Comunicação

Uma greve de resistência

Mais uma atividade de greve na Universidade Federal de Mato Grosso foi realizada nesta quinta-feira (18/06). O Prof. Dr. Amauri Fragoso, da Universidade Federal da Paraíba – Campina Grande e tesoureiro do Andes - SN, desenvolveu um excelente debate, contextualizando a carreira docente no cenário político-econômico brasileiro dos últimos anos.     

Com o tema “Repercussões conceituais e financeiras sobre a Carreira docente”, o professor demonstrou, inclusive com dados estatísticos, que os docentes têm perdido muito com as últimas alterações da carreira e defendeu a greve. “Essa greve é, antes de tudo, de resistência. Se não sairmos dela com ganhos, pelo menos poderemos dizer que houve resistência com relação à perda de direitos já conquistados”, afirmou.   

Para o professor, o projeto de carreira aprovado entre 2012 e 2013 traz uma série de distorções e anomias, que prejudicam todos os trabalhadores da carreira, dos que estão iniciando até os que já se aposentaram. “Não há lógica na nossa carreira”, disse, enquanto refletia sobre as progressões, cargos e níveis.

Diante disso, as projeções para o futuro da carreira não foram boas, considerando, inclusive, a contratação de docentes por meio de Organizações Sociais.   

Em contrapartida, Fragoso apresentou a proposta de carreira do Andes-SN, que inclui salário estabelecido a partir de cálculos do DIEESE e o período de 24 anos para chegar ao topo da carreira.   

Luana Soutos

Assessoria de Imprensa do Comando Local de Greve

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