Segunda, 03 Junho 2024 18:19

 

Deputadas e deputados federais, inclusive da base do governo, estão manifestando apoio à greve docente federal. O Comando Nacional de Greve do ANDES-SN está coletando a assinatura através de uma carta aberta aos e às parlamentares federais (confira aqui).

No documento, o CNG destaca as principais reivindicações do movimento grevista: a melhoria das condições de trabalho e a urgente recomposição do orçamento das Universidades, Institutos Federais e Cefets, a revogação de medidas antidemocráticas contra a categoria, implementadas desde 2016, as modificações necessárias na estrutura da carreira docente, bem como a recuperação do poder de compra dos salários.

Denuncia também a assinatura, por parte do governo federal, de um acordo com a Proifes, entidade sem legitimidade nem legalidade. “No entanto, o MGI se mostrou inflexível e encerrou de modo abrupto as negociações no dia 27 de maio de 2024. Pior, ainda, de forma atabalhoada e desrespeitosa com os docentes, para evitar a prorrogação das negociações, preferiu assinar o acordo com a PROIFES, uma entidade que representa menos de 10% da categoria docente, que enfrenta manifestação de descontentamento em suas diminutas bases, e cuja legitimidade jurídica é muito frágil”, afirma a carta.

O CNG do ANDES-SN ressalta que o compromisso das deputadas e dos deputados com a Educação Pública Federal, com a formação de pessoal qualificado e com o avanço da produção científica de qualidade, expresso através do apoio ao movimento grevista, é importante para convencer o governo a reabrir as negociações com os e as docentes federais e para demonstrar que os recursos que se farão necessários podem ser viabilizados.

Até o momento, já assinaram a Carta:

Ana Pimentel – PT/MG
Camila Jara – PT/MS
Carlos Veras – PT/PE
Célia Xakriabá - PSOL/MG
Chico Alencar – PSOL/RJ
Dandara Tonantzin - PT/MG
Érika Kokay - PT/DF
Érika Hilton – PSOL/SP
Fernanda Melchionna – PSOL/RS
Glauber Braga – PSOL/RJ
Pastor Henrique Vieira – PSOL/RJ
Idilvan Alencar – PDT/CE
Ivan Valente – PSOL/SP
João Daniel – PT/SE
Lindbergh Farias – PT/RJ
Luciene Cavalcante – PSOL/SP
Luiza Erundina – PSOL/SP
Natália Bonavides – PT/RN
Rogério Correia – PT/MG
Talíria Petrone – PSOL/RJ
Tarcísio Motta – PSOL/RJ
Sâmia Bomfim – PSOL/SP
Vander Loubet – PT/MS

 

Fonte: Andes-SN

Segunda, 03 Junho 2024 13:51

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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                Assembleia Geral (AG) da ADUFMAT/ANDES-SN, realizada no dia 29/05/2024, quanto a construção da Pauta Interna da UFMT, deliberou pelo encaminhamento (em anexo) da Pauta da Greve de 2015 à Reitoria da época, para subsidiar a construção da Pauta Interna de 2024. Na próxima AG este será um ponto de pauta. Pedimos a todos/as que tragam suas contribuições, sugestões de ajustes, acréscimos e/ou supressões.

Faça Download do Documento na Íntegra aqui.

 

 

Sexta, 31 Maio 2024 12:54

 

Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat-Ssind), Sindicato dos Servidores Técnicos-administrativos da UFMT (Sintuf/MT) e Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe/MT) se unem, na segunda-feira, 03/06, em ato público para exigir respeito do Governo Federal nas negociações salariais e por melhorias nas universidades e institutos federais. O ato será em frente a UFMT, com concentração a partir das 7h30, na guarita de acesso da Av. Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá.

 

As categorias representadas pelas três entidades da educação federal estão em greve; a Adufmat-Ssind iniciou no dia 20/05, o Sinasefe/MT em diferentes datas do mês de abril e Sintuf/MT está em greve há 77 dias, desde 14/03.  

 

O ato fará parte de diversas mobilizações, em âmbito nacional, porque, no mesmo dia, haverá uma nova reunião entre as partes, em Brasília, na qual as categorias depositam expectativas, mesmo diante da resistência do Governo Federal em avançar.

