Segunda, 13 Maio 2024 17:31

 

Clique no documento anexo abaixo para ler o documento. 

Segunda, 13 Maio 2024 10:44

 

 

A Adufmat-Ssind vem a público manifestar seu repúdio à abordagem policial truculenta feita contra Pâmila Naiana, no dia 04/05/2024.

 

O Andes-Sindicato Nacional e a própria Adufmat-Ssind foram fundados no bojo da ditadura militar de 1964; lutaram e seguem lutando por democracia.

 

Manter o sistema de Segurança Pública e a polícia militarizados mostra os traços coloniais de autoritarismo mantidos. Uma elite que tritura seu povo enquanto é servil à elite internacional.

 

A conquista da democracia no Brasil passa, portanto, por deixar de servir aos interesses da burguesia internacional para superarmos seu braço repressivo: o aparato militar de um Estado a ela subordinado.

 

A abordagem feita contra a servidora técnica-administrativa, bem como a cotidiana truculência contra a população negra e indígena, nos faz compartilhar da compreensão de que a desmilitarização da Segurança Pública é um pressuposto para que as polícias garantam a segurança dos cidadãos brasileiros em vez de nos tratarem como inimigos. Por isso, ecoamos junto com as ruas: " Não acabou, tem que acabar. Eu quero o fim da polícia militar".

 

 

Cuiabá, 13 de maio de 2024

Diretoria da Adufmat-Ssind

Gestão Lutar e Mudar as Coisas nos Interessa Mais

Segunda, 13 Maio 2024 08:45

 

Mais uma vez, a pressão do movimento grevista da Educação Federal obrigou o governo a se movimentar. Como resultado do movimento paredista e dialogando com protesto organizado em frente ao Palácio do Planalto nesta sexta-feira (10), representantes do ANDES-SN, Fasubra e Sinasefe - as entidades representativas da categoria da educação que lutam por orçamento, recomposição salarial, carreira e aposentadoria – e dos Comandos Nacionais de Greve foram recebidos, pela manhã, por integrantes da Secretaria Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas da Presidência da República. 

 

 

A reunião foi chamada durante o ato “café da manhã - Lula, receba a educação federal”, realizado em frente à sede do Executivo Federal. A atividade fez parte da agenda de mobilização do CNG do ANDES-SN. O presidente do Sindicato Nacional, Gustavo Seferian, destacou que a greve da categoria docente é uma decisão da base e cobrou do governo o rompimento com uma política de sucateamento das instituições federais de ensino, a qual abre brecha para intensificar o processo de privatização da educação.

Márcia Umpiere, representante do CNG e da Associação de Professores da Universidade Federal do Rio Grande (Aprofurg Seção Sindical do ANDES-SN), destacou o descaso do governo que, mesmo tendo conhecimento das demandas e reivindicações da Educação Federal, não incluiu as categorias do setor no orçamento de 2024.

"A reunião hoje teve um caráter de acolhida, mas sem nenhum indicativo resolutivo mais efetivo. Pudemos, de forma enérgica, apontar a necessidade de uma resposta efetiva para os professores e professoras na mesa agendada para o dia 15, em que negociaremos questões relacionadas à remuneração e carreira; a indispensabilidade de convocação de mesa para negociar a carreira PCCTAE e a necessidade de que a mesa do dia 13, junto ao MEC, possa tratar de aspectos orçamentários, visando a recomposição remuneratória das IFEs”, explicou Seferian. 
 


Greve garante agenda de reuniões 

A pressão do movimento grevista conseguiu o agendamento de reuniões em dois dias da na próxima semana: segunda-feira (13) e quarta (15).  Para o dia 13, o governo convocou a Mesa Setorial Permanente de Negociação no âmbito do Ministério da Educação, na qual ocorrerão duas reuniões bilaterais: a Mesa Bilateral da Educação Superior e Mesa Bilateral da Educação Profissional e Tecnológica. De acordo com a convocação, nessas mesas serão tratadas as pautas apresentadas pela bancada sindical que não têm impacto orçamentário.

