Sexta, 19 Maio 2023 13:58

 

 

A Diretoria da Adufmat-Ssind, no uso de suas atribuições regimentais, convoca todos os sindicalizados para Assembleia Geral Ordinária PRESENCIAL a se realizar:

Data: 23 de maio de 2023 (terça-feira)

Horário: às 13h30 (Cuiabá) com a presença mínima de 10% dos sindicalizados e às 14h, em segunda chamada, com os presentes.

 


Pontos de Pauta:

 

1. Informes;

2. Análise de conjuntura;

3. Processo dos 28,86%;

4. Edital para eleições da Adufmat-SSind. 2023;

5. 66º CONAD;

6. Matéria do Jornal da ADUFMAT-SSind. sobre o Agronegócio.

 

A Assembleia será presencial e ocorrerá simultaneamente no auditório da sede de Cuiabá e nos campi do Araguaia e SINOP.

 

 

Cuiabá, 19 de maio de 2023.

Gestão Colegiada Dom Pedro Casaldáliga

Quinta, 18 Maio 2023 16:04

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.
 
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Por Juacy da Silva* e Aline Grasielli Monçale**


 

Há bastante tempo, não apenas em Mato Grosso, no Pantanal ou na Baixada Cuiabana, mas também no Brasil inteiro, existe uma “luta surda” entre grandes grupos econômicos que, para saciarem seus apetites por um lucro fácil e imediato, não medem esforços para transformarem bens coletivos e de uso comum, como as florestas, os minérios, a água, enfim, recursos naturais que devem estar a serviço da coletividade, em mercadorias que possam ser apropriadas sem se importarem, sequer, com os danos ambientais que tais formas de apropriação privada provocam, impondo um passivo ambiental, não apenas às atuais gerações quanto, e principalmente, às gerações futuras.


Esta é uma verdadeira guerra, em que diversas batalhas tem sido e continuam sendo travadas em muitas dimensões ou, no que na linguagem da estratégia militar são denominadas, “teatros de operações”.


As principais instâncias em que essas batalhas estão sendo travadas estão localizadas nos tribunais (Poder Judiciário), nos poderes Executivo e Legislativo e também em organismos do poder executivo, principalmente naqueles que estão relacionados com o Meio Ambiente, na mídia, onde cada lado tenta ocupar seus espaços, divulgando suas “narrativas” e tentando justificar suas posturas e ações e, também, junto ao imaginário coletivo, que chamamos de opinião pública, além, é claro, junto às diversas organizações de representação da sociedade civil, como movimentos sindicais, comunitários, igrejas, clubes de serviços, escolas etc.


Cabe ressaltar também a importância do conhecimento e do papel das instituições de pesquisas, os Institutos e as Universidades, entidades prioritárias em oferecer conhecimentos atualizados quanto aos impactos e danos que, por exemplo, a construção de barragens nos diversos rios de Mato Grosso, da mesma forma que em outros estados, podem causar tanto para a preservação da biodiversidade, quanto às atividades econômicas e, principalmente, sobre o direito que as pessoas tem quanto ao uso da água, seja para abastecimento humano, industrial, animal e agropecuário.


Todavia, neste contexto, precisa haver um equilíbrio para que esses interesses de grandes grupos econômicos não prevaleçam em detrimento dos demais interesses, principalmente os interesses da população em geral.


É importante também atentar ao que estabelece a nossa Constituição Federal em seu artigo 225: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preserva-lo para as presentes e futuras gerações.


§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
.... IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.”
 
Outro aspecto a ser destacado é o fato de que a ONU reconhece a água como um direito fundamental das pessoas e que a privatização deste precioso líquido, como ocorre quando grupos econômicos tentam se apropriar dos rios em uma região, afeta o direito das diversas comunidades e aglomerados, tanto rurais quanto urbanos.


No caso do Rio Cuiabá e seus afluentes (Bacia do Rio Cuiabá), o mesmo é parte da identidade natural, cultural, econômica e social de uma região cujo povoamento é o mais antigo deste estado e também do Centro Oeste.


Ao longo de décadas o Rio Cuiabá, da mesma forma que rios de vários outros estados serviram e ou ainda servem, como no caso dos rios da região amazônica, como vias de navegação, verdadeiras estradas fluviais, ligando populações e povoados que vivem ainda de forma isolada.


Existe uma verdadeira investida por parte de alguns grupos econômicos tentando construir ou já construindo mais de uma centena de barragens nos diversos rios de Mato Grosso, a maioria dos quais fazem parte da Bacia do Alto Paraguai e são importantes e fundamentais para garantir o regime das águas que formam a maior planície alagado/alagável do mundo, que é o PANTANAL, considerado pela UNESCO como patrimônio natural da humanidade, pela sua exuberância, beleza e riqueza de sua biodiversidade (fauna e flora), e o Rio Cuiabá e seus afluentes são fundamentais para este equilíbrio ambiental/ecológico.


Um desses grupos econômicos está tentando, há alguns anos, construir seis barragens no Rio Cuiabá, em um trecho de 190km, entre o município de Cuiabá até as cabeceiras do mesmo.


Para contrapor-se a esta tentativa de privatizar o Rio Cuiabá e a água neste trecho, cujos impactos econômicos, ambientais, sociais e culturais serão extremamente danosos, podendo causar a destruição da quase totalidade da biodiversidade do Pantanal, ferindo de morte a vida de pescadores, ribeirinhos e pequenos agricultores, afetando significativamente o abastecimento da população de todas as cidades da Baixada Cuiabana e diversos outros impactos extremamente negativos , conforme estudos da ANA – Agência Nacional da Água; da EMBRAPA Pantanal, da Fundação Eliseu Alves, da Universidade Federal de Mato Grosso e de diversas outras instituições de pesquisa, o Deputado Estadual Wilson Santos apresentou um Projeto de Lei na Assembleia Legislativa, para impedir a construção dessas barragens e que foi aprovado por ampla maioria dos deputados.


O referido projeto, sob o argumento de que seria inconstitucional, foi  VETADO pelo Governador do Estado e, posteriormente, graças a mobilização e pressão popular este veto foi rejeitado (como se diz popularmente, foi derrubado) pelos deputados por 21 x 4 votos e, posteriormente, sancionado pelo próprio governador que o havia vetado anteriormente.


Como acontece em todas as guerras, o referido grupo, sob o manto da CNI e de uma outra Associação econômica, ligada à área da energia elétrica, entrou com uma ação no STF arguindo a Constitucionalidade da referida Lei, sob o argumento de que cabe exclusivamente à União legislar sobre água e a exploração de outros recursos naturais.