 

No dia 27/05, quando realizado o último encontro, o Executivo assinou um acordo com outra entidade, a Proifes-Federação, com o objetivo de encerrar a greve. Ocorre que a Proifes, além de não ter legalidade para representar docentes por não obter Carta Sindical, é direção em apenas 11 seções sindicais entre universidades e institutos federais, enquanto o Andes-Sindicato Nacional dirige mais de 60. A própria base da Proifes rejeitou, por maioria, a assinatura do Acordo, e a Justiça, provocada pelas instituições em greve, tem reconhecido, em alguns estados, que não há legalidade na representação da Proifes (saiba mais aqui).

 

Os principais pontos da última contraproposta apresentada pelos docentes, especificamente, são: com relação ao reajuste salarial, recomposição de 3,69% em agosto de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026, além de reajuste linear, sem alteração dos "steps". Com relação ao orçamento, recomposição orçamentária para as Instituições Federais de Ensino Superior de, no mínimo, R$ 2,5 bilhões em 2024 e, posteriormente, recomposição para os valores de 2016, com a correção inflacionária. Com relação à aposentadoria, a garantia de paridade entre ativos e aposentados e reposicionamento dos aposentados na posição relativa ao teto da carreira, em que se encontravam no momento da aposentadoria. Com relação à carreira, instituição imediata da Mesa Permanente para Assuntos de Carreira.

 

Também há uma série de reivindicações sem impacto orçamentário, como a revogação de leis e decretos, a exemplo do decreto 1590/1995, modificando "magistério superior" para "magistério federal"; da lei 12.772/2012, para que o novo ingresso na carreira não implique na retomada ao primeiro nível da carreira, mas a continuidade na posição de origem; da Portaria 983/2020, que impõe o ponto eletrônico e amplia a carga horária da carreira EBTT; e das Instrução Normativa 15/2022 (que estabelece restrições aos pedidos de adicional por insalubridade), 66/2022 (com pagamento retroativo aos prejudicados em processos de progressão e promoção desde sua imposição) e 49/2023 (por representar ataque ao direito de greve).

    

Clique aqui para saber todas as informações da greve dos docentes federais na UFMT.

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Quarta, 29 Maio 2024 17:37

 

 

A Adufmat-Ssind realizou, nesta quarta-feira, 29/05, nova assembleia geral para debater os seguintes pontos de pauta: informes, eleição da delegação para o 67º Conad, emancipação dos campi de Sinop e Araguaia, avaliação da última mesa de negociação com o Governo Federal e agenda interna da greve na UFMT. Um dos principais encaminhamentos foi a realização de um ato em Cuiabá, na próxima segunda-feira, 03/06, data em que ocorrerá uma nova reunião com o Governo Federal e, por parte da categoria, há expectativas de avanço na negociação.

 

Delegação no Conad

 

Após a divulgação inicial das informações acerca do 67º Conselho do Andes-SN (Conad), segundo maior espaço de deliberação da categoria, se colocaram à disposição para representar a Adufmat-Ssind no evento, como ouvintes, os professores Alair Silveira e Luciane Gomes (Cuiabá), Juliano dos Santos (Sinop) e Valéria Queiroz (Araguaia). A professora Ana Paula Sacco foi indicada como delegada pela Diretoria. Considerando que nenhum outro interessado se candidatou e que o número de docentes interessados está dentro da margem estabelecida pelo sindicato, todos os nomes foram referendados pela assembleia. O 67º Conad será entre os dias 26 e 28/07, em Belo Horizonte.

 

Emancipação dos campi de Sinop e Araguaia

 

O que mobilizou o debate sobre a emancipação dos campi foi a notícia veiculada na última semana de que o Senado autorizou que o campus da UFMT Araguaia se torne uma universidade autônoma. A notícia incluía a informação de que a separação não resultaria em gastos significativos, nem com a estrutura nem com o pessoal, o que, objetivamente, considerando todo o histórico de redução do orçamento das universidades federais, implicaria na precarização profunda do ensino na instituição.

 

O professor Juliano dos Santos disse que boa parte dos docentes do Araguaia ficaram sabendo dessa iniciativa a partir da publicação da notícia, e que a intervenção neste sentido pode estar vindo “de cima para baixo”.

 

Os docentes Magno Silvestri e Edson Spenthof se manifestaram no sentido de que, justamente por conta dessa ausência de diálogo, é impossível esperar qualquer posicionamento da comunidade, nem pela emancipação nem pela não emancipação.

 

A professora Ana Paula Sacco lembrou que, por iniciativa do sindicato, houve apenas um debate sobre o tema com docente da Universidade de Rondonópolis, que já passou pelo processo. De acordo com Sacco, a experiência deste debate junto a ausência de diálogo por parte da Reitoria ou dos agentes que estimulam a emancipação deixa a comunidade ainda mais apreensiva. “O campus do Araguaia enfrenta uma série de dificuldades que a gente não sabe se podem piorar com a emancipação. Falta essa construção, esse sentimento de pertencimento nessa criação”, afirmou.