“Num primeiro momento, desrespeitosamente, o governo não considerou o ANDES-SN para a segunda bilateral sobre Educação Profissional e Tecnológica, da mesma forma, não considerou o Sinasefe para a Mesa de Educação Superior. Numa ação conjunta entre ANDES-SN, Sinasefe e Fasubra, as três entidades cobraram do governo a presença das entidades para ambos os espaços. Esse pleito foi acatado pelo governo e estaremos participando dos dois espaços com representação da diretoria e do CNG”, explicou comunicado enviado pelo Comando Nacional de Greve.

Segundo o CNG, apesar de se tratarem de reuniões bilaterais que vão encaminhar questões sem impactos orçamentários, será cobrada também do MEC a imediata negociação sobre a recomposição dos orçamentos para as Universidades, Institutos Federais e Cefets.
 
Diante da necessidade de ampliar a pressão junto ao governo no dia das reuniões (13), os comandos de greve do ANDES-SN, da Fasubra e do Sinasefe realizarão um ato-vigília em frente ao MEC, a partir das 10h. 

 

 

“Orientamos que nesse mesmo dia, em que a luta antirracista também estará em evidência, sejam organizados atos, vigílias, ações de panfletagem em frente às reitorias das Universidades, Institutos Federais e Cefets no sentido de pressionar as reitorias na disputa do orçamento necessário para nossas instituições e seu pleno funcionamento, conjuntamente com ações que avancem na pauta contra o racismo”, explica o CNG.

No dia 15, acontecerá a quinta reunião da Mesa Específica e Temporária do Magistério Federal, no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, a partir das 10h30. Nessa mesa, são tratadas as pautas negociais que tenham impacto orçamentário.

 

Fonte: Andes-SN

Segunda, 13 Maio 2024 08:37

 

Circular nº 190/2024

 

Brasília (DF), 10 de maio de 2024.

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e ao(à)s diretores do ANDES-SN.

 

Assunto: Convoca Reunião do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE)

 

Companheiro(a)s,

 

Nos dias 7 e 8 de junho de 2024 (sexta-feira e sábado), ocorrerá Reunião Conjunta do Grupo de Trabalho de Política de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS), do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE) e do Grupo de Trabalho de Política de Formação Sindical (GTPFS) para discutir as resoluções aprovadas no 42º Congresso do ANDES-SN, que deveriam ser cumpridas pelos três GTs, convocada pela Circular n.º 168/2024, de 30 de abril de 2024.

Na programação, que está prevista para iniciar às 16h do dia 7 de junho e terminar às 12:30 do dia 8 de junho, consta a realização de três painéis, a saber:

 

PROGRAMAÇÃO

07.06.2024 (SEXTA-FEIRA)

 

16h – Acolhimento e abertura dos trabalhos;

16h20 – A necessidade de política sindical para a luta antipunitivista e pelo desencarceramento em massa, basta de genocídio do povo negro e pobre!

18h – lanche;

18h30 – A construção e ações para a garantia do direito à educação para as pessoas com deficiências: basta de capacitismo nas Universidades, IFs e CEFETs!

 

08.06.2024 (SÁBADO)

 

09h – Diversas, mas não dispersas! A luta das mulheres ciganas, indígenas, negras e com deficiência nas Universidades, IFs e CEFETs.

Sendo assim, a Coordenação do GTPE aproveita para convocar reunião do Grupo de Trabalho de Política Educacional no dia 8 de junho, das 14h às 18h, com vistas à realização do Painel aprovado no 42º Congresso do ANDES-SN:

 

“7.1. Realizar um painel em reunião nacional do GTPE sobre as consequências pedagógicas do ensino à distância (EAD) na formação dos estudantes”.