Por mais que o relator da citada Ação no STF, Ministro Fachim, tenha elaborado um brilhante e extensivo parecer, negando “provimento” à ação proposta, dizendo, inclusive que o Estado (no caso Mato Grosso e, cremos nós, os demais estados) tem, não apenas o direito, mas também o dever de zelar pelos recursos naturais e meio ambiente que estão em seu território, com “competência concorrente com a União”, no que foi seguido pela presidente do STF Ministra Rosa Weber.
 
Todavia, oito outros ministros, votaram pela inconstitucionalidade da Lei Estadual que proíbe a construção de seis barragens no Rio Cuiabá e que garantiria que este lendário Rio e o Pantanal continuassem vivos.


Inúmeras pessoas, professores, cientistas, pesquisadores e parlamentares não se cansam de dizer que o STF não julgou o mérito da pretensão desses grupos econômicos, que teimam em privatizar os rios e as águas em nosso Estado e que a voz da ciência e a análise dos impactos negativos da construção dessas barragens cabe exclusivamente à SEMA – Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso, o que acabou acontecendo há poucos dias.


Por determinação da Presidência da SEMA foi constituído um Grupo de Trabalho, com profissionais de alto nível, doutores e pós doutores, de diversas instituições, com saberes multidisciplinares, necessários para tais pareceres, para que pudessem analisar, no mérito, os impactos que tais barragens poderiam causar ao meio ambiente, a economia, a cultura e a população que vive nesta região, caso as mesmas viessem a ser construídas.


Em meio ao clima quente, das polêmicas que a decisão do STF estava causando na população, no Parlamento estadual e na opinião pública, inclusive nos meios de comunicação há poucos dias, depois da análise da solicitação de licença ambiental por parte do Grupo econômico interessado em construir as seis barragens, privatizando o Rio Cuiabá no trecho antes mencionado, este grupo de trabalho da SEMA negou o pedido, ou seja, não concedeu a licença ambiental para que seis barragens possam ser construídas no mesmo.


Se por um lado a decisão do STF foi uma derrota para os defensores do Rio Cuiabá e do Pantanal, por outro lado, a decisão do Grupo de trabalho e da SEMA, negando a licença ambiental, foi uma IMPORTANTE VITÓRIA para a BAIXADA CUIABANA, para a Bacia do Rio Cuiabá e para o nosso PANTANAL.

Mas, como em todas as guerras, não podemos “baixar as armas”, pois, talvez ou com certeza, o inimigo (ou seja, grupos econômicos que querem destruir o meio ambiente) vai “voltar à carga” e poderá abrir novas frentes de batalha.


Isto significa que precisamos estar bem alertas ou como se diz, “não podemos dormir de touca”, um simples cochilo pode representar novas derrotas para os guardiões da Baixada Cuiabana, do Rio Cuiabá e do Pantanal.


Precisamos, mais do que nunca, juntar nossas forças para alavancar projetos e recursos para um grande programa de desenvolvimento econômico, social e cultural para a Baixada Cuiabana, promovendo um maior dinamismo para esta região que representa o berço histórico e cultural da ocupação e do desenvolvimento de Mato Grosso, onde vivem e sobrevivem mais de 30% da população do Estado.


A Baixada Cuiabana tem muitos problemas e desafios, principalmente nos aspectos ambientais, econômicos e sociais, bolsões de pobreza e miséria ao lado da opulência e da riqueza; mas tem também, ao lado do PANTANAL, grandes potencialidades em todas as áreas, principalmente como destino turístico, centro de prestação de serviços de excelência nas áreas da saúde, da educação, da gestão pública, é um grande centro comercial, de abastecimento e de prestação de serviços para todo o Estado razões mais do que suficientes para acreditarmos que a Baixada Cuiabana tem um grande futuro, pois aqui também estão as instâncias dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário deste grande e promissor estado que é Mato Grosso, que tanto se orgulha de ser o “celeiro do Brasil e do Mundo”.


O Rio Cuiabá e suas águas pertencem ao povo desta região e não podem ser privatizados, jamais. Cabe a nós defender o nosso Rio e o Pantanal, por isso não podemos nos omitir neste momento! O dia em que o Rio Cuiabá e outros rios de Mato Grosso morrerem, o Pantanal  também irá morrer! Pense nisso e fique esperto/esperta.

*Juacy da Silva, professor titular, aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso, sociólogo, mestre em sociologia, ambientalista, articulador da PEI Pastoral da Ecologia Integral Região Centro Oeste. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Instagram @profjuacy


**Aline Grasielli Monçale é médica Dermatologista SBD, Mestre em Saúde Coletiva UFMT, Miss Beleza Baixada Cuiabana/MT, comunicadora, palestrante e fundadora do projeto social Dermatroller. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.  Instagram @alinemoncale_dermato 

Quarta, 17 Maio 2023 14:09

 

 

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Espaço Aberto é um canal disponibilizado pelo sindicato
para que os docentes manifestem suas posições pessoais, por meio de artigos de opinião.
Os textos publicados nessa seção, portanto, não são análises da Adufmat-Ssind.

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Por Juacy da Silva* e Aline Grasielli Monçale**


O Dia Internacional da Reciclagem surgiu por iniciativa da UNESCO em 2009 e definiu que o mesmo deveria ser comemorado/celebrado anualmente em 17 de Maio.

“ `As próximas gerações poderíamos deixar demasiadas ruinas, desertos e lixo. O ritmo do consumo, desperdício e alteração do meio ambiente superou de tal maneira as possibilidades do planeta, que o estilo de vida atual – por ser insustentável – só pode desembocar em catástrofes”; “A cultura consumista, que dá prioridade ao curto prazo e aos interesses privados, pode favorecer análises demasiadas rápidas ou consentir a ocultação de informações”; “Dado que o mercado tende a criar um mecanismo consumista compulsivo para vender os seus produtos, as pessoas acabam por ser arrastadas pelo turbilhão de compras e gastos supérfluos. O consumismo obsessivo é o reflexo subjetivo do paradigma tecnocrático”. Papa Francisco, Encíclica Laudato Si, 161,184 e 202.

Tanto a ONU, através de suas Agências Especializadas, como a OMS – Organização Mundial da Saúde, a UNESCO – Organização responsável pela educação, a cultura e o desenvolvimento Científico; a UNICEF – Agência dedicada aos cuidados com as crianças e adolescentes, a FAO – organização voltada para a Agricultura, nutrição e segurança alimentar ou a UNEP – braço da ONU voltada para as questões da ecologia, meio ambiente e tantas outras agências; bem como os países (Estados Nacionais, estados federados ou municípios), ou até mesmo Entidades da Sociedade Civil Organizada, costumam criar dias especiais para que sejam momentos celebrativos ou datas para despertar a consciência individual e coletiva quanto `a importância de pensarmos mais criticamente sobre aspectos de nossa realidade local, nacional, internacional ou planetária.