 

O diretor do Andes-SN, Breno dos Santos, lembrou que a questão da emancipação é um tema de interesse da greve, porque diz respeito ao financiamento, e sugeriu que a Adufmat-Ssind dialogue com o Grupo de Trabalho Fronteira e Multicampia, criado no último congresso do Andes-SN. O GT terá sua primeira reunião no dia 16/06.

 

A professora Maria Salete Ribeiro destacou que esses projetos já são conhecidos pela categoria, e visam a decadência dos trabalhadores da educação e da própria universidade pública.  

 

Os docentes Magno Silvestri, Gerusa Vieira, Edson Spenthof, Gilson da Costa e Robson Lopes, do Araguaia, Juliano dos Santos, Onice Dall’Oglio e Claudia dos Reis, de Sinop, Breno dos Santos e Elizabeth Fernandes Souto, de Cuiabá, formaram a comissão para debater essa questão com vistas a fomentar o acúmulo da comunidade interna e externa. A comissão deve organizar as informações, inclusive por meio de diálogos com a Reitoria e outras instituições que tenham envolvimento com a pauta.

 

Avaliação da última reunião com o Governo Federal

 

A professora Lélica Lacerda iniciou este ponto de pauta fazendo uma análise sobre a mobilização da categoria e a reunião com o Governo, realizada no dia 27/05. Na ocasião, a docente estava representando a Adufmat-Ssind em Brasília. Em sua avaliação, a categoria foi perdendo a radicalidade, e houve uma preocupação, de sua parte, com o índice apresentado pelo próprio Comando Nacional de Greve do Andes-SN, que deveria ser 22,71% escalonado em três anos, mas acabou sendo de 19,99%. “Nós temos um índice para ser reposto, porque é condição de vida da nossa classe”, disse a docente em uma de suas intervenções.

 

As críticas seguintes foram sobre o desrespeito do Governo Federal durante a reunião citada, que tentou, inicialmente dar um tom de informalidade e, depois, revelou que assinaria o acordo que basicamente ele mesmo propôs com o Proifes - entidade sem Carta Sindical e sem legitimidade para representar a categoria, já que se trata de uma criação do próprio Governo incorporada por poucas seções sindicais. O Proifes, aliás, está sendo desautorizado a representar a categoria por decisões judiciais já emitidas em alguns estados, em resposta a ações iniciadas pelas seções sindicais do Andes-SN e do Sinasefe, seguindo orientação nacional.  

 

Outras manifestações concordaram com as manifestações de desapreço por parte do Governo Federal à categoria, concluindo que, ao contrário do que diz, a Educação não é prioridade do Governo Lula. Segundo os presentes, a responsabilidade por este impasse deve ser atribuída ao presidente, porque Feijó e outros assessores não têm autonomia para decidir como negociar.  

 

Após intenso debate, a assembleia encaminhou as seguintes ações: realizar um ato local no dia 03/06; reafirmar a proposta aprovada na última assembleia, mantendo os índices 3,7% em 2024, e os restante para completar 22,71% divididos em 2025 e 2026, apesar de o CNG do Andes já ter protocolado proposta com índice de 19,99%; radicalizar a greve aumentando as atividades políticas e elaborar uma nota em defesa da greve docente pela base ao Comando Nacional de Greve. Os presentes também aprovaram uma moção de repúdio à violência policial praticada contra agentes da Comissão Pastoral da Terra.   

 

Pauta Interna da UFMT

 

Com relação a este ponto de pauta, os presentes decidiram resgatar o documento encaminhado à Reitoria da UFMT em 2015, com as demandas internas elaboradas durante a Greve daquele ano (disponível aqui). A ideia é avaliar cada um dos pontos em nova assembleia. A categoria também aprovou a realização de outras atividades políticas e culturais nos próximos dias, a serem definidas pela diretoria e pelas coordenações das subseções.

 

 

 

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind  

Quarta, 29 Maio 2024 10:33

 

O acordo firmado, nessa segunda-feira (27), entre o governo federal e a Proifes - entidade sem registro e que não tem legitimidade - não atende às demandas da categoria docente. A assinatura ocorreu mesmo após quase todas as assembleias de base, inclusive as que a Proifes diz representar, rejeitarem a proposta, em uma tentativa de enfraquecer a crescente greve das e dos docentes federais.