 

 

Considerando, ainda, que aprovamos também a resolução: “7. Continuar a luta pela revogação da Portaria 2.117/2019, que autoriza as instituições de ensino superior (IES) a ampliar para até 40%, a carga horária de educação a distância (EAD), em cursos presenciais de graduação, avaliando suas consequências e mobilizando a base, denunciando a precarização das condições de ensino, reduzindo a categoria e desvalorizando o trabalho do docente”, a realização do painel deve incorporar as reflexões sobre essas questões.

 

Dessa forma, solicitamos a confirmação da presença para a reunião do GTPE no dia 8 de junho, das 14 às 18h, após a Reunião Conjunta dos GTs, pelo formulário: https://forms.gle/QhU6LkLZ4x2ZJ4ch8, até o dia 5 de junho de 2024.

 

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

 

 

Profa. Caroline de Araújo Lima

1ª Secretária

 

Sexta, 10 Maio 2024 17:29

 

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

ADUFMAT-SSIND - ANDES -SN.

Comissão de Avaliação para contratação de bolsista para contabilização de dados 

                                                                                       Cuiabá, 10 de maio de 2024.

Considerando o Edital e no cumprimento do ato de avaliação, segue.

a. Foram enviados e deferidos 6 (seis) Currículos Vitae de:

Seq

Nome do participante

1        

Angelo Miranda

2        

Ilias de Musis

3        

João Miguel de Aguiar Vicente Ferreira

4        

Juliana Ritter

5        

Lucas Guimarães Vieira

6        

Lucas Rodrigues Santos

b. Após Análise documental

Seq

Nome do participante

a

b

c

d

1        

Angelo Miranda

N

N

N

N

2        

Ilias de Musis

N

N

N

N

3        

João Miguel de Aguiar Vicente Ferreira

S

S

S

S

4        

Juliana Ritter

N

N

N

N

5        

Lucas Guimarães Vieira

S

S

S

S

6        

Lucas Rodrigues Santos

N

N

N

N

Documentação apresentada:

  1. Comprovação de matrícula
  2. Documentos Pessoais
  3. Comprovação de Cursos
  4. Comprovação de serviços

Desta forma, após análise documental dos participantes, foram classificados:

Seq

Nome do participante

1

João Miguel de Aguiar Vicente Ferreira

2

Lucas Guimarães Vieira

 

Sexta, 10 Maio 2024 16:46

 

O Buriti Nagô, grupo de maracatu de baque virado que nasceu na UFMT, completa 10 anos de existência e para celebrar e fortalecer o grupo estamos realizando uma feijoada solidária. Segue abaixo mais informações do evento, convidando todas as pessoas para celebrar nessa bonita festa! 

 

FEIJONAGÔ vem aí para comemorar 10 anos de muito batuque do grupo de maracatu Buriti Nagô._ 

Feijoada, batuque e uma gelada!

 

Programação cultural: 

Ahgave, Anjos da Lata, Buriti Nagô, Dj Smile, Karola Nunes, Pacha Ana e SambAngola.

 

R$15 - Entrada

R$25 - Feijoada (tradicional ou opção vegana)

R$35 - Combo: feijoada e entrada com desconto!

Compra pelo Sympla: https://bit.ly/feijonago

 

 11 de Maio

 12h às 19h

 Casa Cuiabana

 

Venha comemorar com a gente! 

Sexta, 10 Maio 2024 16:22

Clique no Arquivo Anexo abaixo para ler o documento. 

Sexta, 10 Maio 2024 16:14

 Foto de capa: Rovena Rosa/Agência Brasil

 

A evasão é um problema que atinge todas as etapas da vida escolar dos brasileiros, e não apenas o ensino superior, muito menos de forma especial a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Por isso, os dados utilizados pela Reitoria da instituição para justificar imposições e retiradas de direitos, apontando o atraso no calendário acadêmico como responsável pela desistência dos estudantes, não fazem o menor sentido.