Tendo em vista que a partir de meados do século 18, em torno de 1750, alguns países europeus, com destaque para a Inglaterra e a França, depois seguidos por Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda e também logo a seguir o mesmo aconteceu nos Estados Unidos, no Japão e outros mais que promoveram uma mudança radical de paradigmas em seus sistemas produtivos, com o advento da máquina a vapor, a energia elétrica e a industrialização em larga escala, processo este que se prolongou até aproximadamente 1.850. Esta fase da história econômica, política e social passou a ser denominada de primeira revolução industrial.

Este processo de industrialização provocou algumas mudanças significativas, tais como, demográficas, culturais, políticas, econômicas e nas relações sociais, além de promoverem ou estimularem uma rápida concentração de renda, riqueza e poder nas mãos de uma “nova classe social”, denominada como capitalistas ou burguesia.

Outro aspecto relacionado com esta primeira revolução industrial foi a expansão colonialista, onde os países europeus em maior grau e os Estados Unidos em menor grau, pressionados pela necessidade de matérias primas para alimentar a indústria nascente e que se consolidava, promoveram uma verdadeira rapinagem colonialista e imperialista, principalmente na África, na Ásia e na América Latina, deixando um rastro de degradação ambiental e conflitos internos nessas regiões.

Outro aspecto relacionado com esta primeira revolução industrial foram as migrações tanto internas, o êxodo rural intenso, quanto entre países, disto resultando também o crescimento acelerado do processo de urbanização, a eclosão de grandes conflitos sociais relacionados com o fator trabalho, o surgimento de grandes massas de desempregados nas cidades, agravadas por conflitos ideológicos, na esteira do surgimento dos movimentos sindicais, políticos e ideológicos.

Também não podemos esquecer que, graças a evolução da ciência e da tecnologia, apesar das precárias condições de vida nas cidades, houve também uma verdadeira revolução demográfica, com a redução significativa dos índices de mortalidade infantil e em geral de um lado e o aumento dos índices de fertilidade/natalidade de outro, disto resultando uma verdadeira explosão populacional, cujos efeitos permanecem até na atualidade.

De forma semelhante, tendo em vista a lógica da acumulação capitalista que exige o aumento da demanda, para fomentar o aumento da produção e, como consequência aumentar o lucro dos donos dos meios de produção (os capitalistas ou barões do sistema produtivo rural), era preciso “distribuir” um pouco a renda, para que as grandes massas pudessem consumir mais e mais os bens e produtos, um pouco acima da mera subsistência, no bojo do qual ocorreu também a libertação dos escravos por pressões econômicas deste processo de industrialização e modernização e, assim, girar a roda da economia, mesmo que neste processo também grandes massas de pobres, miseráveis e famintos pudessem acabar ficando `a margem deste processo, mas que, por ironia “do destino”, iriam alimentar o “exército” de desempregados, subempregados ou totalmente excluídos.

Assim, o crescimento populacional, aliado ao crescimento urbano e ao aumento da renda e dos consumidores, o resultado não poderia ser outro a não ser a geração de mais e mais resíduos sólidos/lixo, que por sua vez geram gases de efeito estufa que provocam o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Fruto deste processo de aumento constante tanto da produção de resíduos sólidos/lixo per capita ou no total produzido pelos diferentes países, surgiu, tem aumentado e continua até os dias de hoje, um grande desafio para o mundo todo, em todos os países, sem exceção, ou seja, como vamos “lidar” com o problema gravíssimo dos resíduos sólidos/lixo?

Este aumento acelerado da produção/geração dos resíduos sólidos/lixo, já que é fruto do consumismo, do desperdício e da falta de políticas públicas que possam equacionar tal desafio/problema, tem contribuído sobremaneira para a degradação de todos os biomas e ecossistemas ao redor do mundo, afetando e até destruindo/matando os cursos d’água, tanto as bacias hidrográficas, quanto os rios, os lagos, lagoas e até mesmo os mares e oceanos.

O planeta terra, os mares, os cursos d’água e imensas áreas urbanas estão se transformando em verdadeiros lixões, lixeiras da humanidade, tornando a vida de todas as espécies vegetais e animais, inclusive a vida humana, extremamente difíceis ou até mesmo em processo de desaparecimento.

Ano após ano, décadas após décadas, apesar de milhares de estudos e tratados internacionais terem sido criados, aprovados e recebido a adesão de, praticamente, todos os países, o mundo caminha de forma acelerada para ir aumentando cada vez mais a quantidade de lixo produzida.

Cabe destacar que a produção/geração de resíduos sólidos está relacionada diretamente com os quatro fatores mais importantes: aumento da renda per capita, aumento da população urbana, aumento do consumismo e do desperdício.

A partir dos anos setenta do século passado, principalmente a partir de 1972 (primeira conferência internacional do desenvolvimento e meio ambiente), da segunda conferência que foi a ECO-92 no Rio de Janeiro, da Rio +10, também no Rio de Janeiro, a “Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável,” onde a questão da sustentabilidade passa a ser um novo paradigma que deveria ser abraçado por todos os países, pelo sistema produtivo, pelas organizações governamentais e não governamentais e, claro, pela população, o que só tem acontecido de forma extremamente tímida, cujos efeitos no contexto global são muito insignificantes.

É neste contexto que a ideia e as práticas da reciclagem começam a ganhar destaque, mas que, mesmo já tendo se passado, duas décadas o avanço tanto da reciclagem quanto da economia circular ainda não tem tido o impacto que se esperava em termos de reduzir a produção de resíduos sólidos, reduzir o consumismo e o desperdício e dar vida mais longa aos produtos e a reduzir o impacto que a procura/demanda por matérias primas tem sobre o meio ambiente.

Existe uma corrente de pensamento que considera a reciclagem apenas um paliativo, pois o que se precisa é ir mais a fundo, ou seja, a troca radical de paradigmas sobre os quais os sistemas econômicos e produtivos se organizam e exploram tanto os consumidores, através de técnicas modernas de propaganda e marketing, incentivando o aumento não apenas do consumo, mas sim do consumismo, ou seja, levando as pessoas a consumirem além das necessidades básicas e essenciais, mas sim uma verdadeira doença que é a compulsão por comprar, adquirir e desperdiçar.

Além disso, é importante que o mundo abandone as fontes de energia sujas, baseadas em combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), substituindo-as por fontes limpas, renováveis e não poluidoras.