 

Em ato na frente do MGI nessa segunda-feira (27), docentes lembraram o papel de capacho da entidade cartorial

 

Além de não recompor as perdas salariais de mais de 90% das e dos docentes, a proposta aprofunda a desestruturação da carreira, exclui aposentados e aposentadas, não traz qualquer recomposição do orçamento das universidades federais, institutos federais e cefets e também não prevê a revogação das medidas implementadas durante o governo de Jair Bolsonaro.

No caso da recomposição salarial, em 2026, 91,8% dos e das docentes terão recomposição de 12,8% a 17,6% - o que não repõe a defasagem salarial de 22,71% acumulada desde 2016. Já o realinhamento dos steps da carreira transforma a ausência de uma carreira estruturada em mera questão remuneratória. A elevação do salário para início de carreira se dá às custas de mais uma desestruturação, que reduz o número de steps de 13 para 10.

Já excluídos e excluídas, em grande maioria, do termo que reajustou os benefícios, as e os docentes aposentados também não terão qualquer aumento da remuneração em 2024. Além disso, o acordo não contempla o reposicionamento desses e dessas docentes na carreira, aumentando as disparidades entre ativos/as e aposentados/as. 

De todos os ataques que a categoria docente e a Educação Federal sofreram nos últimos quatro anos do governo de Jair Bolsonaro, o acordo assinado pela entidade cartorial só prevê a liberação do controle de ponto eletrônico, que consta da Instrução Normativa 983/2020. Todas as outras pautas do “revogaço” foram ignoradas.

 

 

Diante desse golpe, o Comando Nacional de Greve e a diretoria do ANDES-SN reforçam que a greve docente federal continua. “A reunião de ontem foi marcada pela violência. As representações do ANDES-SN e do Sinasefe levaram suas contrapropostas, demonstrando disponibilidade para a negociação. A posição do governo foi marcada pela inflexibilidade e até deboche. Uma postura inaceitável para um governo eleito pelo esforço do campo popular. Frente à intransigência não restou ao movimento paredista outra alternativa a não ser fortalecer a greve docente. O Comando Nacional de Greve definiu construir o Dia Nacional de Lutas em 3 de junho, pela reabertura das negociações. Seguimos firmes na luta”, explicou Jorgetânia Ferreira, representante da Associação de Docentes da Universidade Federal de Uberlândia (Adufu Seção Sindical) no CNG.

“O acordo assinado pela federação fantasma Proifes afronta as decisões das bases em greve do ANDES-SN - bem como da própria entidade burocrática - ao solapar as pretensões de recomposição salarial para o ano de 2024, mantido o zero como resposta do governo, como também por não tratar da recomposição orçamentária das instituições federais de ensino superior ou mesmo da revogação de normativas que retiram nossos direitos e que avançavam bem na negociação com o governo. Chegamos aonde chegamos por conta da greve, e entendemos que com nossa crescente mobilização podemos ainda mais. A assinatura do acordo não encerra nossa mobilização, que terá no dia 3 de junho uma importante data de lutas em todo o país," acrescentou Gustavo Seferian, presidente do ANDES-SN.

Confira o Comunicado 52 do CNG, com relato da reunião com MGI e orientações para continuidade da greve.

Leia também:
Governo desrespeita docentes federais e assina acordo à revelia da categoria. Greve continua!

 

Fonte: Andes-SN

Terça, 28 Maio 2024 10:25
 
ANDES-SN e Sinasefe foram recebidos no MGI, na tarde desta segunda, às 15h30

 

Após docentes federais em greve rejeitarem, por ampla maioria, a proposta de acordo e o ultimato impostos pelo governo federal, integrantes dos comandos nacionais de greve (CNGs) e das diretorias do ANDES-SN e Sinasefe foram recebidos em uma reunião, na tarde desta segunda-feira (27), pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Na mesa, apresentaram as contrapropostas elaboradas pelos CNGs. A Proifes não estava presente.

Depois do diálogo com representantes do MGI, que se portaram como se não soubessem do que se tratava a reunião, o secretário de Relações de Trabalho José Lopez Feijóo sentou-se à mesa para reafirmar a política defendida pela ministra Esther Dweck e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que não há mais margem para negociação nem reajuste em 2024, e que assinaria o acordo com a Proifes, mesmo à revelia das professoras e professores em greve. Ao ser indagado sobre essa prática autoritária e antissindical, que contraria a sua própria história e do presidente Lula, Feijóo afirmou, em tom irônico, que “daria esse tiro no pé”.  