 

Em reportagem publicada em maior do ano passado, a Agência Brasil, baseada em dados do Serviço Social da Indústria/Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial junto ao Instituto FSB Pesquisa, registrou que depois dos 16 anos, apenas 15% da população está em sala de aula. Vale destacar que, ainda de acordo com a pesquisa, reduzindo o recorte para aqueles que estão em idade escolar (entre zero e 18 anos), esse percentual aumenta para 53%, isto é, mais da metade daqueles que deveriam estar estudando, estão, no entanto, outros 47%, não estão.

 

Segundo o texto de Luiz Cláudio Ferreira, das pessoas que não estudam, 57% disseram que abandonaram as salas de aula porque não tinham condições e a necessidade de trabalhar foi o principal motivo para interrupção dos estudos para 47% dos entrevistados. Leia aqui o texto intitulado “Pesquisa mostra por que brasileiros deixam a escola”.  

 

Outra pesquisa, agora da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) para o Unesco, revela que mesmo entre as crianças e adolescentes, quase a metade (48%) justifica o afastamento da escola porque precisa trabalhar fora.

 

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016-2023 (Pnad Contínua), apontam 8,8 milhões de brasileiros, entre 18 a 29 anos, que não terminaram o ensino médio e não frequentam nenhuma instituição de educação básica. Considerando todas as faixas etárias, 68 milhões de brasileiros não completaram a educação básica, isto é, as etapas de ensino infantil, fundamental e médio, obrigatórias no Brasil. Esse número representa 31,6% de toda a população brasileira.

 

O Censo Escolar 2023, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), mostra que o percentual de evasão escolar ainda está na casa dos 3% no ensino fundamental - sendo os maiores índices entre indígenas (7,3%) e residentes em área rural (5,2%) - e 5,9% no ensino médio (veja aqui).

 

Se a evasão escolar nas etapas escolares obrigatórias ainda é um imenso desafio, no ensino superior, etapa importante, mas não obrigatória, as dificuldades são ainda maiores, assim como a desistência.  

 

Como estudar, se é preciso trabalhar?

 

 

Outro noticiário brasileiro destacou, no ano passado, que quase 80% dos jovens com idade entre 18 a 24 anos não estavam na faculdade em 2022. Cerca de 32,3% deles sequer havia concluído o ensino médio. Enquanto isso, o Censo do Ensino Superior apontava a existência de 23 milhões de vagas em 2022, das quais apenas 4,7 milhões estavam ocupadas. 

 

A matéria do Jornal Nacional afirmava, ainda, que este não é um problema apenas das universidades públicas, mas também das privadas, onde mais de 80% das vagas estavam ociosas, enquanto nas universidades públicas o percentual foi de quase 40%. “Nem o curso de Medicina tem preenchido todas as vagas na rede pública”, observou o entrevistado, Carlos Moreno, porta-voz do Inep na época (Leia aqui).

 

Essa é uma realidade observada dentro da UFMT. Nos últimos anos, as vagas oferecidas para transferências facultativas entre cursos contemplam todos os cursos, inclusive os historicamente mais disputados: Direito e Medicina.  

 

O Censo do Ensino 2022 registrou ainda outro fenômeno bastante observável: o aumento do Ensino à Distância. Naquele ano, 72% dos novos estudantes do ensino superior escolheram esta modalidade, na qual os horários das aulas podem ser flexibilizados. No entanto, a qualidade do acompanhamento do ensino ainda é, no mínimo, um desafio para qualquer instituição. O mesmo estudo apontou que nas instituições particulares, a média de professores no ensino à distância é de um para mais de 170 alunos, enquanto nas públicas a média é de 34 alunos por professor.

 

Reforma Trabalhista e uberização aprofundaram os problemas

 

 

A precarização do trabalho formal e a uberização é claramente, um dos principais motivos da evasão escolar no ensino superior nos dias atuais. Os relatos na UFMT são diversos, tanto de professores quanto dos próprios estudantes.