Por exemplo, o mundo está sofrendo e correndo o risco de extermínio de várias espécies de animais, inclusive animais marinhos e também dos seres humanos pela quantidade de lixo em geral, e dos plásticos em particular. Vivemos em uma sociedade de plásticos, que a cada dia poluem mais e degradam mais o meio ambiente e destroem os biomas.
As cidades mundo afora, com raríssimas exceções não tem conseguido resolver a questão do lixo/resíduos sólidos, apesar de inúmeras leis, regulamentos e ações pontuais e tímidas por parte dos governantes.

Além da questão dos plásticos, tendo em vista a revolução científica, tecnológica com o surgimento do mundo digital, atualmente o mundo todo enfrenta mais um problema grave em relação `a questão dos resíduos sólidos que é o chamado “lixo eletrônico”, que ao ser descartado, por conter inúmeros produtos químicos e componentes altamente tóxico tem representado um grave perigo e enorme risco tanto para o meio ambiente quanto para a saúde e a vida humana quanto de outros animais e a biodiversidade vegetal.

A partir dos anos setenta do século passado o movimento de reciclagem vem ganhando força, mas de maneira muito tênue, a média mundial de reciclagem do lixo/resíduos sólidos gerado é em torno de apenas 20%, sendo que diversos países, como o Brasil, que é o quarto, quinto ou sexto pais do mundo que mais produz rejeitos/resíduos sólidos/lixo (dependendo da fonte de pesquisa os números são diferentes), não passa de 2%, 3% ou no máximo 5%.

Até recentemente havia uma prática internacional em que os países da Europa, Estados Unidos e alguns países asiáticos como Japão, Coréia do Sul e outros mais, exportavam lixo em grandes containers, navios para países pobres da Ásia e África, principalmente, deslocando seus problemas em relação ao acúmulo de lixo para poluírem e afetarem a saúde da população daqueles países.

Em sua origem, o movimento de reciclagem estava baseado em três “Rs”: REDUZIR (os produtos que são consumidos pelas famílias/pessoas e também pelo sistema produtivo); RE-USAR (ou seja evitar descartar tudo e dar nova utilidade aos produtos) e RECICLAR ( separar e transformar resíduos sólidos em novos produtos).

Hodiernamente, foram ou estão sendo incluídos mais três “Rs”, antes desses que mencionamos e que são: REPENSAR (ou seja, antes de adquirir algum produto, seja a população/famílias/pessoas perguntarmos “será que precisamos realmente de comprar/adquirir mais produtos?”; RESISTIR – como podemos fugir dos apelas consumistas estimulados pelo setor produtivo (indústria e comércio, principalmente, via propaganda subliminar e o marketing do consumismo?); e RECUSAR – precisamos recursas os dois “Rs”, anteriores, para realmente atingirmos um dos objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU que é a PRODUÇÃO e CONSUMO RESPONSÁVEIS e também sustentáveis.

Se conseguirmos Repensar nossos hábitos de consumo e nossa ânsia por consumir que é traduzido por CONSUMISMO, se conseguirmos RESISTIR e RECUSAR os apelos e manipulação subliminar para que consumamos cada vez mais, visando alimentar uma cadeira produtiva que não tem respeito e nem zelo seja pelo meio ambiente, seja pelos trabalhadores, seja pelos consumidores, com certeza, talvez, em um futuro muito longínquo, antes que o Planeta Terra seja destruído, possamos deixar de falar e praticar a reciclagem.

A ONU em estudo recente, em parceria com o Banco Mundial e diversas outras organizações nacionais e internacionais alertou o mundo, os países, a população em geral que estamos em uma corrida contra o tempo e que se não for enfrentada com seriedade, a produção de resíduos sólidos/lixo no mundo vai aumentar em 350% até o ano de 2050; tendo como base a situação deste problema em 2020, quando o crescimento da população mundial será de no máximo 24,3%, passando de 7,8 bilhões de habitantes em 2020 para 9,7 bilhões de habitantes m 2050.

Este será o fator básico para conter ou apenas mitigar os efeitos catastróficos e desastrosos acarretados pelas mudanças climáticas em curso e que muita gente e inúmeros países simplesmente não acreditam ou fingem acreditar, mas nada fazer para equacioná-lo.

Com o aumento populacional de um lado, o aumento da renda per capita de outro e o aumento acelerado do consumismo e do desperídicio de tudo o que é produzido, inclusive alimentos; estamos entrando cada vez mais em uma economia do descarte e da obsolescência prematura, que aumenta a produção de resíduos sólidos/lixo e com os baixos índices de reciclagem ainda vigentes, o cenário mundial e da maioria dos países, inclusive do Brasil, em relação `a produção e destinação do lixo, não é nada animador.

Esta é a reflexão que precisamos fazer de forma bem profunda, não apenas neste DIA INTERNACIONAL DA RECICLAGEM, 17 de Maio de 2023; mas de forma urgente todos os dias e aumentarmos a pressão para a mudança profunda dos hábitos de consumo tanto das pessoas quanto do sistema produtivo em geral, sem isso estamos caminhando de forma acelerada para um desastre ambiental e humano sem precedentes na história do planeta terra!

*Juacy da Silva, professor titular, aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso, sociólgo, mestre em sociologia, ambientalista, articulador da PEI Pastoral da Ecologia Integral Região Centro Oeste. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Instagram @profjuacy

**Aline Grasielli Monçale, Médica Dermatologista SBD, Mestre em Saúde Coletiva UFMT, Miss Beleza Baixada Cuiabana/MT, comunicadora, palestrante e fundadora do projeto social DermaTroller. Email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. Instagram @alinemoncale_dermato

Quarta, 17 Maio 2023 11:15

 

Onde lê-se:


“(9.2.2) Entrevista: Na entrevista o candidato deverá apresentar desenvoltura com o tema e motivação pela profissão a partir de sua experiência”.

Leia-se:

(9.3) Entrevista: Na entrevista o candidato deverá apresentar desenvoltura com o tema e motivação pela profissão a partir de sua experiência.”

Onde lê-se:

“(9.3) Pontuação Final: média ponderada dos itens anteriores.”

Leia-se:

(9.4) Pontuação Final: média aritmética simples dos itens anteriores.”

 

 

CONFIRA AQUI O EDITAL DE SELEÇÃO PARA ARQUIVISTA

Quarta, 17 Maio 2023 11:07

 

Resultado oficial foi promulgado pela Comissão Eleitoral Central nesta terça-feira (16)

A Comissão Eleitoral Central (CEC) promulgou nesta terça-feira (16), o resultado oficial das eleições para a direção do ANDES Sindicato Nacional. Do total de 16.351 votantes, a Chapa 1 - Andes pela base: ousadia para sonhar, coragem para lutar foi a vencedora, com 7.058 votos.

A Chapa 3 – Renova ANDES, obteve 6.763 votos e a Chapa 2 - ANDES-SN Classista e de Luta, 2.253. Foram registrados ainda 103 votos em branco e 174 nulos.