Marcante na reunião foi a ausência de representação do MEC, revelando o descaso do ministro Camilo Santana. O descaso do governo federal se mostrou na autoritária postura de Feijóo nesse processo. O descaso do governo com a Educação pública contrasta com a prioridade dada para o empresariado da Educação privada. Hoje, a marca foi o desrespeito do governo com docentes, técnicos e técnicas da Educação Federal.

"O governo federal acaba de dizer que vai assinar o acordo com a Proifes em uma reunião secreta. É a consumação de uma farsa, a consumação de um golpe que estava se dando nesse local, aqui no prédio do MGI, em que nós do ANDES-SN pudemos, não só presenciar da boca do secretário Feijóo essa sinalização, como temos também a necessidade de reconhecer que a nossa luta não só continua, mas que nós vamos, pela nossa luta, pelos nossos enfrentamentos fazer cair esse engodo que está sendo aqui construído. Feijóo está rasgando a história de defesa da democracia que o movimento sindical, em anos de ouro, pode ter em nosso país. Está rasgando o respeito do Lula nesse momento. Está rasgando toda a respeitabilidade daqueles e daquelas que lutaram pela democracia nesse país e para vencer Bolsonaro. Está dando um tiro no pé. E ele disse com todas as palavras "darei esse tiro no pé", legitimando essa farsa”, relatou Gustavo Seferian, presidente do ANDES-SN ao final da reunião. “Nós não nos calaremos, seguiremos lutando. A greve segue forte!", acrescentou.

 

Enquanto acontecia a reunião, docentes dos CNGs do ANDES-SN e Sinasefe realizavam manifestação em frente ao MGI

 

Diego Marques, representante do Comando Local de Greve (CLG) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) no CNG do ANDES-SN, protocolou, com o secretário do MGI, um documento em nome dos Comandos Locais de Greve das universidades federais de Santa Catarina (UFSC), da Bahia (UFBA), do Goiás (UFG), do Oeste da Bahia (Ufob), do Rio Grande do Norte (Ufrn). 

Nesse documento, os professores e as professoras dos CLG dessas universidades, que têm entidades vinculadas à Proifes, afirmam que a proposta do governo foi rejeitada nessas bases. “Ainda assim, o secretário Feijóo disse que o governo não se importa com a falta total de representatividade do Proifes, não se importa com o fato de que a maioria das entidades daquela "federação" sejam entidades fantasmas e que vai dar um tiro no pé. Ele usou essas palavras ‘Eu vou dar um tiro no pé e vou assinar com a Proifes, porque o limite do governo é esse’. Não tem conversa, não tem diálogo”, ressaltou.   

Marques reafirmou que a Proifes não representa a categoria e não pode falar em nome desses e dessas docentes que já manifestaram, em assembleia, a sua vontade. “A Proifes não nos representa, não pode falar em nosso nome, não pode fazer nada que contrarie a vontade das categorias", disse. "Nós fomos maltratados aqui no MGI, fomos tratados com ironia, com desrespeito. É uma vergonha que um governo calcado no sindicalismo, que um governo do campo popular lide assim com as demandas do nosso movimento", concluiu, emocionado, o docente da UFBA.

Reunião no dia 3 de junho

Apesar do deboche do representante do MGI e da recusa em dar continuidade à negociação e ouvir as demandas das e dos docentes organizadas no ANDES-SN e Sinasefe, a força da mobilização arrancou o compromisso do governo federal de realizar nova reunião, no dia 3 de junho às 14 horas, para responder às contrapropostas protocoladas nesta segunda (27) pelos CNGs. 

"Não podemos dar de barato que o dia 3 vai ser um dia de efetiva negociação para nós. Por isso, ainda que tenhamos arrancado essa data para uma devolutiva, e o governo federal falou 'não esperem muita coisa, a gente vai responder a mesma coisa para vocês que já estamos aqui afirmando desde o dia 19', nós podemos sim avançar. Há uma abertura e nós temos que construir esse dia 3 como um dia nacional de lutas, de intensificação de paralisações, de ocupações, de ações direta em todo o país para que, sim, seja um dia efetivo de negociações, para que nós possamos ter uma resposta concreta às nossas pautas e às demandas, para que a gente possa ter mais dignidade no nosso trabalho, para que a gente não siga adoecendo, para que a gente não tenha a morte em vida na condução dos nossos trabalhos, para que a gente tenha esperança para os filhos e filhas da classe trabalhadora, que buscam no ensino técnico e tecnológico e no ensino superior, um horizonte de vida. É para isso que a gente luta!", conclamou o presidente do ANDES-SN no final da reunião.

