoce” com remédios sem comprovação científica no combate à Covid, como a cloroquina. Houve, inclusive, a tentativa de se mudar a bula da cloroquina, apesar de em todo o mundo o medicamento ter sido descartado por oferecer até mesmo risco de morte a pacientes com Covid.

 

4 – no episódio da crise de falta de oxigênio em Manaus (AM), em que dezenas de pessoas morreram asfixiadas, o governo soube com antecedência, mas não agiu. Ao contrário, fez do estado um laboratório para teste da chamada tese de “imunidade de rebanho” e do uso da cloroquina.

 

O uso de mentiras e fake news também fica flagrante na postura do governo. Depoentes como o ex-ministro Pazuello, Fábio Wanjgarten e a médica Nise Yamaguchi na maior cara de pau negaram declarações e posições que tiveram, apesar de vídeos, documentos e postagens nas redes sociais deles próprios mostrarem o contrário.

 

Na última semana, os depoimentos de Yamaguchi e da infectologista Luana Araújo, ex-secretária de enfrentamento ao coronavírus que não durou nem dez dias no cargo por suas posições em defesa da Ciência, foram destaque.

 

Nise Yamaguchi ficou sem respostas diante do questionamento de senadores a questões básicas sobre a Covid-19 e sua tentativa de defender o uso da cloroquina foi destruída, pois sequer soube dizer quais os estudos científicos que comprovariam tal posição.

 

Já a infectologista Luana Araújo afirmou que “o Brasil está na vanguarda da estupidez”. Segundo ela a discussão sobre o uso da cloroquina, tão defendida pelos bolsonaristas, é “delirante, esdrúxula, anacrônica e contraproducente”. “É como discutir de que borda da Terra Plana vamos pular”, ironizou.

 

Basta de genocídio! Fora Bolsonaro e Mourão, já!

 

Desde o início da pandemia, o governo vem adotando uma verdadeira política genocida. Bolsonaro age abertamente contra todas as medidas que poderiam combater o coronavírus, como o uso de máscaras, distanciamento e isolamento social, sem falar no boicote às vacinas.

 

Minimizando não só os efeitos sanitários da pandemia, este governo de ultradireita também trata com descaso os efeitos sociais, como a fome e o desemprego, sem garantir sequer um auxílio emergencial digno aos trabalhadores e apoio aos pequenos proprietários.

 

“A CPI só está comprovando o que já sabíamos desde o início. Que há uma política consciente por parte do governo que está causando um verdadeiro genocídio no país, seja pela Covid, seja pela fome. Já há elementos que comprovam isso. Entretanto, apesar de farto material e de centenas de pedidos de impeachment parados na Câmara, ao que tudo indica, não há intenção por parte do Congresso, dominado pelo Centrão, em afastar e responsabilizar Bolsonaro”, avalia o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes.

 

“Não basta desgastar Bolsonaro e achar que nas eleições em 2022 a situação pode mudar. Até lá podemos ter até 1 milhão de mortos e uma crise social sem precedentes. É preciso botar para fora Bolsonaro e Mourão, já”, disse.

 

“No próximo dia 19 de junho, novo dia nacional de mobilizações pelo Fora Bolsonaro, precisamos novamente tomar as ruas, intensificando uma ampla luta unitária. Às centrais sindicais, rumo a uma Greve Nacional Sanitária no país que, de fato, encoste na parece o governo e os setores empresariais que sustentam Bolsonaro.

 

“Só assim poderemos ter vacinação em massa, auxílio emergencial de R$ 600, estabilidade no emprego, manutenção dos direitos; defender os serviços e servidores públicos, bem como a soberania do país na luta contra as privatizações, entre outras demandas, para garantir a defesa da vida, dos empregos e direitos”, concluiu Atnágoras.

 

 Fonte: CSP-Conlutas