* Percentual calculado em relação ao número de eleitore(a)s.
** Percentuais calculados em relação ao número de votantes.
*** Mediante errata encaminhada pela ADUFU, no prazo regimental e comprovada com a
documentação encaminhada, foi corrigido o resultado da Apuração
.

 

A nova diretoria do Sindicato Nacional está assim composta:


Presidente: Gustavo Seferian Scheffer Machado (UFMG)

1ª Vice-Presidenta: Raquel Dias Araujo (UECE)

2º Vice-Presidente: Luis Eduardo Acosta Acosta (UFRJ)

3ª Vice-Presidenta: Maria Lucia Lopes da Silva (UNB)

 

Secretária-Geral: Francieli Rebelatto (UNILA)

1ª Secretária: Caroline de Araújo Lima (UNEB)

2º Secretário: Alexandre Galvão Carvalho (UESB)

3ª Secretária: Annie Schmaltz Hsiou (USP)

 

1ª Tesoureira: Jennifer Susan Webb dos Santos (UFPA)

2º Tesoureiro: Fernando Lacerda Júnior (UFG)

3º Tesoureiro: Gisvaldo Oliveira da Silva (UESPI)

 

Regional Norte I

1ª Vice-Presidenta: Ana Lúcia Silva Gomes (UFAM)

2º Vice-Presidente: José Sávio da Costa Maia (UFAC)

1ª Secretária: Marilsa Miranda de Souza (UNIR)

2ª Secretária: Letícia Helena Mamed (UFAC)

1ª Tesoureira: Ceane Andrade Simões (UEA)

2º Tesoureiro: Solano da Silva Guerreiro (UFAM)

 

Regional Norte II

1ª Vice-Presidenta: Andréa Cristina Cunha Matos (UFPA)

2º Vice-Presidente: Emerson Duarte Monte (UEPA)

1ª Secretária: Adriane Raquel Santana de Lima (UFPA)

2ª Secretária: Ananza Mara Rabello (UNIFESSPA)

1ª Tesoureira: Ruth Helena Cristo Almeida (UFRA)

2º Tesoureiro: Izaias Loureiro Tavares (UEAP)

 

Regional Nordeste I

1º Vice-Presidente: Luiz Eduardo Neves dos Santos (UFMA)

2ª Vice-Presidenta: Letícia Carolina Pereira do Nascimento (UFPI)

1ª Secretária: Maria do Céu de Lima (UFC)

2ª Secretária: Lila Cristina Xavier Luz (UFPI)

1ª Tesoureira: Sâmbara Paula Francelino (UECE)

2ª Tesoureira: Célia Soares Martins (UFMA)

 

Regional Nordeste II

1ª Vice-Presidenta: Flavia Spinelli Braga (UERN)

2º Vice-Presidente: Josevaldo Pessoa da Cunha (UFCG)

1ª Secretária: Subênia Karine de Medeiros (UFERSA)

2º Secretário: Nelson Aleixo da Silva Júnior (UEPB)

1ª Tesoureira: Daniela Maria Ferreira (UFPE)

2º Tesoureiro: Márcio Bernadino da Silva (UFPB)

 

Regional Nordeste III

1ª Vice-Presidenta: Nora de Cássia Gomes de Oliveira (UNEB)

2º Vice-Presidente: Aroldo Félix de Azevedo Junior (UFRB)

1º Secretário: Lawrence Estivalet de Mello (UFBA)

2ª Secretária: Marilene Lopes da Rocha (UEFS)

1º Tesoureiro: Arturo Rodolfo Samana (UESC)

2ª Tesoureira: Bartira Telles Pereira Santos (UFS)

 

Regional Planalto

1ª Vice-Presidenta: Helga Maria Martins de Paula (UFJ)

2º Vice-Presidente: Erlando da Silva Rêses (UNB)

1ª Secretária: Fernanda Ferreira Belo (UFCAT)

2ª Secretária: Clarissa Machado de Azevedo Vaz (UFT)

1ª Tesoureira: Gene Maria Vieira Lyra Silva (UFG)

2º Tesoureiro: Luís Augusto Vieira (UFG)

 

Regional Pantanal

1º Vice-Presidente: Breno Ricardo Guimarães Santos (UFMT)

2ª Vice-Presidenta: Ana Paula Salvador Werri (UFMS)

1ª Secretária: Paula Pereira Gonçalves Alves (UFMT)

2ª Secretária: Luciana Henrique da Silva (UEMS)

1º Tesoureiro: João Carlos Machado Sanches (UNEMAT)

2º Tesoureiro: Bruno Passos Pizzi (UFGD)

 

Regional Leste

1º Vice-Presidente: Mario Mariano Ruiz Cardoso (UFVJM)

2ª Vice-Presidenta: Clarissa Rodrigues (UFOP)

1º Secretário: Fernando Nogueira Martins Júnior (UFLA)

2ª Secretária: Jacyara Silva de Paiva (UFES)

1ª Tesoureira: Jorgetânia da Silva Ferreira (UFU)

2ª Tesoureira: Wilma Guedes de Lucena (UEMG)

 

Regional Rio de Janeiro

1ª Vice-Presidenta: Cláudia Lino Piccinini (UFRJ)

2ª Vice-Presidenta: Renata Marins Alvim Gama (UERJ)

1ª Secretária: Fernanda Maria da Costa Vieira (UFRJ)

2º Secretário: Pablo Bielschowsky (UFRRJ)

1ª Tesoureira: Maria Raquel Garcia Veja (UENF)

2ª Tesoureira: Joanir Pereira Passos (UNIRIO)

 

Regional São Paulo

1ª Vice-Presidenta: Michele Schultz Ramos (USP)

2º Vice-Presidente: Helton Saragor de Souza (UNIFESP)

1ª Secretária: Gabrielle Weber Martins (USP)

2ª Secretária: Taís Bleicher (UFSCAR)

1º Tesoureiro: Jefferson Rodrigues Barbosa (UNESP)

2ª Tesoureira: Regina Célia da Silva (UNICAMP)

 

Regional Sul

1º Vice-Presidente: Gilberto Grassi Calil (UNIOESTE)

2ª Vice-Presidenta: Carmen Susana Tornquist (UDESC)

1º Secretário: Fernando Correa Prado (UNILA)

2ª Secretária: Márcia Marzagão Ribeiro (UFPR)

1º Tesoureiro: Altemir José Borges (UTFPR)

2ª Tesoureira: Polyanna Morgana Duarte de Oliveira Rocha (UNESPAR)

 

Regional Rio Grande do Sul

1º Vice-Presidente: César André Luiz Beras (FURG)

2ª Vice-Presidenta: Maria Ceci Araujo Misoczky (UFRGS)

1º Secretário: Giovanni Felipe Ernst Frizzo (UFPEL)

2ª Secretária: Juliana Brandão Machado (UNIPAMPA)

1ª Tesoureira: Daniele Azambuja de Borba Cunha (UFRGS)

2º Tesoureiro: Claudio Enrique Fernández Rodríguez (IFRS)

 

Fonte: Andes-SN

Quarta, 17 Maio 2023 10:20

 

Nos últimos anos, o movimento indígena realizou mais de 20 denúncias sobre a situação no território. Todas elas também foram ignoradas pelo antigo governo.