 

Em performance, docentes lembraram o papel de capacho da entidade cartorial

“Tiro no pé” confirmado

Às 19h23, o site do MGI noticiou a assinatura do acordo com a Proifes, entidade sem registro sindical, sem representatividade legal e legítima junto à categoria docente do magistério superior e do EBTT. Antes disso, às 18h56, o site da Folha de S. Paulo já havia divulgado a matéria “Sindicato assina acordo para dar fim à greve dos professores federais”.

O Comando Nacional de Greve do ANDES-SN está reunido para avaliar os próximos passos da mobilização. A greve continua!

 

Fonte: Andes-SN

Terça, 28 Maio 2024 09:43

 

 

         O Comando Local de Greve (CLG) da ADUFMAT/ANDES-SN esclarece que a Comissão de Ética (amparada nas deliberações do Comando), aprovou demandas relativas a eventos previamente agendados, como a colação de grau do período 2023/2, RESSALVADO o respeito às deliberações aprovadas pelo CLG do SINTUF (documento de 24/05/2024).

            Desta forma, o CLG/ADUFMAT/ANDES-SN desautoriza qualquer utilização das decisões do Comando, de forma distorcida, por parte da Administração Superior, com o intuito de indispor os movimentos paredistas, com a clara intenção de promover conflitos entre ambos (ADUFMAT e SINTUF), fragilizando-os; assim como fomentar desentendimento entre os movimentos e os estudantes.

            Reafirmamos, clara e categoricamente, que os docentes da UFMT não somente reconhecem a importância, força e legitimidade do movimento dos trabalhadores técnico-administrativos (TAEs), mas, compreendem que a unidade de ambas as categorias é imprescindível para a defesa da Universidade Pública, gratuita e de qualidade que defendemos.

            Àqueles que tentam nos dividir, respondemos com a unidade dos nossos movimentos!

                                                                           

 

CLG/ADUFMAT/ANDES-SN

27/05/2024

 

 

           

Terça, 28 Maio 2024 09:17

 

A partir de decisão do CLG, A Diretoria da Adufmat-Ssind, no uso de suas atribuições regimentais, convoca todos os sindicalizados para Assembleia Geral Ordinária PRESENCIAL a se realizar na seguinte data:

DIA: 29/05/2024 (quarta-feira)
Horário: 13h (segunda chamada às 13h30)

Pauta

1- Informes;
2- Eleição da delegação da ADUFMAT para o CONAD;
3- Emancipação dos Campi do Araguaia e de Sinop;
4- Avaliação Mesa de Negociações 27/05 e desdobramentos;
5- Agenda Interna da Greve na UFMT.

 

A Assembleia será presencial e ocorrerá simultaneamente no auditório da sede de Cuiabá e nos campi do Araguaia e SINOP.

 

 

Mato Grosso, 28 de maio de 2024
COMANDO DE GREVE DOCENTE DA UFMT 2024

Segunda, 27 Maio 2024 16:20

 

O governo federal impôs esta segunda-feira, 27 de maio, como data final para as negociações com as e os docentes federais em greve. O ultimato não foi aceito pela categoria, que está paralisada desde 15 de abril. 

Após consulta às bases, com resposta de 60 assembleias, a assinatura do termo de acordo proposto pelo governo foi rejeitada por 58 assembleias, sendo que 44 assembleias apontaram que o ANDES-SN deve apresentar uma contraproposta e 37 indicaram elementos para compor essa minuta.

A partir do retorno das bases, o Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN construiu uma minuta de acordo, para dar continuidade ao processo de negociação. O documento foi protocolado na manhã dessa segunda-feira (27), junto ao Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). Na tarde desta segunda-feira (27), representantes da diretoria e do CNG do ANDES-SN tentarão se reunir com o MGI para dar seguir com às negociações. Veja a atualização do quadro de instituiçoes em greve.

Em ato em frente ao MGI nesta segunda (27), docentes em greve aguardam serem recebidos/as para diálogo com representantes do governo

 

Confira os principais pontos da contraproposta:

Reajuste salarial 

- Rejeição de reajuste de 0% em 2024;
- Reajuste defendido: 3,69% em agosto de 2024 (índice acumulado do IPCA por 12 meses, até 04/2024); 9% em janeiro de 2025; 5,16%em maio de 2026;
- Aplicação de reajuste linear, sem alteração dos "steps".