 

Um desses relatos, no entanto, se destacou entre os demais, por explicitar as contradições do que estamos vivenciando. O professor do curso de Matemática, Aldi Nestor de Souza, faz questão de aproximar sua disciplina do cotidiano dos estudantes. Ao informar que daria, na semana seguinte, uma aula sobre a matemática do GPS (sigla em inglês de Sistema de Posicionamento Global), ferramenta muito utilizada para orientação de descolamento no trânsito, ouviu de um estudante que ele não iria à aula porque estaria trabalhando fazendo entregas.

  

“O aluno faltou à aula em que eu falaria da Matemática do GPS porque trabalhava como entregador por aplicativo, estava precisando de dinheiro mais do que o normal e, no dia especificamente da aula, teve que faltar. Essa é a história”, afirmou o docente.

 

A pandemia agravou, sim, a evasão escolar, mas como o principal motivo deste problema é econômico, a (Contra)Reforma Trabalhista, aprovada durante o Governo Temer, em 2017, prestes a completar 10 anos, deve ser considerada como uma das principais causadoras do aprofundamento da evasão.

              

Segundo matéria publicada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), 80% dos jovens afetados pela reforma trabalhista estão trabalhando mais e ganhando menos, sem direitos. A informação é do Instituto IDados, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE). No total, 77,4% dos trabalhadores brasileiros de até 24 anos estão em trabalhos precarizados, ou seja, empregos, temporários, intermitentes, ou mesmo sem registro carteira, sem direitos e com baixos salários.

 

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) registra o crescimento dos contratos precarizados desde a aprovação da Reforma. Das vagas de emprego com carteira assinada criadas no Brasil em 2023, 5,86% foram de trabalho intermitente - aquele em que o empregado não tem uma jornada estabelecida a cumprir. Assim, o “contratado” trabalha apenas quando é convocado e cumpre as horas conforme as necessidades da empresa; da mesma forma, recebe um pagamento proporcional às horas trabalhadas e, caso não seja convocado, não terá nada a receber.

 

O reflexo da Reforma Trabalhista é igualmente sentido no ensino superior, tanto público quanto privado. O Mapa do Ensino Superior no Brasil (Semesp - que representa as entidades de ensino superior privado) revelou os efeitos da Reforma Trabalhista já nos quatro primeiros anos de sua aprovação: dentre os estudantes que entraram na faculdade em 2017 e deveriam sair em 2021, menos de 30% concluíram seus cursos.

 

Nos cursos presenciais, a taxa de evasão no ensino superior teve uma alta em 2020, primeiro ano da pandemia, e caiu um pouco em 2021, o que demonstra que a pandemia influiu sobre o processo de evasão, mas não foi a única causa. No ensino à distância, a Semesp identifica um aumento mesmo depois do período mais difícil da pandemia.

 

Também o estudo da Semesp conclui que o principal motivo para a desistência dos estudantes é econômico.

 

Greve: uma forte ferramenta para diminuir a evasão

 

 

Analisando o tema da evasão escolar, o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB – que reúne reitores de instituições públicas e privadas) afirmou em matéria publicada em seu site oficial: “Nas Instituições Ensino Superior (IES) públicas, a taxa [de evasão] permaneceu constante entre 2017 e 2019 (16,5%), sofreu uma elevação significativa em 2020 (21,8%), quando teve início a pandemia, mas apresentou uma queda importante no ano seguinte (9,4%), mostrando que, depois do impacto inicial, a atuação das IES públicas foi eficiente para conter os danos da pandemia sobre a permanência estudantil, provavelmente por terem oferecido condições um pouco mais adequadas de acolhimento dos estudantes, apoio e manutenção dos professores e à continuidade dos estudos”.

 

Mesmo assim, já em 2024, a Semesp identifica uma evasão nas públicas que se aproxima dos 40%.