Em agosto de 2022, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) enviou para o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) um relatório detalhado do garimpo na Terra Indígenas Yanomami, em Roraima. O documento foi recebido e engavetado pela equipe do MJSP em menos de 48 horas, como revelado o site UOL na última sexta-feira (12).

Segundo a reportagem, o ofício da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) foi enviado à Superintendência da Polícia Federal em Roraima e à Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça no dia 12 de agosto. O documento passou a ser movimentado na Secretaria no dia 15 e paralisou dia 17 de agosto de 2022.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

O relatório aponta que um servidor da Funai sobrevoou o território em 25 de maio de 2022. A operação da Funai tinha como objetivo produzir informações de inteligência para uma operação em parceria com o MJSP, prevista para o segundo semestre. O que não ocorreu.

Entre os dados apresentados no documento, foram encontrados 32 pontos ativos de garimpo em cerca de 800 km percorridos nas calhas dos rios Uraricoera, Couto Magalhães, Auaris, Parima e Mucajaí. Os garimpeiros também mantinham ao menos 18 pistas de pouso só na área inspecionada, além de 13 pontos de apoio e três áreas descritas como portos. Um avião de grande porte também foi fotografado na região.

O aumento do garimpo ilegal, a escalada da violência e a crise de saúde na Terra Indígena Yanomami foi constantemente denunciada por lideranças e organizações do movimento indígena nos últimos anos. O Conselho Indígena de Roraima (CIR), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), a associação Yanomami Hutukara e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), realizaram mais de 20 denúncias exigindo providências para a garantia da vida do povo Yanomami, mas todas elas foram ignoradas pelo governo Bolsonaro.

Emergência

Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para o combate à desassistência sanitária e nutricional dos povos que vivem no território indígena. Dados de 2022, divulgados pelo Ministério dos Povos Indígenas, revelam que só no ano passado 99 crianças Yanomami morreram em função do avanço do garimpo ilegal na região. 

Cumprindo a deliberação do 41º Congresso do ANDES-SN, o Sindicato Nacional doou R$ 200 mil para o socorro emergencial de indígenas Yanomami em Roraima. A doação, feita por intermédio da Hutukara Associação Yanomami (HAY), teve como objetivo auxiliar na promoção das medidas necessárias à reparação dos danos sofridos e à redução dos efeitos da crise sanitária e humanitária decorrente das omissões e ações do governo de Jair Bolsonaro (PL). 

Além da doação, uma comitiva formada por diretoras e diretores do ANDES-SN e das seções sindicais que atuam no estado de Roraima realizou reuniões com outras entidades de proteção aos povos originários para definir a forma como esse valor seria aplicado. Outro ponto levado à discussão pelo Sindicato Nacional foi à necessidade de apoio político às lutas dos povos indígenas, tema amplamente debatido no 41º Congresso da categoria docente.

Investigação

No dia 30 de janeiro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Ministério Público Militar (MPM), o MJSP e a Superintendência Regional da Polícia Federal de Roraima investiguem a participação do Governo Bolsonaro nos crimes de genocídio e omissão de socorro do povo Yanomami. A decisão ocorreu após a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), por meio de seu departamento jurídico, pedir ao STF o cumprimento da desintrusão no território Yanomami, que já tinha sido determinada nos autos da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental no Supremo Tribunal Federal (ADPF Nº 709), mas não foi cumprida por Bolsonaro.

 

Fonte: Andes-SN (com informações do Cimi)

Terça, 16 Maio 2023 17:30

 

Resultado oficial foi promulgado pela Comissão Eleitoral Central nesta terça-feira (16)

 

A Comissão Eleitoral Central (CEC) promulgou nesta terça-feira (16), o resultado oficial das eleições para a direção do ANDES Sindicato Nacional. Do total de 16.351 votantes, a Chapa 1 - Andes pela base: ousadia para sonhar, coragem para lutar foi a vencedora, com 7.058 votos.

A Chapa 3 – Renova ANDES, obteve 6.763 votos e a Chapa 2 - ANDES-SN Classista e de Luta, 2.253. Foram registrados ainda 103 votos em branco e 174 nulos.

 

* Percentual calculado em relação ao número de eleitore(a)s.
** Percentuais calculados em relação ao número de votantes.
*** Mediante errata encaminhada pela ADUFU, no prazo regimental e comprovada com a
documentação encaminhada, foi corrigido o resultado da Apuração
.

 

A nova diretoria do Sindicato Nacional está assim composta:


Presidente: Gustavo Seferian Scheffer Machado (UFMG)

1ª Vice-Presidenta: Raquel Dias Araujo (UECE)

2º Vice-Presidente: Luis Eduardo Acosta Acosta (UFRJ)

3ª Vice-Presidenta: Maria Lucia Lopes da Silva (UNB)

 

Secretária-Geral: Francieli Rebelatto (UNILA)

1ª Secretária: Caroline de Araújo Lima (UNEB)

2º Secretário: Alexandre Galvão Carvalho (UESB)

3ª Secretária: Annie Schmaltz Hsiou (USP)

 

1ª Tesoureira: Jennifer Susan Webb dos Santos (UFPA)

2º Tesoureiro: Fernando Lacerda Júnior (UFG)

3º Tesoureiro: Gisvaldo Oliveira da Silva (UESPI)

 

Regional Norte I

1ª Vice-Presidenta: Ana Lúcia Silva Gomes (UFAM)

2º Vice-Presidente: José Sávio da Costa Maia (UFAC)

1ª Secretária: Marilsa Miranda de Souza (UNIR)

2ª Secretária: Letícia Helena Mamed (UFAC)

1ª Tesoureira: Ceane Andrade Simões (UEA)

2º Tesoureiro: Solano da Silva Guerreiro (UFAM)

 

Regional Norte II

1ª Vice-Presidenta: Andréa Cristina Cunha Matos (UFPA)

2º Vice-Presidente: Emerson Duarte Monte (UEPA)

1ª Secretária: Adriane Raquel Santana de Lima (UFPA)

2ª Secretária: Ananza Mara Rabello (UNIFESSPA)

1ª Tesoureira: Ruth Helena Cristo Almeida (UFRA)

