Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso aprovaram, em assembleia realizada pela Adufmat-Ssind nesta terça-feira, 01/07, o parecer do conselho fiscal que analisou as contas da gestão “Luto pela Universidade Pública” (2019-2021), a minuta de normatização do Arquivo Central da Adufmat-Ssind, e outras demandas de interesse da categoria.
Já no início da assembleia, o ponto de pauta “informes” motivou os presentes a provarem a elaboração de uma nota de repúdio, na qual a Adufmat-Ssind deve se posicionar sobre o fato divulgado recentemente, de uma trabalhadora venezuelana que perdeu as filhas gêmeas porque foi impedida de sair da empresa (a multinacional BRF, que fica em Lucas do Rio Verde-MT), mesmo diante do fato de não estar se sentindo bem - pois já em trabalho de parto. O sindicato deve, ainda, convidar outras entidades sindicais para assinar o documento e dar a maior visibilidade possível à nota.
Também fez parte dos informes da assembleia, em nome da Diretoria, representada na ocasião pela professora e diretora Clarianna Silva, a programação para apresentação, nesta quarta-feira, 02/07, do projeto de Lei Emiliane Silva, que visa estender para as trabalhadoras do setor público o direito já previsto na CLT de afastamento imediato do trabalho em casos de obtenção de medida protetiva. A proposta, que será apresentada pela deputada estadual Professora Graciele (PT), é resultado do esforço da Adufmat-Ssind e outros movimentos sociais organizados pela derrubada da necessidade de aguardar a decisão de um juiz pelo afastamento, baseado num caso real, no qual a exigência prejudicou a docente Emiliane Silva (que dará nome à lei) com relação à disputa pela guarda dos filhos. A diretora informou, ainda, que a Comissão responsável pelo debate da Resolução 158/10 (encargos docentes) solicitará espaço para dialogar sobre a questão nas unidades da UFMT, e que a Comissão Memória, Verdade e Justiça está aberta a novas contribuições – os interessados devem entrar em contato com a Secretaria do sindicato ou com o professor Ary, do Departamento de História.
O professor Aldi Nestor de Souza fez um informe qualificado do II Seminário do Andes-SN Sobre Reorganização da Classe Trabalhadora, realizado nos dias 28 e 29/06 em Brasília. Ele destacou que, desta vez, havia representantes de outras entidades sindicais além do Andes-Sindicato Nacional e suas seções, e que apesar de poucos participantes, o debate foi bastante rico, embora sem encaminhamentos, em sua perspectiva, muito práticos (clique aqui para mais informações sobre este Seminário).
O professor Breno dos Santos falou sobre a luta da comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Minas Gerais (EUMG) contra a extinção da instituição e solicitou aos colegas apoio à mobilização a partir da assinatura do Manifesto em Defesa da UEMG (assine o manifesto aqui). O docente também convidou toda a categoria para participar das eleições da Adufmat-Ssind nesta sexta-feira, 04/07. A decisão será sobre a Diretoria e as representações locais em Sinop e Araguaia para o biênio 2025-2027.
Em seguida foi apreciada a minuta de normatização do Arquivo Central, apresentada pelas docentes Maria Clara Weiss e Nilza Squarezi, ambas da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos (CPAD). Elas explicaram que a proposta foi inspirada na normatização utilizada pelo Andes-Sindicato Nacional e tem como objetivo preservar e manter o trabalho realizado, além da própria dinâmica do setor, mesmo com as trocas de direções e composições da própria comissão. Ao final da exposição, a proposta foi provada por unanimidade. Clique aqui para ler o documento aprovado.
Por fim, os presentes apreciaram o parecer do Conselho Fiscal responsável pela análise dos documentos contábeis da gestão da Adufmat-Ssind "Luto pela Universidade Pública" (2019-2021). O professor Dorival Gonçalves apresentou o relatório e lamentou que ele tenha preservado características típicas das análises financeiras capitalistas. “Nós o fizemos nos moldes padrões capitalistas, relacionando receitas e despesas, o que é um atestado de incompetência da classe trabalhadora, que não desenvolveu ainda seu próprio método de análise”, afirmou. Sem destaques com relação a outros problemas (para além do próprio método), o parecer foi aprovado, também por unanimidade (leia a íntegra aqui).
Luana Soutos
Assessoria de Imprensa da Adufmat-Ssind