Orçamento

- Recomposição orçamentária para as IFEs de no mínimo de R$ 2,5 bilhões, no ano de 2024;
- Recomposição para os valores de 2016, com a correção inflacionária;

Aposentadoria

- Garantia de paridade entre ativos/as e aposentados/as;
- Reposicionamento dos/as aposentados/as na posição relativa ao teto da carreira em que se encontravam no momento da aposentadoria;

Carreira

- Instituição da Mesa Permanente para Assuntos de Carreira;

“Revogaço”

- Temas sem impacto orçamentário;
- Alterar decreto 1590/1995 - modificando "magistério superior" para "magistério federal";
- Mudança da lei 12.772/2012 - para proporcionar que o novo ingresso na carreira não implique na retomada ao primeiro nível da carreira, mas a continuidade na posição de origem;
- Portaria 983/2020 - que impõe o ponto eletrônico e amplia a carga horária da carreira EBTT;
- IN 15/2022 - Estabelece restrições aos pedidos de adicional por insalubridade;
- IN 66/2022 - revogação da instrução normativa, com pagamento retroativo para aqueles e aquelas prejudicados/as em processos de progressão e promoção desde sua imposição;
- Revogar a IN 49/2023 - por representar ataque ao direito de greve.

O ANDES-SN seguirá também em luta pela revogação dos demais pontos já apresentados em pautas anteriores como a destituição de reitoras e reitores interventores, revogação do Novo Ensino Médio, da BNC-Formação, das contrarreformas da Previdência, do arcabouço fiscal e dos demais itens presentes nas pautas protocoladas em 02 de janeiro de 2023 e atualizada em 12 de abril de 2024.

Categoria cobra manutenção do processo de negociação e já apresentou contrapoposta elaborada após rodada de assembleias

 

Governo ameaça assinar acordo com entidade que não representa categoria

Na última reunião de negociação com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em 15 de maio, o Secretário de Relações de Trabalho, José Lopes Feijóo, anunciou que a proposta colocada, na ocasião, seria a última apresentada à bancada sindical. O representante do governo deu a entender que “assinaria com qualquer um”.

Na mesa de negociação com o governo federal, além das três entidades sindicais legítimas representativas de docentes, técnicos e técnicas – ANDES-SN, Sinasefe e Fasubra – participa também a entidade cartorial Proifes, que atua como braço sindical do governo no movimento docente. 

Após a reunião, outros dois e-mails foram encaminhados pelo MGI. A mensagem encaminhada em 22 de maio destacava que "restam duas opções: assinatura do termo de acordo com base na proposta aprovada em assembleias das categorias, ou encerramento do processo negocial, no caso de rejeição da proposta”. 

A postura autoritária e ameaçadora dos representantes do governo federal foi rechaçada pelas professoras e pelos professores em greve. E causou preocupação por apontar a possibilidade de assinatura do termo de acordo com uma entidade, sem registro, que não representa a categoria docente. Nas poucas instituições onde a Proifes tem base, até sexta-feira (25), cinco assembleias já haviam rejeitado a proposta do governo, e apenas uma aceitou.

Por isso, se o governo assinar um acordo nesta segunda-feira (27) com a Proifes, entidade sem representação legal e frágil politicamente, será um golpe contra o movimento paredista da educação federal

Em ato no MGI nesta segunda (27), docentes rechaçam possibilidade de assinatura de acordo com a Proifes, entidade sem registro e sem legitimidade

 

O que é a Proifes?

A articulação para a criação da Proifes começou em 2005, após a suspensão da carta sindical do ANDES-SN, em explícita retaliação do governo à posição de autonomia e independência do Sindicato Nacional e suas bases na luta contra a Reforma da Previdência, aprovada no ano anterior.

Em 2008, em uma assembleia realizada na sede da CUT-SP, foi criado o Proifes-Sindicato, o qual nunca conseguiu carta sindical. Tal assembleia foi marcada pela presença de seguranças, que proibiram professores e professoras de entrar no local para participar do debate e expressar seu descontentamento com a fundação de uma entidade que não representava a categoria. A maior parte dos votos registrados na assembleia foi não presencial, por procuração.