2º Tesoureiro: Izaias Loureiro Tavares (UEAP)

 

Regional Nordeste I

1º Vice-Presidente: Luiz Eduardo Neves dos Santos (UFMA)

2ª Vice-Presidenta: Letícia Carolina Pereira do Nascimento (UFPI)

1ª Secretária: Maria do Céu de Lima (UFC)

2ª Secretária: Lila Cristina Xavier Luz (UFPI)

1ª Tesoureira: Sâmbara Paula Francelino (UECE)

2ª Tesoureira: Célia Soares Martins (UFMA)

 

Regional Nordeste II

1ª Vice-Presidenta: Flavia Spinelli Braga (UERN)

2º Vice-Presidente: Josevaldo Pessoa da Cunha (UFCG)

1ª Secretária: Subênia Karine de Medeiros (UFERSA)

2º Secretário: Nelson Aleixo da Silva Júnior (UEPB)

1ª Tesoureira: Daniela Maria Ferreira (UFPE)

2º Tesoureiro: Márcio Bernadino da Silva (UFPB)

 

Regional Nordeste III

1ª Vice-Presidenta: Nora de Cássia Gomes de Oliveira (UNEB)

2º Vice-Presidente: Aroldo Félix de Azevedo Junior (UFRB)

1º Secretário: Lawrence Estivalet de Mello (UFBA)

2ª Secretária: Marilene Lopes da Rocha (UEFS)

1º Tesoureiro: Arturo Rodolfo Samana (UESC)

2ª Tesoureira: Bartira Telles Pereira Santos (UFS)

 

Regional Planalto

1ª Vice-Presidenta: Helga Maria Martins de Paula (UFJ)

2º Vice-Presidente: Erlando da Silva Rêses (UNB)

1ª Secretária: Fernanda Ferreira Belo (UFCAT)

2ª Secretária: Clarissa Machado de Azevedo Vaz (UFT)

1ª Tesoureira: Gene Maria Vieira Lyra Silva (UFG)

2º Tesoureiro: Luís Augusto Vieira (UFG)

 

Regional Pantanal

1º Vice-Presidente: Breno Ricardo Guimarães Santos (UFMT)

2ª Vice-Presidenta: Ana Paula Salvador Werri (UFMS)

1ª Secretária: Paula Pereira Gonçalves Alves (UFMT)

2ª Secretária: Luciana Henrique da Silva (UEMS)

1º Tesoureiro: João Carlos Machado Sanches (UNEMAT)

2º Tesoureiro: Bruno Passos Pizzi (UFGD)

 

Regional Leste

1º Vice-Presidente: Mario Mariano Ruiz Cardoso (UFVJM)

2ª Vice-Presidenta: Clarissa Rodrigues (UFOP)

1º Secretário: Fernando Nogueira Martins Júnior (UFLA)

2ª Secretária: Jacyara Silva de Paiva (UFES)

1ª Tesoureira: Jorgetânia da Silva Ferreira (UFU)

2ª Tesoureira: Wilma Guedes de Lucena (UEMG)

 

Regional Rio de Janeiro

1ª Vice-Presidenta: Cláudia Lino Piccinini (UFRJ)

2ª Vice-Presidenta: Renata Marins Alvim Gama (UERJ)

1ª Secretária: Fernanda Maria da Costa Vieira (UFRJ)

2º Secretário: Pablo Bielschowsky (UFRRJ)

1ª Tesoureira: Maria Raquel Garcia Veja (UENF)

2ª Tesoureira: Joanir Pereira Passos (UNIRIO)

 

Regional São Paulo

1ª Vice-Presidenta: Michele Schultz Ramos (USP)

2º Vice-Presidente: Helton Saragor de Souza (UNIFESP)

1ª Secretária: Gabrielle Weber Martins (USP)

2ª Secretária: Taís Bleicher (UFSCAR)

1º Tesoureiro: Jefferson Rodrigues Barbosa (UNESP)

2ª Tesoureira: Regina Célia da Silva (UNICAMP)

 

Regional Sul

1º Vice-Presidente: Gilberto Grassi Calil (UNIOESTE)

2ª Vice-Presidenta: Carmen Susana Tornquist (UDESC)

1º Secretário: Fernando Correa Prado (UNILA)

2ª Secretária: Márcia Marzagão Ribeiro (UFPR)

1º Tesoureiro: Altemir José Borges (UTFPR)

2ª Tesoureira: Polyanna Morgana Duarte de Oliveira Rocha (UNESPAR)

 

Regional Rio Grande do Sul

1º Vice-Presidente: César André Luiz Beras (FURG)

2ª Vice-Presidenta: Maria Ceci Araujo Misoczky (UFRGS)

1º Secretário: Giovanni Felipe Ernst Frizzo (UFPEL)

2ª Secretária: Juliana Brandão Machado (UNIPAMPA)

1ª Tesoureira: Daniele Azambuja de Borba Cunha (UFRGS)

2º Tesoureiro: Claudio Enrique Fernández Rodríguez (IFRS)

 

Fonte: Andes-SN

Terça, 16 Maio 2023 16:52

 

É com profundo pesar que a Adufmat-Ssind recebe a notícia do falecimento da professora Michèle Sato, companheira de caminhada na construção de uma outra sociedade, mais humana e responsável com o meio ambiente.

 

Sua contribuição enquanto intelectual respeitada internacionalmente e lutadora social em defesa dos direitos humanos e sociais será para sempre lembrada. A própria Adufmat-Ssind foi uma das organizações beneficiadas pelo seu conhecimento e prática inúmeras vezes, especialmente em defesa dos povos originários e dos biomas. Uma das suas últimas importantes participações ganhou repercussão internacional contra a instalação de portos no Pantanal mato-grossense.      

 

Como professora e pesquisadora do Instituto de Educação da UFMT durante décadas, Sato compartilhou seu trabalho em outras instituições brasileiras, como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e as universidades federais da Paraíba (UFPB), do Amazonas (UFAM), do Paraná (UFPR) do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e de São Carlos (UFSCar). Além disso, foi consultora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da United Nations Educational Scientific And Cultural Organisation (Unesco). Também levou seus temas de pesquisa - movimentos sociais, justiça climática, colapsologia e arte popular - para a Universidad de la Coruna (Espanha) e Universitè du Québec à Montreal (Canadá), onde realizou pós-doutoramento, e para a University of East Anglia (Inglaterra), onde fez mestrado.    

 

Na UFMT é fundadora do Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA), no qual trabalhou e se tornou uma das maiores autoridades sobre o clima e os biomas mato-grossenses, publicando inúmeros trabalhos, chegando a ser finalista do Prêmio Jabuti com a obra “Educação Ambiental: pesquisa e desafios” (2005).  