 

No entanto, este é um ponto chave: até mesmo os administradores de instituições privadas reconhecem que as políticas de assistência e permanência estudantil são essenciais, em todos os momentos, para incentivar a entrada dos estudantes nas universidades e a conclusão dos cursos. Essa é uma demanda histórica dos docentes federais, em greve desde o mês abril deste ano, após mais de um ano tentando avançar nas negociações com o Governo Federal. Negar que a principal causa da evasão escolar em todo o Brasil é econômica, e esvaziar o debate central, buscando outras justificativas para remediar o problema, é prorrogar o sofrimento dos estudantes e trabalhar pela manutenção do esvaziamento da universidade.

 

A pauta docente reúne, sim, reivindicações salariais e de carreira, defasadas há anos. No entanto, a mobilização diz respeito, sobretudo, a questões que envolvem a sobrevivência da universidade, que perdeu quase 50% dos recursos destinados à sua manutenção nos últimos 10 anos. A recomposição do Orçamento, que permitirá a ampliação do número de bolsas, bem como a revogação da Emenda Constitucional 95, que reduz sistematicamente o investimento nos serviços públicos mais essenciais para a população, estão na pauta, e só serão conquistadas a partir de uma greve unificada, forte e verdadeiramente histórica.  

 

Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind

Sexta, 10 Maio 2024 13:41

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Juacy da Silva*

Recebi um convite de uma Jornalista do Rio de Janeiro, que tem um canal de web TV - no youtube para uma entrevista/LIVE, compartilho com voces o convite: “Olá, prof. Juacy. Está se aproximando a semana Laudato Si, proposta pelo Movimento Laudato Si que reúne católicos do mundo inteiro. Por isso, o tema da gravação que gostaria de fazer com você é "Laudato Si e as tragédias socioambientais. Podemos gravar em algum dia por volta das 18h. Sugiro sexta, dia 17”.

Ja aceitei e estou coletando informações para me preparar adequadamente para a Entrevista, estou com a ideia de escrever um artigo com o mesmo título, para ser publicado também.

Dia 24 de Maio, sexta feira, será o DIA da publicação da Laudato Si, feita em 2015, ou seja, estaremos celebrando nove anos da existencia desta importante e revolucionária Encíclica, quem sabe poderiamos solicitar que a missa das 18:30h na Catedral Senhor Bom Jesus de Cuiabá tenha algo especial relativo a esta data? O que vocês acham?

Além deste dia, na verdade o Movimento Mundial Laudato Si, estará celebrando, entre 19 e 26 de Maio próximos, a SEMANA LAUDATO SI, com um tema/assunto cada dia, conforme consta: Dia 19/05 – Dia de Pentecostes, tema: Conversão ecológica; 20/05 – Transporte sustentável; 21/05 – Alimentação e sustentabilidade; 22/05 – Energia sustentável; 23/05 – Lixo, resíduos sólidos; 24/05 – Questão da água; 25/05 – Catequese e ecologia integral e, no último dia , 26/05 – Por um melhor cuidado com a Casa Comum.

Poderiamos também sugerir ao Pe. Deusdedit, nosso Oreintador Espiritual e Vigário Geral e Dom Mário, nosso Arcebispo, que tem apoiado de forma decisiva a caminhada da Pastoral da Ecologia integral da Arquidiocese de Cuiabá, para que seja feita uma recomendação aos párocos, padres, vigários, religosos, religiosas, escolas católicas que, cada qual em seu "quadrado" (como dizem os jovens) faça algo especial, pelo menos uma referência à Laudato Si.

Se a humanidade, as pessoas, a população em geral, os governantes em todos os níveis e dimensões, o empresariado não despertarem para a gravidade do que está acontecendo com o Planeta, com toda a certeza vamos ver, conviver e viver com uma freequência muito maior, com desastres como o que já ocorreram nesses últimos 12 ou 24 meses com queimadas, secas, ondas de calor e chuvas torrenciais e inundações terríveis.

A natureza está em fúria  quanto à forma como a humanidade a está tratando, ignorando seus limites. Estamos “matando a galinha dos ovos de ouro”, e diante disso precisamos mudar os paradigmas que regem os sistemas econômicos que praticam uma verdadeira rapinagem contra os biomas e ecossistemas.