Após uma intensa luta política, a carta sindical do ANDES-SN foi recuperada em 2009. Devido a impossibilidade de conseguir a carta sindical enquanto sindicato nacional, a Proifes fez uma manobra e tentou o registro sindical como federação, mas até hoje não conseguiu o reconhecimento do Ministério do Trabalho e Emprego, para atuar como entidade sindical representativa de docentes federais. Mesmo assim, o governo assina acordos com essa entidade sem registro, desrespeitando as deliberações de ampla maioria da categoria docente, bases do Sinasefe e do ANDES-SN. 

No passado recente, a Proifes assinou os acordos responsáveis pela desestruturação de carreira docente, durante a greve de 2012, e pela proposta rebaixada de ajuste salarial, na greve de 2015, sem qualquer consulta às bases.

Gustavo Seferian, presidente do ANDES-SN, lembra que esta segunda-feira, 27 de maio, é uma data crucial para a greve federal docente

Proifes não representa docentes EBTT

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu definitivamente, em outubro de 2022, que acordos assinados entre a Proifes e o governo federal não possuem validade para docentes do Ensino Básico, Técnico, Tecnológico (EBTT). A ação foi movida pelo Sinasefe, entidade que divide a base das professoras e professores EBTT com o ANDES-SN.

Um ofício informando o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) sobre a referida decisão judicial foi enviado, diante da perspectiva de assinatura de acordo pela Proifes na segunda-feira (27). 

O ANDES-SN também tem tomado providências legais para assegurar que o mesmo impedimento em relação à Proifes aconteça para docentes federais do magistério superior, garantindo o respeito às decisões tomadas pelas assembleias de base.

Confira o conjunto de documentos elaborados pelo CNG do ANDES-SN, encaminhados no comunicado 47:

1) Texto de Conjuntura – “Greve Docente Federal: intensificar a nossa mobilização e exigir do governo a continuidade das negociações”
2)  Apresentação da contraproposta, sob forma de Minuta de Termo de Acordo, a ser protocolada pelo ANDES-SN no dia 27 de maio de 2024
3) Minuta do Termo de Acordo do ANDES-SN

Acesse também a agenda do CNG do ANDES-SN para a semana de 27 a 29 de maio

 

Fonte: Andes-SN

Segunda, 27 Maio 2024 15:58

 

O Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN reitera, em nota divulgada nessa quinta-feira (23), seu repúdio e questionamento jurídico quanto a permanência da Proifes, entidade cartorial burocrática sem registro sindical, na Mesa de Negociação das servidoras e servidores da Educação com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), por sua ilegitimidade de representação do conjunto da categoria docente federal.

Intitulada “Em defesa da democracia sindical e pela legitimidade na representação docente”, a nota destaca, entre outras legislações, a Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que, explicitamente, se coloca contrária à unicidade sindical e defende, assim como o Sindicato Nacional, a livre organização das trabalhadoras e dos trabalhadores.

“A crítica a esse sindicalismo de Estado e a essa legislação sindical brasileira foi e é a base histórica do ANDES-SN, e de inúmeros outros sindicatos, que romperam com décadas de apassivamento d(a)os trabalhador(a)es. Infelizmente, não conseguimos avançar na reestruturação da legislação ao longo das últimas décadas”, critica o CNG.

No documento, o CNG do ANDES-SN destaca a importância de denunciar as manobras da Proifes e ressalta que a entidade é uma organização patronal, vinculada ao atual governo federal. “Essa política servil que desarma a classe de sua capacidade de crítica e de organização, certamente, contribui muito para a fragilização da democracia e para paralisar uma reorganização do país que passe pela valorização da educação, da ciência e da cultura”, avalia.

Para o CNG do ANDES-SN, a luta não está focada e nem restrita ao campo jurídico, uma vez que a greve segue forte “em 59 instituições, está nas ruas, nas ações de diálogo e pressão junto ao Congresso Nacional, junto às reitorias, à Andifes, ao Conif e aos/às docentes de todo o Brasil, em atividades de greve e nas assembleias de base”, reforça.

Segundo o Comando de Greve, entretanto, é necessário buscar formas de impedir que a Proifes assine o acordo com o governo, para impedir que 2012 e 2015 se repitam e para “ecoar a voz de centenas de docentes, que estão comparecendo às assembleias presenciais das bases da entidade cartorial, para votar contra o acordo, e estão sendo impedidas pelas manobras burocráticas realizadas pelas suas direções, que colocam a decisão para uma votação online, sem nenhum controle de sua efetividade, esvaziando o legítimo espaço de troca, partilhas, opiniões distintas e construção coletiva, que são as assembleias presenciais”, expõe.

Confira a íntegra da nota

 

Fonte: Andes-SN