 

Atuou, ainda, na Rede Mato-grossense de Educação Ambiental (REMTEA), no Fórum de Direitos Humanos e da Terra (FDHT-MT), nos Observatórios da Educação Ambiental (Brasil e Portugal) e foi membro fundadora da Rede Lusófona de Educação Ambiental.

 

O velório terá início às 17h desta terça-feira, 16/05, na funerária Santa Rita, sala 1, e o corpo será cremado na quarta-feira, em horário ainda a definir.

 

Professora Michèle Sato, presente, agora e sempre!




Cuiabá, 16 de maio de 2023

Diretoria da Adufmat-Ssind
Gestão Pedro Casaldáliga

Terça, 16 Maio 2023 14:49

 

 

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso – ADUFMAT/SEÇÃO SINDICAL DO ANDES, torna público o processo seletivo para contratação de um (a) funcionário(a) para exercer o cargo de arquivista no Arquivo Central da ADUFMAT-Ssind em regime de trabalho de 20 horas semanais.

 

1) Local da inscrição e demais etapas da seleção: sede da ADUFMAT-SSIND (UFMT - Campus Cuiabá)

 

2) Número de vagas: 1 (uma)

 

3) Salário: R$ 1.980,00 + VT + VA

 

4) Datas:

4.1) Inscrição: 16/05 a 26/05/2023, das 07h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30.

4.2) Convocação para Redação e Entrevista: 29/05/2023.

4.3) Redação e Entrevista: 31/05/2023, das 8h às 12h.

4.4) Prazo para divulgação do resultado preliminar: 02/06/2023

4.5) Prazo para apresentação de recurso pelos Candidatos: 05/06/2023

4.6) Prazo para divulgação do resultado definitivo após o recurso: 07/06/2023

4.7) Contratação: imediata

 

5) Critérios de Avaliação:

Currículo/Pontuação:

5.1) Graduação em História ou Arquivologia - 5,0 pontos

5.2) Experiência comprovada com tratamento de acervos históricos - 3,0 pontos

5.3) Experiência comprovada em digitalização de documentos - 1,0 ponto

5.4) Experiência comprovada em ações e plataformas de difusão de acervos – 1,0 ponto

5.5) Preencher o formulário de inscrição (disponível aqui ou no arquivo anexo abaixo - disponível para download)

 

6) Documentação exigida na inscrição:

6.1) Cópia de documentos pessoais (RG, CPF e carteira de trabalho) autenticados.

6.2) Cópia do diploma de graduação ou atestado de conclusão, que devem ser autenticados.

6.3) Comprovante de endereço.

6.4) Curriculum Vitae documentado.

 

7)    Funções do cargo/atividades:

7.1) Coordenar a ordenação das operações no sistema de Gestão Documental do Arquivo Central da ADUFMAT-Ssind;

7.2) Coordenar e dar continuidade à classificação do acervo fotográfico; 

7.3) Promover, coordenar e organizar a digitalização de documentos do acervo permanente.

 

8) Outras atividades:

8.1) Coordenar a classificação de documentos produzidos pelos arquivos setoriais;

8.2) Acompanhar e sistematizar, conforme o Plano de Gestão Documental e o Plano de Classificação de Documentos, a transferência de documentos impressos e fotográficos remetidos pelos arquivos setoriais;

8.3) Promover e coordenar a exposição de documentos históricos e fotográficos;

8.4) Acompanhar o trabalho das (os)bolsistas quando solicitado, mediante relatório mensal, no cumprimento de atividades e de jornada de trabalho no Arquivo Central;

8.5) Promover e participar das reuniões bimestrais da Comissão Permanente de Avalição de Documentos da ADUFMAT-Ssind (CPAD).

 

9) Da Seleção:

9.1) Análise de currículo (eliminatório), com pontuação de 0 a 10.

9.2) Redação sobre temática relacionada à prática no tratamento de acervos históricos e Entrevista (eliminatórias, com pontuação de 0 a 10 respectivamente).

(9.2.1) Redação: Na redação o candidato deverá apresentar: Domínio de Conteúdo, Domínio de Técnicas Arquivistas, Domínio de Linguagem e organização de ideias na escrita.

(9.2.2) Entrevista: Na entrevista o candidato deverá apresentar desenvoltura com o tema e motivação pela profissão a partir de sua experiência.

9.3) Pontuação Final: média ponderada dos itens anteriores.

OBS. Todas as etapas são eliminatórias e classificatórias.

 

11)     Divulgação do Resultado: data 07 de junho de 2023.

 

12)    Contratação: será contratado (a) o (a) candidato (a) classificado (a) em primeiro lugar.

 

Mais informações pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou pelos telefones (65) 99686-8732 | (65) 3615-8293.

 

Membros da Comissão:

Leonardo Moreira dos Santos

Maelison Silva Neves

Maria Adenir Peraro

Cuiabá, 16  de  maio de 2023

 

 

ERRATA CHAMADA PÚBLICA - EDITAL DE SELEÇÃO PARA ARQUIVISTA (clique aqui ou baixe o arquivo anexo abaixo)

Terça, 16 Maio 2023 14:19

 

A luta pela reposição das perdas salariais ao longo dos últimos anos será intensificada. Na quarta-feira (17), às 15h, servidoras e servidores públicos federais lançam a Campanha Salarial 2024 no Anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). A atividade é organizada pelo Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fonasefe).

Recomposição das perdas salariais acumuladas, equiparação dos auxílios entre os poderes, mesas específicas de carreira, revogação de todos os ataques às categorias do funcionalismo público ocorridos durante o governo Bolsonaro e a não aprovação do projeto do arcabouço fiscal são algumas das reivindicações das servidoras e dos servidores públicos.

 


No dia 28 de abril, o governo sancionou o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 02/2023 e editou a Medida Provisória (MP) 1170 que concedeu o reajuste de 9% para as servidoras e os servidores do Executivo Federal. Embora aquém da demanda de 27% apresentada pelo Fonasefe, o índice é uma vitória da mobilização das diversas categorias do serviço público.

Arcabouço fiscal 

Ao longo do processo da negociação pelo reajuste emergencial, o governo federal anunciou a intenção de valorizar as servidoras e os servidores públicos, com a criação de novos concursos e reestruturações de carreiras. Entretanto, sob o pretexto de controlar os gastos públicos, o governo federal encaminhou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Complementar (PLP) 93/2023, que limita os investimentos com gastos sociais. O PLP está previsto para ser votado na Câmara dos Deputados ainda no mês de maio. São necessários 257 votos favoráveis para o projeto avançar. Caso aprovado, o PLP segue ao Senado, onde depende da aprovação de 41 senadoras e senadores. 

 

Fonte: Andes-SN