Creio que todas as Dioceses do Regional Oeste 2 (CNBB/RO2) também poderiam dar um destaque nesta data e Semana Laudato Si, antecipando o esforço que será feito pela CF/2025 cujo tema será “FRATERNIDADE E ECOLOGIA INTEGRAL”.

Diante de tantas calamidades, desastres e tragédias ecológicas/socioambientais que estão acontecendo com mais frequência, com maior intensidade, maior número de vítimas e maiores perdas econômicas e sociais, a Igreja tanto sua estrutura eclesiástica quanto seus fiéis, não podem ficar alheia e alheios em sua missão no que concerne à MOBILIZAÇÃO PROFÉTICA, em defesa da Casa Comum, da Mãe Terra.

Esta é a exortação que faz o Papa Francisco quando diz/escreve “O clima é um bem comum de todos para todos... Há um consenso científico, muito consistente, indicando que estamos  perante um preocupante aquecimento do sistema climático... A humanidade é chamada a tomar consciência da necessidade de mudanças de estilos de vida, de produção e de consumo, para combater este aquecimento ou, pelo menos, as causas humanas que o produzem ou acentuam...e suas consequências”. Laudato Si, 23.

Há menos de um ano, por ocasião da 28ª COP, a mensagem do Papa Francisco àquela Conferência do Clima, revestiu-se, novamente, de um alerta e também uma exortação quanto à gravidade deste processo de degradação planetária.

“É possível verificar que certas mudanças climáticas, induzidas pelo homem, aumentam significativa a probabilidade de fenômenos extremos mais frequentes e mais intensos. Isso porque, sempre que a temperatura global aumenta em 0,5 grau centígrado, sabe-se que aumentam também a intensidade e a frequência de fortes temporais e inundações em algumas áreas, de graves secas em outras, de calor extremo em algumas regiões, e, ainda fortes nevascas em outras” Laudate Deum, 5 (04/10/2023).

Só assim podemos entender o “recado” da natureza, da mãe terra como resposta aos danos que a mesma tem sofrido. É neste contexto que precisamos refletir sobre esta calamidade, que não será nem a maior, nem a pior, que está acontecendo no Rio Grande do Sul e tanta comoção tem causado na opinião pública e sofrimento para nossos irmãos e irmãs daquele estado.

Muitos outros desastres e muitas outras calamidades ecológicas ou socioambientais deverão ocorrer nos próximos anos, este será o “novo normal” em que viveremos, a menos que novos paradígmas substituam os atuais paradigmas da ganância, do consumismo, do desperdício, da busca do lucro a qualquer preço, da economia da morte, continuarem a balizar nossas relações humanas/sociais e também nossas relações com a natureza!

Se não cuidarmos da natureza, se não zelarmos pela nossa Casa Comum, pagaremos um preço muito elevado para apenas mitigar os efeitos desta destruição do planeta e tanto sofrimento humano que estamos assistindo no momento!

*Juacy da Silva, professor fundador, titular e aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso, sociólogo, mestre em sociologia, ambientalista, articulador (voluntário) da Pastoral da Ecologia Integral. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Instagram @profjuacy

Sexta, 10 Maio 2024 09:51

 

A Adufmat-Ssind convida a categoria e toda a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para a Live "É Greve porque é grave: as razões da greve docente", que será realizada na próxima segunda-feira, 13/05, às 9h, horário de Cuiabá (10h em Brasília).

As convidadas para o debate, que será transmitido pelas redes do sindicato, mas também presencial, na sede, em Cuiabá, são a 1º Teroureira do Andes-Sindicato Nacional e professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Jennifer Webb, e a servidora técnica-administrativa da UFMT, Leia de Oliveira. 

O link para acesso direito à Live no facebook é: https://www.facebook.com/adufmat 
O link para acesso direito à Live no Youtube é: https://www.youtube.com/@adufmat/streams